DATA DA PUBLICAÇÃO 24/02/2013 | Geral
Vítima de deslizamento na Imigrantes é enterrada e família critica Ecovias
Em SP, família disse não ter sido procurada pela concessionária.
Empresa afirmou no sábado que vítimas serão indenizadas.
O corpo da gerente de sistemas Lilian Aparecida de Souza, que morreu soterrada no deslizamento ocorrido na rodovia dos Imigrantes, foi enterrado no Cemitério do Carmo, na Zona Leste de São Paulo, pouco depois do meio-dia deste domingo (24). Lilian, de 43 anos, moradora do Cambuci, na Zona Sul da capital, tinha ido a Santos, na sexta-feira (22), para almoçar com amigas.
A cunhada de Lilian, Renata Eusébio, afirmou após o sepultamento que a Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, está sendo omissa em relação aos familiares. “A Ecovias em nenhum momento deu atendimento à família. Não ligou para saber se o corpo chegou ou para perguntar: ‘Vocês precisam de alguma coisa?’ ”. Ela afirmou ainda que os gastos até o momento estão sendo custeados pela família.
Ela afirmou também que a concessionária deveria ter um sistema para monitorar possíveis desabamentos e alagamentos e interditar a pista antes de momentos críticos.
A Ecovias informou que na noite de sexta-feira (22), dia em que ocorreu o deslizamento, um representante da concessionária esteve com o marido da vítima na balança do km 56 da rodovia dos Imigrantes, para onde foram levados os usuários envolvidos. A concessionária disse ainda que, no dia seguinte, tentou contato com Renata por diversas vezes. Sem sucesso, foi deixado recado na caixa postal. No sábado (23), a Ecovias e a Secretaria dos Transportes haviam informado que as vítimas do acidente serão indenizadas. “Sob o ponto de vista da indenização, eu queria tranquilizar as pessoas de que isso vai ser feito”, disse o secretário Saulo de Castro Abreu.
Cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam o sepultamento de Lilian, que iria completar 44 anos no próximo dia 11. Ela era casada há 10 anos e tinha uma filha de 6. A garota também acompanhou o funeral.
A pista da Imigrantes foi liberada durante a madrugada deste domingo, após passar por limpeza e ser vistoriada por engenheiros da Ecovias e especialistas em geotecnia. Segundo a concessionária, todo o material proveniente do deslizamento foi removido e não houve dano estrutural na rodovia.
Segundo o diretor-superintendente da Ecovias, José Carlos Cassaniga, o Sistema Anchieta-Imigrantes recebeu, na sexta-feira (22), 183 mm de precipitação entre 7h e 19h, sendo que, no período de 10 minutos antes do deslizamento na altura do km 52, foi medida a queda de 23 mm de chuva, o equivalente à média diária de meses chuvosos, como janeiro e fevereiro.
Após afirmar que a concentração de chuvas chegou a 150 mm nas duas horas anteriores ao deslizamento, Cassaniga foi questionado se a concessionária não deveria ter tomado alguma providência, como o fechamento das vias. Ele negou.
"Não, porque o fato de estar chovendo um pouco mais forte a partir das 15h não significa que há uma concentração exagerada e também não significa que vai ter um evento geológico, o que é imprevisível", disse o diretor.
A Secretaria Estadual de Transportes informou que as câmeras que registram o movimento no trecho foram levadas pela enxurrada. "Até o momento, não há indicadores de falta de cumprimento de cláusulas contratuais. Até agora, não vimos nenhuma falha no monitoramento (da chuva)", disse Saulo de Castro Abreu, secretário de Transportes.
O deslizamento ocorreu atingiu 24 veículos - 23 carros e um caminhão.
(*Com colaboração do G1 Santos)
Empresa afirmou no sábado que vítimas serão indenizadas.
O corpo da gerente de sistemas Lilian Aparecida de Souza, que morreu soterrada no deslizamento ocorrido na rodovia dos Imigrantes, foi enterrado no Cemitério do Carmo, na Zona Leste de São Paulo, pouco depois do meio-dia deste domingo (24). Lilian, de 43 anos, moradora do Cambuci, na Zona Sul da capital, tinha ido a Santos, na sexta-feira (22), para almoçar com amigas.
A cunhada de Lilian, Renata Eusébio, afirmou após o sepultamento que a Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, está sendo omissa em relação aos familiares. “A Ecovias em nenhum momento deu atendimento à família. Não ligou para saber se o corpo chegou ou para perguntar: ‘Vocês precisam de alguma coisa?’ ”. Ela afirmou ainda que os gastos até o momento estão sendo custeados pela família.
Ela afirmou também que a concessionária deveria ter um sistema para monitorar possíveis desabamentos e alagamentos e interditar a pista antes de momentos críticos.
A Ecovias informou que na noite de sexta-feira (22), dia em que ocorreu o deslizamento, um representante da concessionária esteve com o marido da vítima na balança do km 56 da rodovia dos Imigrantes, para onde foram levados os usuários envolvidos. A concessionária disse ainda que, no dia seguinte, tentou contato com Renata por diversas vezes. Sem sucesso, foi deixado recado na caixa postal. No sábado (23), a Ecovias e a Secretaria dos Transportes haviam informado que as vítimas do acidente serão indenizadas. “Sob o ponto de vista da indenização, eu queria tranquilizar as pessoas de que isso vai ser feito”, disse o secretário Saulo de Castro Abreu.
Cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam o sepultamento de Lilian, que iria completar 44 anos no próximo dia 11. Ela era casada há 10 anos e tinha uma filha de 6. A garota também acompanhou o funeral.
A pista da Imigrantes foi liberada durante a madrugada deste domingo, após passar por limpeza e ser vistoriada por engenheiros da Ecovias e especialistas em geotecnia. Segundo a concessionária, todo o material proveniente do deslizamento foi removido e não houve dano estrutural na rodovia.
Segundo o diretor-superintendente da Ecovias, José Carlos Cassaniga, o Sistema Anchieta-Imigrantes recebeu, na sexta-feira (22), 183 mm de precipitação entre 7h e 19h, sendo que, no período de 10 minutos antes do deslizamento na altura do km 52, foi medida a queda de 23 mm de chuva, o equivalente à média diária de meses chuvosos, como janeiro e fevereiro.
Após afirmar que a concentração de chuvas chegou a 150 mm nas duas horas anteriores ao deslizamento, Cassaniga foi questionado se a concessionária não deveria ter tomado alguma providência, como o fechamento das vias. Ele negou.
"Não, porque o fato de estar chovendo um pouco mais forte a partir das 15h não significa que há uma concentração exagerada e também não significa que vai ter um evento geológico, o que é imprevisível", disse o diretor.
A Secretaria Estadual de Transportes informou que as câmeras que registram o movimento no trecho foram levadas pela enxurrada. "Até o momento, não há indicadores de falta de cumprimento de cláusulas contratuais. Até agora, não vimos nenhuma falha no monitoramento (da chuva)", disse Saulo de Castro Abreu, secretário de Transportes.
O deslizamento ocorreu atingiu 24 veículos - 23 carros e um caminhão.
(*Com colaboração do G1 Santos)
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