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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/02/2010 | Saúde e Ciência
Viver perto de avenida acelera progressão de doença cardíaca
Um estudo baseado em cinco pesquisas com grupo controle, que envolveram um total de 1.483 participantes, mostrou que viver nas proximidades de vias de tráfego intenso acelera o espessamento das paredes das artérias, um importante fator de risco para doenças como derrame e infarto.

Os pesquisadores da University of Southern California, em colaboração com parceiros da Espanha e da Suíça, verificaram que esse espessamento progrediu duas vezes mais rápido entre pessoas que vivem a até cem metros de distância de uma estrada de Los Angeles do que entre outras que moram mais longe.

Os dados do estudo, publicado no periódico "PloS One", reforçam a descoberta de que a poluição atmosférica proveniente do escapamento de veículos é um fator que aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

Para Paulo Saldiva, do laboratório de poluição da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, este é um dos estudos mais bem controlados a mostrar que a poluição reproduz, em parte, os efeitos nocivos do cigarro nas artérias. "A diferença é que o cigarro você tem opção de não acender", diz.

Para ele, é importante que se façam estudos de impacto não só no ambiente mas também na saúde dos moradores da região antes de iniciar obras como o Rodoanel, por exemplo.

Abrão Cury, cardiologista do Hospital do Coração, afirma que a relação entre poluente atmosférico decorrente da queima de combustíveis fósseis e aumento da aterosclerose não é nova. "Agora temos que saber melhor como isso ocorre e o que fazer para prevenir."

Segundo Cury, o principal cuidado que as pessoas devem ter é evitar atividades físicas em locais com grande concentração de poluentes. Isso porque, ao se exercitar, a frequência cardíaca e respiratória aumenta, o que facilita a inalação de mais poluentes.

"Não adianta tomar leite, água nem vitamina. Na medida do possível, o melhor a fazer é não abrir a janela do apartamento às 18h se você mora na avenida Paulista", orienta.

Por Rachel Botelho - Folha de São Paulo
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