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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/01/2013 | Turismo
Whistler: o refúgio das estrelas
Depois de me acostumar com a neve da charmosa Sun Peaks, segui viagem rumo à badalada Whistler, que também possui estação de esqui, porém com maior infraestrutura para atrair endinheirados e famosos. O trajeto entre as duas cidades é, por si só, atração à parte. A cada piscada de olhos, surgia pela janela do veículo um novo cenário cinematográfico, com lindas montanhas, lagos congelados - e outros que, por ironia da natureza, continuavam na forma líquida - e pinheiros caprichosamente cobertos pela neve, que cai em cada ponta de galho, como se fosse pintura ou árvore de Natal.

O asfalto não é grande coisa, mas fica longe de ser tão ruim como na maioria das nossas rodovias. É comum avistar casas isoladas no meio da neve, todas elas lindas, deixando o visual ainda mais encantador. Em algum lugar, contemplando toda essa beleza, pude ver um trem vermelho tingindo a branca neve - outra paisagem que mais parecia um quadro, não fosse pelo movimento.

Vale uma parada nas lojas de conveniência, que ficam dentro dos postos de combustível, como aqui no Brasil. Nesses lugares, por mais que você não saiba inglês, os sempre muito educados canadenses se esforçam e sempre entendem o que você esta buscando. Em uma das lojas pude encontrar o desenergético que tem a imagem do cantor jamaicano Bob Marley e serve para relaxar. Claro que nesses lugares também vale pedir um chocolate quente ou barrinhas de cacau antes de seguir viagem.

Depois de passar aproximadamente cinco horas na estrada, cheguei ao meu segundo destino, Whistler, e logo pude entender o porquê de tanta fama. Se existe um lugar para chamar de chique é este. Hospedei-me no Hotel Fairmont, o mais requintado do local. Na chegada, é impossível não se deslumbrar com a imponência de sua estrutura em meio à neve - como um castelo moderno.

Hora do novo check in. Este momento sempre dá trabalho, pois há aqueles questionários em inglês que, para responder, só com a ajuda de um manual de conversação, dicionário ou do guia de sua agência de turismo, caso se trate de uma excursão. Passando a etapa, na hora de tentar me comunicar com a recepcionista, novamente as coisas ficaram meio preocupantes, pois ela me pediu o cartão de crédito, mas logo entendi que era para o caso de algum imprevisto e, assim que eu fizesse o check out, o valor seria estornado sem qualquer ônus.

A primeira refeição foi feita no Milestones Grill & Bar, que fica no pé da estação de esqui,

em frente ao hotel. Além da vista magnífica, o restaurante oferece comida especial. Recomendo o prato New York Stripolin, que custa US$ 27,99 e vem com uma suculenta carne.

É comum cruzar com atores norte-americanos nos restaurantes de Whistler, e neste não foi diferente: encontrei com Ray Liotta. Com o frio dessas cidades, é sempre muito gostoso experimentar drinques tradicionais - claro que com moderação. Aproveitei o bar do hotel onde, aquecido pela lareira, foi possível degustar um coquetel ao som de música ao vivo.

Whistler tem um pequeno centro comercial onde se instalam grandes marcas, como a Guess, e há inúmeras lojas de suvenires.

Nos domingos do mês de dezembro, a partir das 20h, acontece um espetáculo de acrobacias na neve - esportistas saltam com seus esquis em uma roda de fogo diante dos olhos atônitos dos espectadores. Uma linda queima de fogos encerra as apresentações.

O centro comercial também é conhecido pela agitada vida noturna, com bares e boates subterrâneas - uma das mais populares, inclusive, é a African, com preço popular de US$ 5 (cerca de R$ 10) a entrada. Como tudo no Canadá começa cedo, os primeiros a entrar na casa chegam por volta das 21h e os últimos deixam o local às 2h. As músicas variam entre rock, black e eletrônica. E os preços são justos, a exemplo da tradicional cerveja Canadian, que sai por US$ 4,50 (R$ 9,30) a long neck, e do uísque com energético, que custa US$ 8 (R$ 16,50). O mais inusitado fica por conta de uma maquininha no banheiro masculino que vende camisinha e Viagra por apenas US$ 2 a unidade (cerca de R$ 4).

Depois de fazer os passeios e explorar um pouco da cidade, é hora de esquiar. Para quem não se comunica em inglês ou francês, a dica é procurar um instrutor que fale português, coisa que não é muito fácil. Porém, há um coreano, com apelido de Chicky Boom, que já morou no Brasil e arranha um portunhol. Para o aluguel de roupas e acessórios de esqui, vale arriscar uma mímica. Normalmente, os atendentes já olham para você e sabem que tamanho veste.

Ao descer do alto da montanha, bem devagarzinho, a sensação é de liberdade e muita adrenalina. Observar crianças com menos de 10 anos esquiando tranquilamente é, sem dúvida, encorajador. Impossível não se sentir tão minúsculo em meio àquela neve toda. A paisagem é única. Mas é bom ter o cuidado de, ao cair, não colocar a mão embaixo do corpo, pois muitos fraturam ou torcem o pulso nesses momento.

Após esquiar, vale relaxar passeando pelas redondezas e registrando as paisagens maravilhosas. Quem quiser experimentar uma sensação única pode recorrer às piscinas aquecidas a céu aberto - mesmo com muita neve caindo, não se preocupe, pois o frio não faz parte desse recinto e a água é muito bem aquecida.

Whistler está preparada para o turismo tanto pela segurança quanto pela quantidade de quartos que oferece - cerca de 10 mil, espalhados por mais de 150 estabelecimentos, podendo abrigar até 30 mil pessoas. Com toda essa infraestrutura, vale incluí-la no roteiro pelo Canadá para conhecer este paraíso encravado entre as montanhas do Estado de British Columbia.

Por Ari Paleta - Enviado ao Canadá, Diário Online
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