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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/10/2014 | Veículos
Volkswagen confirma Gol mais barato e minimiza duelo com Palio
Presidente da montadora prevê que setor só crescerá de novo em 2016.

Jetta será fabricado no Brasil nas versões mais vendidas.


"O ano já acabou", diz o presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, ao falar sobre um 2014 difícil para o setor automotivo. Apesar de esperar melhora nos próximos meses, o executivo considera que não será possível para a indústria se recuperar em tempo dos seguidos meses de vendas em baixa. A expectativa para o ano que vem também é de dificuldades: para Schmall, o mercado só voltará a crescer em 2016.

Além do recuo geral nos emplacamentos no mercado brasileiro, a montadora alemã, particularmente, sente a saída de linha do Gol G4, a geração antiga, que convivia com a atual até começar a valer a obrigatoriedade de airbag e freios ABS para os carros novos, em janeiro deste ano.

Para dar mais fôlego ao modelo, a Volkswagen lança neste mês uma versão mais barata -e menos equipada- do Gol, abaixo de R$ 30 mil.

Alvo de seguidos aumentos desde o lançamento da linha 2015, em abril passado, o modelo parte atualmente de R$ 32.380 (duas portas 1.0) e R$ 34.370,00 (quatro portas 1.0), conforme o site da marca, nesta quarta (15).

Segundo Schmall, o Gol de entrada vai atender a outra faixa de cliente, que não tem R$ 30 mil. "Faz parte do momento. O mercado está procurando carros com preços mais baixos", disse o executivo em evento na última terça-feira (14), quando a marca adiantou novidades para o Salão do Automóvel de São Paulo, que começa no próximo dia 30. A versão de entrada do Gol, no entanto, não foi apresentada e não há preços oficiais ainda.

Gol x Palio
Até o ano passado, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) incluia, na conta do Gol, os emplacamentos tanto da geração atual quanto os da anterior. Com a saída do G4, a fatia do hatch vem diminuindo.

O Gol segue líder em vendas no acumulado do ano, com 134.729 mil unidades emplacadas até setembro, ainda segundo a Fenabrave, mas o segundo colocado, Fiat Palio, se aproxima cada vez mais (128.765 unidades).

Curiosamente, Schmall questiona a comparação: "O Palio são dois carros", afirma. É que, a exemplo do que ocorria com o hatch da Volks, a Fenabrave também soma os emplacamentos do Palio Fire, geração anterior, com os do Novo Palio. "O Gol ainda tem 7,2%, 7,4% de share (participação, nas vendas de automóveis no ano). Não está perdendo. O Palio novo tem 60 mil carros", diz Schmall.

Up! 'cumpre papel'
No lugar do G4, a montadora lançou o Up!, para ser "o Fusca do futuro". Mas as vendas do compacto ainda não decolaram.

Lançado no fim de fevereiro, ele é o 13º automóvel mais vendido no acumulado do ano, com 41.469 unidades emplacadas até setembro, aponta a Fenabrave. Está atrás até do Toyota Corolla, que é bem mais caro.

Mas Schmall considera que o Up! tem feito seu papel. "Tem 3,6% das vendas no varejo. Está melhor que o Gol antigo. Está cumprindo o mensal dele", afirma.

O presidente da montadora pontua que os números de venda também refletem a baixa na produção, adotada pelas fabricantes em virtude do mercado desaquecido. E considera que o consumidor precisa de um tempo para se acostumar com um carro inédito. "Todo brasileiro conhece o Gol e o Fox. É até difícil convencer (o cliente) a fazer um test drive nesses carros, porque a pessoa diz que já conhece porque o pai tinha, o avô", reflete. "Demora um pouquinho para conhecerem um carro novo."

Jetta brasileiro
Apesar de só projetar um novo crescimento para o setor para daqui a dois anos, Schmall festeja que os produtos oferecidos no Brasil comecem a ser tornar mais próximos, em termos de tecnologia, dos vendidos no exterior. A Volkswagen dá como exemplos disso o novo Golf e o Jetta, que serão produzidos no país a partir do ano que vem.

"Antigamente, o mercado brasileiro estava afastado em termos de tecnologia. Isso acabou, sobretudo com o investimento em plataformas mundiais (os chamados carros globais, casos de Golf e Jetta). Agora, que temos veículos no mesmo nível (do exterior), precisamos investir na exportação", resume Schmall, citando que os custos de produção ainda são impedimento para o mercado brasileiro ser mais competitivo.

O Jetta, carro premium da marca, será feito em São Bernardo do Campo (SP), enquanto o Golf irá para a fábrica de São José dos Pinhais (PR). A montadora continuará a trazer do México algumas versões do sedã, deixando para produzir no Brasil as mais procuradas, diz Schmall.

Por Luciana de Oliveira - G1, em São Paulo
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