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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/02/2013 | Esportes
Vitória da vontade: Inter domina time reserva do Grêmio e avança à semi
Só mudou o endereço. De resto, o filme se repetiu. Até o placar. Com discurso de valorização do Gauchão, o Inter levou titulares, dominou a partida do início ao fim e venceu os reservas do Grêmio (da equipe ideal, só Dida e Werley jogaram) na tarde deste domingo em Caxias do Sul - roteiro semelhante ao clássico anterior, em Erechim. A outra diferença está no prêmio desta nova história. Não chega a ser um Oscar, mas vale bem mais que os três pontos. O placar de 2 a 1, gols de Forlán, Moledo e Willian José, leva o time de Dunga à semifinal da Taça Piratini, o primeiro turno do Estadual.

Agora, o Inter, que estreou o estádio Centenário como sua nova casa até o Beira-Rio ser liberado das obras, enfrenta o Esportivo, que bateu o invicto Lajeadense nos pênaltis. O confronto terá o mando colorado, já que sustenta melhor campanha que o rival. A outra semifinal está definida entre São Luiz e Caxias. As duas ocorrem no próximo fim de semana, com datas a serem definidas pela Federação Gaúcha de Futebol.

Eliminado, o Grêmio só volta a pensar em Gauchão em 16 de março, quando enfrenta o Lajeadense, na primeira rodada do segundo turno. Antes, no dia 5, recebe o Caracas, possivelmente na Arena, pela Libertadores, grande objetivo do clube no primeiro semestre e motivador do uso de reservas em Caxias do Sul.

O segundo clássico da história a ser disputado em Caxias do Sul - o primeiro ocorrera em 1965, num amistoso em 0 a 0 - começou muito antes de a bola rolar. E em clima de tranquilidade. Era essa a atmosfera nas ruas da cidade serrana desde muito cedo da manhã. Na entrada das equipes, uma faixa pedindo paz nos estádios e ainda um minuto de silêncio, em homenagem ao jovem morto na Bolívia, após o arremesso de um sinalizador. Mas... Gre-Nal é Gre-Nal, e alguns componentes tradicionais do clássico não demoraram a surgir.

Primeiro, o mistério. Vanderlei Luxemburgo levou apenas os titulares Dida e Werley a Caxias, mas segurou a divulgação da escalação até minutos antes do apito inicial de Jean Pierre de Lima. Surpreendeu ao levar a campo três zagueiros. Mais curioso ainda foi ver o defensor Douglas Grolli envergar a camiseta de número 11. Segundo elemento, a rivalidade: o diretor executivo Rui Costa não gostou de ver os gandulas com uniformes do Inter, mesmo que o mando fosse vermelho. Como medida paliativa, foram entregues coletes aos funcionários, alvos de polêmica já no Gauchão passado, em Gre-Nal da Taça Farroupilha, no qual Luxa discutou com um gandula e acabou expulso.

Por falar em Inter, nada de mistério no time de Dunga. Apenas a entrada de Juan na vaga de Ronaldo Alves, lesionado de última hora. Com titulares, desenhou uma já esperada superioridade. Em 15 minutos, teve quatro escanteios ao seu favor. Num deles, aos 6, Damião emendou uma bicicleta, encobriu Dida e viu a bola roçar o travessão. Antes, aos 2, Juan já havia cabeceado com perigo sob a trave.

Uruguaio desmancha muralha

Sobrevivendo de lançamentos aleatórios para Welliton e Marcelo Moreno, o Grêmio demorou a levar perigo ao gol de Muriel. Aos 20, Tony chegou próximo à área e levantou na cabeça de Welliton. O atacante mergulhou, num peixinho estiloso, porém desastrado: na pequena área, perdeu a grande chance da partida até então.

Oportunidade que custaria caro. Quando Forlán teve a sua, aos 25 minutos, não desperdiçou. Após tabela envolvente de D'Alessandro e Fred, o uruguaio recebeu na área e acabou calçado por Matheus Biteco: pênalti incontestável. Que virou gol no pé direito de Forlán, em chute rasante, forte, no canto direito de Dida. O goleiro não sabia o que era buscar bolas na rede desde 10 de novembro, ainda com as luvas da Portuguesa.

O gol inflou um estádio já amplamente vermelho. Se já estava difícil para o desentrosados reservas do Grêmio, o 1 a 0 complicou de vez. Logo depois, D'Alessandro - que iria comemorar 200 jogos neste domingo, mas que acabou tendo as estatísticas recontadas, foi a sua 197ª partida - tentou o dele. O chute, venenoso, passou zunindo a trave canhota de Dida. A pressão ensaiada com esse lance arrefeceu. O primeiro tempo foi se esvaindo com lentidão, como se o melhor já estivesse sido feito.

- É importante a vitória, mas ainda faltam 45 minutos. É bom fazer o gol, mas o melhor é a equipe estar vencendo e depois classificar - ponderou o eficiente Forlán.

O pouco inspirado Marcelo Moreno lamentou o resultado:

- Foi um primeiro tempo complicado. Desde o início tentamos fazer um bom jogo, fazer o primeiro gol, mas fomos surpreendidos. Temos que manter o ritmo para empatar e depois tentar vencer - afirmou o atacante gremista.

Grêmio muda, mas Inter manda e dá "olé"

O boliviano, no entanto, não teve chance de colocar em prática as suas ideias. Acabou substituído por Willian José. O antes improvável 3-5-2 virou pó no vestiário. Ressurgiu como um 4-3-3 na volta do intervalo. Isso porque Luxa ainda colocou o argentino Facundo Bertoglio e sacou o zagueiro Bressan.

Não deu muito certo. Pelo menos nos primeiros minutos, o Grêmio, aturdido, viu o Inter colecionar investidas perigosas. Aos 2 minutos, Dida subiu mais alto do que todos, mas não agarrou a bola após escanteio. Caído, ajoelhado na grama, viu Biteco salvar a bola na linha da pequena área.

Era uma espécie de prelúdio. Prefácio. Premonição. Aos 13, em novo escanteio, agora pelo lado esquerdo, o Inter aumentou a vantagem. Desta vez, Dida não saiu nem ficou no gol. Abriu um vão para o atento Rodrigo Moledo se antecipar a Biteco e desviar às redes: 2 a 0. Que poderia ser 3 a 0 logo em seguida, se Damião não tivesse errado a pontaria, após vencer a débil zaga tricolor em arrancada veloz.

Os gritos de "olé", que o Grêmio titular tanto ouvira a seu favor no Engenhão, se virou contra os reservas no Centenário. Os quase 18 mil colorados vibravam com cada troca de passe, seja no ataque, seja na defesa. Aos 22, no entanto, a festa colorada foi silenciada pelo apito inesperado de Jean Pierre, que marcou pênalti de Josimar em Douglas Grolli, após levantamento na área. Willian José descontou: 2 a 1.

Estádio repleto, rivalidade, falhas, acertos, gols... faltava ainda uma confusão para o Gre-Nal 396 ter cara de Gre-Nal. Embora tímida, ela chegou aos 28 minutos. D'Alessandro não gostou da marcação mais forte de Adriano. Os dois se estranharam e levaram cartão amarelo, o primeiro havia sido para Josimar devido ao pênalti.

Mas a cara do Gre-Nal 396 foi mesmo a vontade de vencer. Que, ao lançar mão de todos os seus titulares, só o Inter realmente a teve. E, assim, só o Inter poderia vencer. Só o Inter venceu. Não poderia ser diferente. Todos já haviam assistido a esse filme.

Por GLOBOESPORTE.COM - G1
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