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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/01/2016 | Economia
Volks insere todos os trabalhadores de SBC em lay off e PPE
Volks insere todos os trabalhadores de SBC em lay off e PPE Trabalhadores lutaram no decorrer de 2015 pela implantação do PPE para evitar demissões. Foto: Fabiano Ibidi
Trabalhadores lutaram no decorrer de 2015 pela implantação do PPE para evitar demissões. Foto: Fabiano Ibidi
Para evitar demissões, montadora coloca 1.200 em lay off nesta semana; outros 9.300 estão no PPE

Para adequar a quantidade de funcionários às quedas nas vendas em 2015, a Volkswagen colocou 1.200 funcionários em lay off (suspensão temporária do contrato de trabalho) na unidade de São Bernardo nesta semana. De acordo com dados divulgados pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a montadora está com todos os trabalhadores desta unidade inseridos em programas que auxiliam a manter a mão de obra durante períodos de crises. Além dos 1.200 em lay off, cerca de 9.300 trabalhadores estão em PPE (Programa de Proteção ao Emprego).

Diante do baixo desempenho do setor automotivo em 2015, as fabricantes de veículos têm adotado uma série de ações para evitar demissões neste período de baixos resultados. Todas as montadoras da Região utilizaram medidas como banco de horas, férias coletivas, lay off, PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e PDV (Plano de Demissão Voluntária) com valores atrativos.

Os resultados da Volkswagen em 2015 foram bem abaixo do esperado e semelhantes às demais marcas. Os setores de ônibus e caminhões foram os principais atingidos pela crise da economia brasileira: as vendas foram 45,9% menores do que em 2014. Os dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) revelam também que os comerciais leves venderam 42,8% a menos do que no ano anterior. Os carros apresentaram queda de 21,7% no ano passado em relação a 2014.

A fábrica de São Bernardo tem cerca de 10.500 mil funcionários, sendo que 7.500 mil atuam na produção. De acordo com o Sindicato, toda a fábrica está inserida em algum programa. Cerca de 9.300 trabalhadores estão em PPE e tiveram redução de 20% na jornada de trabalho e de 10% no salário em outubro de 2015. O acordo é válido por seis meses. Agora outros 1.200 foram colocados em lay off por cinco meses.

A expectativa das montadoras é do lançamento de um programa de renovação da frota de veículos, que está sendo avaliado pelo governo federal. “Esperamos uma leve retomada neste ano. Há 22 anos sugerimos um programa como este ao governo. Nesse período fizemos diversas adaptações ou novos estudos. Todas as fabricantes estão confiantes que este ano será finalmente adotado, já que comprovamos que é benéfico para o meio ambiente, para a redução do número de acidentes, entre outros”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

SOBRE OS PROGRAMAS

O lay off é uma ferramenta utilizada desde 2001 por empresas em períodos de crise e permite suspender o contrato de trabalho por até cinco meses (podendo ser renovado por mais cinco meses). Durante esse tempo, os funcionários podem fazer cursos de qualificação e recebem seguro desemprego do governo. Em alguns casos, as empresas complementam os salários.

Já o PPE permite desde julho de 2015 que as empresas, durante períodos de crise, reduzam jornada de trabalho e salário em até 30% por até seis meses (podendo ser renovado por mais seis meses). A fábrica precisa atender uma série de requisitos, como estar com o pagamento dos impostos em dia, ter utilizado outras medidas como banco de horas ou férias coletivas no decorrer da crise. O FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) complementa em 50% a perda salarial do trabalhador.

HISTÓRICO

O ano de 2015 começou complicado na montadora alemã. No início de janeiro do ano passado, a empresa anunciou a demissão de 800 funcionários da unidade de São Bernardo, porém, após greve de 10 dias, a Volks voltou atrás e não efetuou os cortes. A expectativa naquele momento era de o governo federal lançar o PPE.

Depois, em junho, afastou 1.750 metalúrgicos por meio de lay off, que se estendeu até outubro. Parte destes trabalhadores retornou gradativamente após o período do afastamento ou entrou no PPE.

Em julho, o governo federal lançou o PPE, e a empresa conseguiu ser aprovada pelo Ministério do Trabalho em setembro. A participação no programa incluiu quase a fábrica toda desde outubro: são 9.300 trabalhadores inseridos no PPE.

A assessoria de imprensa da Volkswagen informou que a empresa utilizou todas as medidas para evitar demissões na unidade.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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