DATA DA PUBLICAÇÃO 01/08/2016 | Cidade
Washington e os gols da redenção na várzea
Jogador marcou duas vezes e garantiu o acesso do Vila Nova de Mauá a 2ª divisão da várzea da cidade
Washington tinha tudo para não dar em nada. Menino, brasileiro, negro a correr atrás de uma bola marrom pelos terrões da vida, pelos arrabaldes das periferias das grandes metrópoles frias e duras. Washington seguiu sua trajetória.
Decerto, os acessos foram poucos, o poder público ausente não deve ter lhe dado direito a saúde, a educação de qualidade, ao lazer e a qualquer direito social básico que todo cidadão tem que ter em uma sociedade decente. Mas, Washington é um forte e ao invés do nada previsto, lutou para conseguir tudo.
Não desistiu e como instrumento de luta e reparação social, o menino hoje é homem alto, forte, bonito, dono de um par de chuteiras azuis toda gasta e a camisa 7 rubro negra do Vila Nova de Mauá. Um time tradicional do bairro da Vila Carlina, que há muito tempo, assim como Washington, luta por um lugar ao sol, na divisão especial da várzea de Mauá.
O jogo do domingo era pra isso, o Vila Nova jogaria contra o Família Canadá por um acesso da segunda divisão, para a principal série da várzea na cidade.
Outro desavisado olhará para isso tudo e não verá grandes coisas, dirá que nada disso importa, questionará a importância da coisa toda e decerto aplicará um criminoso reducionismo sobre tudo, como é de costume aos idiotas que não tiveram a boca beijada pela poesia. Mas a eles, como toda parcimônia explico...
Por 90 minutos que rola a bola, em um domingo de sol, a várzea é a implacável justiceira social dos tempos modernos. Durante esse tempo, Washington correu. Sob o sol de meio dia gritou sonhos, vociferou desejos, lutou como decerto faz em toda a sua vida, mas a diferença cabal é que na várzea sua luta é compensada.
Por duas vezes, a bola da vida veio em sua direção. Nas duas, estufou seu peito, ajeitou seu corpo e com a grandeza de um imortal a empurrou para o fundo das redes do adversário. Dois gols marcados, acesso garantido e Washington, maior responsável pela catarse de alegria e festa instaurada no estádio Pedro Benedetti em Mauá.
Risos, fogos, beijos, abraços, ao término da peleja não se viu mais a reclamação dos tempos. Por esse átimo de um punhado de horas a vida da gente da Vila Carlina foi algo muito bom, por esse tempo concedido por Washington eles foram felizes, nababescos a comemorar um 2x0 contra o time do Família Canadá, com fartos pedaços de carne no churrasco comunitário da festa no bairro, com bons goles de cerveja gelada.
Graças a Washington, no último domingo, a vida na Vila Carlina, foi realmente bela...
Washington tinha tudo para não dar em nada. Menino, brasileiro, negro a correr atrás de uma bola marrom pelos terrões da vida, pelos arrabaldes das periferias das grandes metrópoles frias e duras. Washington seguiu sua trajetória.
Decerto, os acessos foram poucos, o poder público ausente não deve ter lhe dado direito a saúde, a educação de qualidade, ao lazer e a qualquer direito social básico que todo cidadão tem que ter em uma sociedade decente. Mas, Washington é um forte e ao invés do nada previsto, lutou para conseguir tudo.
Não desistiu e como instrumento de luta e reparação social, o menino hoje é homem alto, forte, bonito, dono de um par de chuteiras azuis toda gasta e a camisa 7 rubro negra do Vila Nova de Mauá. Um time tradicional do bairro da Vila Carlina, que há muito tempo, assim como Washington, luta por um lugar ao sol, na divisão especial da várzea de Mauá.
O jogo do domingo era pra isso, o Vila Nova jogaria contra o Família Canadá por um acesso da segunda divisão, para a principal série da várzea na cidade.
Outro desavisado olhará para isso tudo e não verá grandes coisas, dirá que nada disso importa, questionará a importância da coisa toda e decerto aplicará um criminoso reducionismo sobre tudo, como é de costume aos idiotas que não tiveram a boca beijada pela poesia. Mas a eles, como toda parcimônia explico...
Por 90 minutos que rola a bola, em um domingo de sol, a várzea é a implacável justiceira social dos tempos modernos. Durante esse tempo, Washington correu. Sob o sol de meio dia gritou sonhos, vociferou desejos, lutou como decerto faz em toda a sua vida, mas a diferença cabal é que na várzea sua luta é compensada.
Por duas vezes, a bola da vida veio em sua direção. Nas duas, estufou seu peito, ajeitou seu corpo e com a grandeza de um imortal a empurrou para o fundo das redes do adversário. Dois gols marcados, acesso garantido e Washington, maior responsável pela catarse de alegria e festa instaurada no estádio Pedro Benedetti em Mauá.
Risos, fogos, beijos, abraços, ao término da peleja não se viu mais a reclamação dos tempos. Por esse átimo de um punhado de horas a vida da gente da Vila Carlina foi algo muito bom, por esse tempo concedido por Washington eles foram felizes, nababescos a comemorar um 2x0 contra o time do Família Canadá, com fartos pedaços de carne no churrasco comunitário da festa no bairro, com bons goles de cerveja gelada.
Graças a Washington, no último domingo, a vida na Vila Carlina, foi realmente bela...
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda