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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/03/2016 | Cultura
'Visões do passado'' não leva terror psicológico até o fim
Filme é estrelado por Adrien Brody ('O pianista').
Protagonista é atormentado pela recente morte de sua filha.


Um dos elementos mais contundentes nas produções de terror dito psicológico é a capacidade de se construir uma dualidade entre o real e a paranoia, sem que a audiência decifre o mistério até seu desfecho. Dos clássicos como “O Bebê de Rosemary” (1968) e “O Iluminado” (1980), até os populares mais recentes como “A Bruxa de Blair” (1999) e “A Bruxa” (2015), esse subterfúgio sustenta a narrativa e procura eletrizar quem a assiste.

Este também deveria ser o caso de “Visões do Passado”, escrito e dirigido pelo australiano Michael Petroni, mais conhecido pelos roteiros adaptados ao cinema das obras “A Rainha dos Condenados” (2002), “As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada” (2010), “O Ritual” (2011) e “A Menina que Roubava Livros” (2013). Mas, por opção, o cineasta parece desistir no meio do caminho, enfraquecendo o apelo de sua história.

Estrelado pelo ator americano Adrien Brody (consagrado em “O Pianista”), o longa tem como protagonista o psicólogo Peter Bower, atormentado pela recente morte de sua filha. Impotente frente ao sofrimento da esposa e apático em relação aos seus problemáticos pacientes, tem como apoio seu mentor, o Dr. Duncan (participação especial de Sam Neill).

O conflito real tem início quando uma misteriosa garotinha aparece em seu consultório, que logo descobre se chamar Elizabeth Valentine (Chloe Bayliss). A menina não fala e ninguém parece vê-la além do psicólogo. Mas escreve num papel números que, a princípio, não fazem sentido.

A compreensão sobre o que exatamente eles significam levará Peter a perceber que todos ao seu redor têm alguma relação macabra com um acontecimento trágico de sua adolescência, incluindo o acidente fatal que levou sua filha, que o levará diretamente à sua cidade natal, False Creek.

Na parte técnica, o trabalho surpreendente do diretor de fotografia Stefan Duscio, que coordena sua paleta abusando do cinza e azul, e a tensa edição de som de Tara Webb (de “Mad Max: Estrada da Fúria”), dão ao filme uma soturna atmosfera de amargura (combinada com a atuação correta de Brody). Mas as qualidades da produção param por aí.

Há falta de coerência no roteiro de Petroni, que interrompe uma linha lógica clara. A possível demência começa a dar lugar a um misto de trauma e sobrenatural, afetando a tensão narrativa, que perde em originalidade.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Por G1 - Reuters
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