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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/05/2014 | Saúde e Ciência
Vírus chikungunya se propaga de forma rápida pelo Caribe
Vírus é transmitido por mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Opas estima 55 mil casos, entre suspeitos e confirmados, na região.


Hospitais e clínicas por todo o Caribe estão recebendo milhares de pessoas com os mesmos sintomas: fortes dores de cabeça, febre alta e tanta dor nas articulações que elas mal conseguem andar ou usar as mãos. O quadro é provocado pelo vírus chikungunya, que está se espalhando rapidamente pelos mosquitos nas ilhas da região, segundo a agência Associated Press. O primeiro caso transmitido na região foi confirmado em dezembro.

"Você sente nos seus ossos, nos dedos e nas mãos. É como se tudo estivesse se despedaçando", disse Sahira Francisco, de 34 anos, à agência Associated Press enquanto ela e sua filha esperavam atendimento em um hospital em San Cristobal, uma cidade no sul da República Dominicana onde muitos casos foram registrados nos últimos dias.

O nome chikungunya é derivado de uma palavra africana que pode ser traduzida como "contorcido de dor". Apesar de o vírus raramente ser fatal, ele é extremamente debilitante. "É terrível, eu nunca tive em toda a minha vida uma doença desse tipo", disse Maria Norde, uma mulher de 66 anos confinada a uma cama na sua casa na ilha de Dominica. "Todas as minhas articulações estão doendo."

Surtos de infecções pelo vírus têm afetado a população da África e da Ásia há muito tempo. Mas ele é novo no Caribe, onde o primeiro caso foi registrado em dezembro, provavelmente trazido por um viajante. Autoridades de saúde locais estão trabalhando agora para educar a população sobre a doença, acabar com os mosquitos e lidar com os casos existentes.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirma que há na região mais de 55 mil casos, entre suspeitos e confirmados, desde dezembro. O vírus também atingiu a Guiana Francesa, onde ocorreu a primeira transmissão confirmada na América do Sul continental.

Segundo a Opas, sete pessoas com o chikungunya já morreram, mas elas podem ter tido outros problemas de saúde que contribuíram para esse desfecho.

"Os números estão aumentando como uma bola de neve por causa das constantes movimentações de pessoas", disse Jacqueline Medina, especialista do Instituto Tecnológico, na República Dominicana, onde alguns hospitais reportaram mais de 100 novos casos por dia.

O vírus é transmitido por duas espécies de mosquito, o Aedes aegypti, que também transmite a dengue, e o Aedes albopictus. É comum que ele seja transmitido por viajantes. Ele pode se espalhar para uma nova área se alguém tem o vírus circulando em seu sistema em um período que vai de 2 a 3 dias antes do início dos sintomas até 5 dias depois.

Durante anos, houve relatos de casos esporádicos de viajantes diagnosticados com chikungunya, mas sem transmissão local. Em 2007, houve um surto no norte da Itália, então autoridades de saúde previram que era apenas uma questão de tempo até o vírus se espalhar para o ocidente, segundo o médico Roger Nasci, dos Centros para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos.

De 60% a 90% das pessoas infectadas apresentam sintomas. Em comparação, apenas 20% dos infectados por dengue têm sintomas. A boa notícia é que existe apenas um tipo de chikungunya, ao contrário da dengue, que tem quatro subtipos. Uma vez que a pessoa é infectada e pelo chikungunya e se recupera, ela se torna imune à doença.

No Brasil
Por enquanto, o Brasil só registrou casos importados de chikungunya, ou seja, pessoas que foram infectadas fora do país. Mas o surgimento de casos no Caribe e também na Guiana Francesa, que faz fronteira com o Amapá, deixou pesquisadores brasileiros em alerta. Para eles, o risco de transmissão da doença aqui é real.

Autoridades de saúde de Roraima e do Amapá estão atentas ao risco da chegada do vírus no país. No Amapá, uma visita de uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde está prevista para traçar medidas de prevenção do vírus.

Por G1, em São Paulo
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