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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/01/2013 | Setecidades
Vítima de incêndio no Sul é enterrada no ABCD
Vítima de incêndio no Sul é enterrada no ABCD Emocionados, amigos e familiares se despediram de Rafael com homenagens ao time do coração do jovem. Foto: Adonis Guerra
Emocionados, amigos e familiares se despediram de Rafael com homenagens ao time do coração do jovem. Foto: Adonis Guerra
Enterro de Rafael Paulo Nunes de Carvalho
Rafael Paulo Nunes de Carvalho estava em Santa Maria (RS) para visitar amigos de intercâmbio


Sob muitos aplausos e a comoção de parentes e amigos que cantaram o hino do São Paulo Futebol Clube, Rafael Paulo Nunes de Carvalho, 32 anos, foi enterrado por volta das 11h20 desta terça-feira (29/01) no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano. O são-paulino e morador de Santo André foi uma das 234 vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que ocorreu na madrugada do último domingo (27/01).

O velório começou às 23h desta segunda-feira (28/01), no Hospital São Caetano, e seguiu até o início da manhã desta terça. O corpo chegou ao cemitério às 11h e, antes de ser sepultado, o caixão foi levado para a capela do local, onde cerca de 100 pessoas deram o último adeus ao jovem. Visivelmente abalados, familiares e amigos tentaram ainda cantar um trecho da música Amizade do grupo Fundo de Quintal ao levar o caixão até a sepultura, mas os soluços da despedida interromperam a homenagem.

Apesar da comoção, a cerimônia foi repleta de homenagens a Rafael. Parentes e amigos palmeirenses e corintianos deixaram as rivalidades dos times de lado para vestir a camisa do São Paulo, a grande paixão do morador de Santo André. O presidente do clube, Juvenal Juvêncio, inclusive mandou uma coroa de flores e uma bandeira oficial do time, para homenagear o jovem. A bandeira foi colocada em cima do caixão.

A vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli, compareceu ao enterro do jovem, mas emocionada não quis falar com a imprensa. A Prefeitura de Santo André e de São Bernardo decretaram, nesta segunda-feira (28/01), luto de três dias em homenagem a Rafael.

Perfil - Rafael morava no Bairro Jardim, em Santo André, juntamente com os pais Fátima e Paulo Nunes de Carvalho, e o único irmão, Daniel. Formado em administração de empresas, o jovem trabalhava há um ano na Distribuidora de Bebidas e Alimentos Sucesso, na Capital. Ele aproveitou o feriado de aniversário de São Paulo para viajar para o Sul do País. Os planos eram visitar um afilhado em Santa Catarina e depois rever amigos de intercâmbio da Austrália, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

“Ainda pedimos para que ele não viajasse, pois queríamos comemorar o aniversário dele na minha casa, mas ele não quis”, comentou a amiga da família Mirtes Castro, 51 anos. Rafael havia morado por quatro anos na Austrália e Nova Zelândia para trabalhar e estudar inglês. Fazia três anos que o morador de Santo André tinha retornado para o Brasil, mas mesmo assim não queria desfazer os laços de amizade conquistados na viagem.

No dia do incêndio na boate Kiss, Rafael comemorava com os amigos o aniversário de 32 anos, completados na última sexta-feira (25/01). Um desses amigos, Felipe Vieira, 26 anos, também morreu no acidente. De acordo com amigos, a morte de Rafael foi descoberta devido a outro amigo, que não tinha ido até a boate naquela noite. “Primeiro foram achados os documentos dele. Até aí tínhamos esperança. Mas depois o rapaz reconheceu o corpo dele e ficamos sem chão”, explicou o amigo de trabalho Paulo Rupiniak.

Rafael é descrito pelos amigos como uma pessoa inteligente, risonha, que sempre via o lado bom da vida, gostava de manter os laços de amizade e viver intensamente. Ele adorava viajar e era são-paulino fanático. “Sempre vou me lembrar dele sentado no meu sofá sorrindo e usando a camisa do São Paulo”, revelou Mirtes.

O engenheiro Edson Figueiredo, 61 anos, considerava Rafael como filho. Juntamente com outros amigos, eles não perdiam uma partida do São Paulo. “Lembro de quando ele voltou do Exterior. Antes de ir para casa, ele primeiro quis ir ao Morumbi”, recordou. O último jogo a que Rafael assistiu foi do São Paulo contra o Bolívar, na última quarta-feira (23/01) no Morumbi. “Agora, nos estádios, sempre haverá um lugar vazio ao meu lado”, afirmou Figueiredo.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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