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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/08/2016 | Economia
Volks recua nas 3.600 demissões
Volks recua nas 3.600 demissões Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
A Volkswagen voltou atrás na decisão de demitir 3.600 trabalhadores, volume considerado excedente na fábrica de São Bernardo, que conta com efetivo de 10,5 mil profissionais. Após longa negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que durou mais de dois meses, a montadora alemã concordou em oferecer estabilidade para seus empregados até 2021, acordo que foi aprovado ontem em assembleia com os operários.

“Conseguimos afastar a ameaça de demissão pelos próximos cinco anos”, afirma Wagner Santana, secretário-geral do sindicato. “Foi a negociação mais difícil já conduzida com a Volkswagen, pois se deu em meio a conjuntura econômica muito difícil. Estamos tendo de ajustar acordos que estavam em curso em razão da queda na produção, que tem sido muito forte.”

Apesar da garantia, será aberto PDV (Programa de Demissão Voluntária) a partir de amanhã para toda a fábrica, em três etapas. A primeira oferta será de meio salário por ano trabalhado (tabela base) mais 20 pagamentos mensais. Isso para quem aderir até o dia 10. De 1º a 9 de setembro, haverá uma segunda chamada, com pacote composto pela tabela base mais 15 salários. A terceira e última chance será de 19 a 30 de setembro, com tabela base mais dez salários.

EXCEÇÃO - A Volkswagen deixou claro, porém, que pretende eliminar pelo menos 325 profissionais mensalistas, que atuam na área administrativa. Caso não atinja o volume, haverá cortes até esse limite, afirma Santana. Já em relação aos operários horistas, que trabalham no chão de fábrica, não há meta de adesões.

A alta ociosidade na fábrica da Anchieta, que hoje produz menos da metade da capacidade da planta, será driblada com o PDV, a renovação do PPE (Programa de Proteção ao Emprego), com redução de 30% na jornada de trabalho e 15% nos salários por mais seis meses – o acordo vigente diminui em 20% o serviço e em 10% os rendimentos, e vigora até 30 de setembro – e novo grupo de lay-off (suspensão temporária de contratos), cujo número de participantes será definido ainda neste mês, após o término da primeira etapa da demissão voluntária.

Para o lay-off, os empregados que já foram afastados receberão apenas 70% do salário; os que forem suspensos pela primeira vez terão complemento da renda pelo governo federal. Se, ao final do período de cinco meses, a crise persistir, esses operários serão demitidos.

Em São Bernardo, embora a meta de produção para este ano seja de 250 mil veículos, apenas 159 mil deverão ser confeccionados. Isso porque a planta tem capacidade para 390 mil, volume fabricado quatro anos atrás.

PAGAMENTOS - Quanto à PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o montante pago neste ano será de R$ 11,8 mil. Até 2021, esse valor será corrigido somente pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), independentemente do montante comercializado.

O acordo coletivo altera a data base de 2017 de março para setembro, e transforma o valor equivalente aos 18 meses de variação da inflação em abono. Para 2018 a 2021, fica mantida reposição do INPC.

A montadora avalia que se trata de “mais um importante passo no aprimoramento das relações trabalhistas”, e que “empresa e sindicato chegaram a proposta que garantiu o equilíbrio entre as necessidades do negócio e dos trabalhadores, com elementos que nos permitirão fazer frente aos desafios atuais, por meio de mecanismos de adequação das estruturas de custos e de efetivo da unidade Anchieta”.

Funcionários devem ter férias coletivas dia 16

Em virtude dos problemas na entrega de bancos automotivos, os funcionários da Volkswagen em São Bernardo, que estão sem trabalhar há mais de uma semana, desde o segundo turno do dia 25, devem permanecer em casa até sexta-feira. Caso o fornecimento pela Keiper, do Grupo Prevent, que tem fábrica em Mauá, não seja restabelecido, a linha de produção entrará em férias coletivas de 20 dias a partir do dia 16.

Na avaliação do secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, esse drama, que se arrasta desde o ano passado, se deve ao fato de a fabricante tentar reajustar o valor das peças.

Entre março de 2015 e maio de 2016, a montadora diz ter perdido 56 dias de produção nas fábricas brasileiras devido aos atrasos no fornecimento dos bancos. Essas paralisações fizeram com que cerca de 35 mil veículos deixassem de ser fabricados no período. Em junho, o trabalho também foi suspenso por três dias.

Desde maio, o Diário tenta contato com representantes do Prevent, sem êxito.

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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