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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/07/2012 | Setecidades
Vistoria fechada define obra no Carlos Gomes
Vistoria fechada define obra no Carlos Gomes Espaço está em obras desde o final do ano passado. Foto: Amanda Perobelli
Espaço está em obras desde o final do ano passado. Foto: Amanda Perobelli
Restaurador esteve no local para avaliar execução da reforma pela Prefeitura de Santo André; imprensa não pôde acompanhar

O Cine Teatro Carlos Gomes passou nesta quarta-feira (18/07) por vistoria do restaurador Júlio de Moraes, designado pelo Ministério Público de Santo André para avaliar o andamento das obras de restauro do espaço. No começo do mês, o MP suspendeu as obras da prefeitura por 30 dias após receber questionamentos sobre a condução da reforma. Membros do Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André) e do movimento SOS Carlos Gomes afirmam que a obra não está preservando características originais do prédio, construído em 1925 e tombado como patrimônio histórico pelo conselho em 1992.

A vistoria desta quarta também foi acompanhada pelo secretário de Cultura, Carlos Roberto Panini, e pelo vereador Tiago Nogueira, integrante da bancada do PT responsável pela representação junto ao MP solicitando o embargo. A Prefeitura de Santo André não permitiu que repórteres e fotógrafos acompanhassem a vistoria alegando falta de equipamento de segurança para a imprensa.

A vistoria durou cerca de uma hora e meia. Moraes avaliou que o prédio passou por processo de deterioração, mas ainda guarda vestígios da estrutura original e permite que alguns elementos sejam resgatados. Para o restaurador, não há motivos para extensão do prazo de embargo da obra.

“Me parece que todos concordam que o embargo deve ser finalizado o quanto antes. Toda obra parada desnecessariamente vai acarretar mais gastos desnecessários ao erário público e maior degradação. Não tem necessidade de atropelar ou protelar. Vamos acelerar o diálogo para chegar logo em uma conclusão.” Moraes enviará um relatório sobre a vistoria para a Promotoria, que decidirá sobre a paralisação.

"Não queremos que as obras fiquem paradas", disse Tiago Nogueira. Já a arquiteta e urbanista Silvia Helena Passarelli, integrante do movimento SOS Carlos Gomes, que também acompanhou a vistoria, frisou que as obras, que começaram no final do ano passado, tiveram início sem prestar contar contas ao Comdephaapasa.

“A explicação dada pelo arquiteto responsável mostra as várias falhas. As obras começaram com base em estudos preliminares ao invés do projeto. Em março, a própria prefeitura afirmou que o projeto ainda não estava pronto. Houve uma ausência de diálogo e por isso pedimos embargo da obra e a apresentação pública do projeto para que a sociedade possa discutir.”

Comunicado - Em nota enviada no final desta quarta, a assessoria de imprensa da prefeitura afirma que a reforma do teatro não foi embargada, mas que houve acordo entre o MP, os reclamantes e a prefeitura para que as atividades fossem paralisadas para realização da vistoria conjunta, bem como para obter parecer de um profissional especializado. Ao contrário do que disse o Comdephaapasa, a prefeitura garantiu que o projeto para reforma foi apresentado e aprovado pelo conselho em agosto de 2011.

A primeira fase da obra está em execução com investimento de R$ 2,6 milhões em recursos da prefeitura. A administração andreense espera contar com parceria da iniciativa privada para a segunda parte da intervenção. O objetivo é transformar o local em uma sala de cine concerto e espaço de convivência cultura e exposição.

O prédio que abriga do Cine Teatro foi interditado em 2009 pela Defesa Civil de Santo André por problemas estruturais.

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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