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quinta-feira, 2 de maio de 2013 - 18:10h
Nasci pra ser rica e ter empregada doméstica
 

Ótimo texto de uma blogueira, que também é dona de casa.
"Eu nasci pra ser rica e não precisar lavar a minha própria lingerie, nem as cuecas do marido e dos filhos. Isso é um fato.
Na verdade, nasci pra ser rica nos Estados Unidos. Morar em Hampton, aquele balneário estadunidense de gente zilionária, que é também aquele lugar chique de lindo para onde a Emily voltou pra comer com farinha todo mundo que traiu o pai dela no delicioso seriado Revenge.
Só que não (pra usar uma frase da moda!).
Não sou rica.
Moro em São Paulo, num apartamento de 85 metros quadrados.
Mas, como nasci pra ser rica, vivia de férias do trabalho doméstico desde que me casei há zilhões de ano atrás. Mas essa vida de ryca acabou!
Buááááá!
Acabou no dia 9 de abril de 2013. Jamais esquecerei essa data! (kkkkk)
Foi o último dia da minha vida de falsa dondoca! Foi o dia que demiti minha emprega doméstica que mais deixou a minha casa, o meu lar, o meu refúgio, uma sujeira, uma nojeira.
Dia 10 de abril de 1013 foi o primeiro dia do resto da minha vida, como disse a minha sócia querida Mônica Brandão, que já é dona e senhora do lar - e das cuecas e calcinhas da casa - há muito tempo
Foi o dia que assumi as cuecas na minha casa! (São três homens e apenas eu de lady!)
Ai, que trágico, né!?
Bom, eu achei que seria trágico. Hoje, quatro dias depois, não acho mais. Estou amando essa nova (e louca) vida de classe média. Vida real. Vida mundana. Vida corrida, com pouco tempo para frescuras. Não que antes não fosse. Mas, antes, eu tinha a facilidade de ter alguém para lavar a roupa, a louça, arrumar as camas, não guardar os brinquedos, manchar os pisos de banheiro, lascar TODAS as minhas canecas (sem exceção!), encardir a minha cozinha e a lavanderia, não tirar pó da estante de livros, não arrastar os móveis para varrer, fazer cara de mau humor quando eu pedia para ficar até o final do expediente, que era às 17h, além de faltar muito, me deixar na mão e nem se preocupar em avisar, afinal eu trabalho em casa, no computador, logo, não faço nada. Jogo Candy Crush o dia todo. Acho que é isso o que muita gente pensa.
Bom, diante de tal realidade, chegamos, eu e marido, à conclusão de que a criatura estava saindo mais caro do que podíamos pagar, estava deixando o nosso ninho de amor (que brega!) um lixo. O trabalho dela, eu faço muito melhor. Qual a vantagem de ter uma empregada assim, então?
Contas feitas. Demissão anunciada - mas antes ela teve de arrastar os móveis, varrer embaixo da cama, ou seja, trabalhar.
Minha decisão também foi motivada por mulheres que conheço e vivem essa realidade, como a Milene, minha querida sócia Mônica, a incrível Thaís, que tem uma penca de filhos (não tem, é mentira. São apenas três, mas com micro idades), além da Simone Miletic, a Priscila Perlatti. Todas elas parecem viver muito bem sem empregadas domésticas. E têm filhos menores que os meus.
Pesou também, devo confessar, a nova legislação trabalhista que entrou em vigor, a qual eu apoio, mas acho injusta com o empregador doméstico.
Além disso, o apoio do marido foi essencial para aceitar que sou classe média (ai!). Aliás, foi fundamental.
No exato instante que a empregada saiu por uma porta, ele entrou pela da cozinha. Passou a fazer o jantar. Lavar louça. Lavar as próprias cuecas. Arrumar a cama. Passar roupa. Não deixou tudo para mim. Ele entende que moramos juntos no mesmo espaço. A casa é tão dele quanto minha. (E, se não colaborar, vai apanhar! kkkkkk. Ok, é mentira).
O Samuel, meu pequeno grande homem de 12 anos, também me surpreendeu. Passou a lavar as próprias cuecas. Todos esses dias tem arrumado a cama antes de ir para a escola e me ajuda -na corrida e exaustiva- hora do almoço. O Miguel, bom, esse meu caçula acha que é rico!
Agora só terei uma faxineira. Uma vez na semana. E só topei ter uma pessoa porque é uma pessoa em quem confio, que trabalhou comigo durante 8 anos. Eu preciso dela para limpar as janelas (que não sei fazer), passar roupa (que odeio), lavar banheiro e desencardir a cozinha e a lavanderia. Está de bom tamanho. Do resto, sei que eu, meu marido e meus filhos damos conta. Sem medo. E se não der, vai ficar de pernas para o ar!
Enfim, acho um privilégio eu não depender mais de uma empregada doméstica. Mais que riqueza, isso se chama liberdade.
Beijos,"

Patricia Cerqueira

PS: Alguém indica um creme para mãos secas, pois os produtos de limpeza estão acabando com as minhas. Ai, que saudade da minha vida de rica! (kkkkkkkk)

 
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Perfil do colunista

Flávio Oliveira
Consultor Financeiro e Tributário; professor e palestrante na área de finanças pessoais e corporativas;
 

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O crescimento do consumo no país é latente. Face à maior participação desta nova classe média, que hoje possui um maior poder de compra. Por outro lado, a inadimplência aumenta pois a grande maioria destas pessoas não possui uma boa educação financeira. E entre os casais há um outro cenário preocupante. Pois cada um vê o dinheiro de uma forma. E aí surgem as brigas.
 

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