DATA DA PUBLICAÇÃO 22/07/2016 | Economia
Yoki encerra atividades e demite 300 trabalhadores em São Bernardo
A Yoki atua na Região desde a década de 60 e encerra oficialmente os contratos de aproximadamente 300 trabalhadores no próximo dia 19 de agosto. Foto: Rodrigo Pinto
Decisão comunicada nesta quarta surpreendeu trabalhadores; sindicato diz que não sabia
Inesperadamente, a direção da Yoki Alimentos, localizada no bairro Demarchi, em São Bernardo, anunciou na tarde desta quarta-feira (20/07) o encerramento das operações produtivas. Aproximadamente 300 funcionários serão demitidos. O motivo da decisão não foi detalhado pelo grupo General Mills – detentor da marca desde 2012 – mas cita que esta foi uma “decisão estratégica para melhorar a eficiência operacional do negócio”. No mesmo dia, cerca de 100 trabalhadores da base de Marília também receberam o comunicado de encerramento das atividades no interior paulista.
A Yoki atua na Região desde a década de 60 e encerra oficialmente os contratos de aproximadamente 300 trabalhadores no próximo dia 19 de agosto. Foto: Rodrigo Pinto
A fábrica iniciou suas operações na cidade do ABCD na década de 60 e era responsável pela produção de salgadinhos, sorvete, fermento, farofa e refrescos da marca. No site da empresa é possível conhecer que as iniciais do fundador Yoshizo Kitano inspirou a nomeação da marca, que significa “bons presságios” ou “coisa boa”.
“Foi um choque. Não imaginávamos que isso poderia acontecer. Pensávamos que teria demissão por lá depois do fim do terceiro turno na semana passada, mas não fechar a empresa. A produção estava normal, não sofríamos com atraso de pagamento e nem teve muita justificativa. Foi humilhante e alguns colegas até passaram mal depois da notícia”, relatou uma funcionária que não quis ser identificada, trabalhadora da empresa por 11 anos.
SURPRESA E HUMILHAÇÃO
Outra trabalhadora, que também preferiu o anonimato, disse que o comunicado foi dado através de um representante da área de Recursos Humanos da empresa, que leu uma apresentação de slides com as orientações e direitos aos funcionários após o fechamento das unidades. “Disseram que o motivo é a crise e que vamos ser notificados por meio de telegrama sobre qualquer atualização no andamento do caso. Me surpreende o sindicato não nos comunicar e não nos representar”, disse.
A categoria é representada pelo Sindicato da Alimentação de São Paulo e Região, filiado à Força Sindical. De acordo com o dirigente sindical Antonio Araújo dos Santos, o Toninho, a notícia os pegou de surpresa. “Não sabemos de maiores detalhes e, assim como os trabalhadores, também fomos surpreendidos com a decisão da empresa. Vamos realizar uma reunião entre a diretoria do sindicato nesta sexta-feira (22/07) para discutir essa situação”, afirmou.
Em nota, a General Mills anunciou que a produção do ABCD será transferida para as demais unidades fabris no Brasil. “Na planta de São Bernardo permanecerão as áreas corporativas que hoje já estão nesta localidade”. Ainda de acordo com a nota, a empresa “está em processo de negociação do pacote de desligamento de aproximadamente 300 funcionários, com os responsáveis do sindicato” e que a “transferência da produção de São Bernardo acontecerá em 19 de agosto de 2016”.
ACORDO
Em vídeo compartilhado entre os trabalhadores do momento em que o comunicado foi dado, o representante do RH informa que serão acertadas as verbas rescisórias; o PPR (Programa de Participação nos Resultados) de 2015 no próximo dia 30; PPR proporcional de 2016; pacote adicional de encerramento de contrato; extensão do plano de saúde aos funcionários e familiares e orientações sobre recolocação no mercado de trabalho.
De acordo com o comunicado, os trabalhadores permanecem a partir desta quinta-feira (21/07) afastados em licença remunerada para cumprir aviso prévio e os desligamentos serão efetuados oficialmente no dia 19/08. Nesta tarde, alguns trabalhadores que estavam de férias e receberam a notícia tentaram retirar seus pertences no interior da fábrica, mas não conseguiram liberação de entrada. Uma manifestação organizada pelos funcionários não é descartada para as próximas semanas.
Inesperadamente, a direção da Yoki Alimentos, localizada no bairro Demarchi, em São Bernardo, anunciou na tarde desta quarta-feira (20/07) o encerramento das operações produtivas. Aproximadamente 300 funcionários serão demitidos. O motivo da decisão não foi detalhado pelo grupo General Mills – detentor da marca desde 2012 – mas cita que esta foi uma “decisão estratégica para melhorar a eficiência operacional do negócio”. No mesmo dia, cerca de 100 trabalhadores da base de Marília também receberam o comunicado de encerramento das atividades no interior paulista.
A Yoki atua na Região desde a década de 60 e encerra oficialmente os contratos de aproximadamente 300 trabalhadores no próximo dia 19 de agosto. Foto: Rodrigo Pinto
A fábrica iniciou suas operações na cidade do ABCD na década de 60 e era responsável pela produção de salgadinhos, sorvete, fermento, farofa e refrescos da marca. No site da empresa é possível conhecer que as iniciais do fundador Yoshizo Kitano inspirou a nomeação da marca, que significa “bons presságios” ou “coisa boa”.
“Foi um choque. Não imaginávamos que isso poderia acontecer. Pensávamos que teria demissão por lá depois do fim do terceiro turno na semana passada, mas não fechar a empresa. A produção estava normal, não sofríamos com atraso de pagamento e nem teve muita justificativa. Foi humilhante e alguns colegas até passaram mal depois da notícia”, relatou uma funcionária que não quis ser identificada, trabalhadora da empresa por 11 anos.
SURPRESA E HUMILHAÇÃO
Outra trabalhadora, que também preferiu o anonimato, disse que o comunicado foi dado através de um representante da área de Recursos Humanos da empresa, que leu uma apresentação de slides com as orientações e direitos aos funcionários após o fechamento das unidades. “Disseram que o motivo é a crise e que vamos ser notificados por meio de telegrama sobre qualquer atualização no andamento do caso. Me surpreende o sindicato não nos comunicar e não nos representar”, disse.
A categoria é representada pelo Sindicato da Alimentação de São Paulo e Região, filiado à Força Sindical. De acordo com o dirigente sindical Antonio Araújo dos Santos, o Toninho, a notícia os pegou de surpresa. “Não sabemos de maiores detalhes e, assim como os trabalhadores, também fomos surpreendidos com a decisão da empresa. Vamos realizar uma reunião entre a diretoria do sindicato nesta sexta-feira (22/07) para discutir essa situação”, afirmou.
Em nota, a General Mills anunciou que a produção do ABCD será transferida para as demais unidades fabris no Brasil. “Na planta de São Bernardo permanecerão as áreas corporativas que hoje já estão nesta localidade”. Ainda de acordo com a nota, a empresa “está em processo de negociação do pacote de desligamento de aproximadamente 300 funcionários, com os responsáveis do sindicato” e que a “transferência da produção de São Bernardo acontecerá em 19 de agosto de 2016”.
ACORDO
Em vídeo compartilhado entre os trabalhadores do momento em que o comunicado foi dado, o representante do RH informa que serão acertadas as verbas rescisórias; o PPR (Programa de Participação nos Resultados) de 2015 no próximo dia 30; PPR proporcional de 2016; pacote adicional de encerramento de contrato; extensão do plano de saúde aos funcionários e familiares e orientações sobre recolocação no mercado de trabalho.
De acordo com o comunicado, os trabalhadores permanecem a partir desta quinta-feira (21/07) afastados em licença remunerada para cumprir aviso prévio e os desligamentos serão efetuados oficialmente no dia 19/08. Nesta tarde, alguns trabalhadores que estavam de férias e receberam a notícia tentaram retirar seus pertences no interior da fábrica, mas não conseguiram liberação de entrada. Uma manifestação organizada pelos funcionários não é descartada para as próximas semanas.
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