DATA DA PUBLICAÇÃO 11/02/2010 | Internacional
Vinte anos após libertação de Mandela, África do Sul ainda enfrenta desigualdade
Vinte anos depois da libertação de Nelson Mandela, a África do Sul é uma democracia vibrante, mas ainda tem milhões de pessoas vivendo na pobreza e buscando uma liderança capaz de confrontar os problemas econômicos.
A libertação de Mandela em 11 de fevereiro de 1990, após 27 anos nas prisões do apartheid, colocou em marcha uma transformação política que culminou com a história eleição multirracial de 1994 e com a posse do próprio Mandela como primeiro presidente negro do país.
Alguns críticos dizem que o legado de Mandela foi destruído por causa de incidentes como o afastamento do sucessor dele, Thabo Mbeki, do comando do partido Congresso Nacional Africano (CNA) e do recente escândalo sexual envolvendo o atual presidente do país, Jacob Zuma, casado com três mulheres e pai de uma filha fora dos casamentos.
A democratização da África do Sul é até hoje vista como um milagre. As propostas conciliadoras de Mandela conquistaram o apoio até de radicais brancos conservadores, e comunidades antes segregadas passaram a ser integradas. Em geral, brancos e negros se tratam com respeito hoje em dia.
Mas milhões de negros ainda vivem na miséria em terríveis "townships" [favelas], e a taxa oficial de desemprego é de quase 25%, embora analistas digam que na verdade seja muito superior.
"Os desafios são idênticos. Se há três categorias de coisas, são o desemprego, a desigualdade com uma camada racial e a pobreza. As mudanças entre 1990 e 2010 não são profundas", disse o analista político Nic Borain.
A África do Sul também tem um dos maiores índices de criminalidade do mundo, e uma das maiores quantidades de portadores do vírus da Aids.
A disparidade de renda entre os grupos raciais cresceu desde 1995, e o Banco Mundial descreve a África do Sul como um país com "diferenças extremas em termos de renda e riqueza".
Pelo menos 34% dos cerca de 50 milhões de sul-africanos vivem com menos de US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial.
Sob o governo do CNA, partido no poder desde o fim do apartheid, a África do Sul teve sua mais prolongada fase de prosperidade, até ser afetada pela crise global e mergulhar numa recessão no começo de 2009.
Embora tenha se livrado dela no terceiro trimestre, analistas dizem que as perspectivas de crescimento permanecem aquém das de outros grandes países emergentes, o que só poderia mudar com grandes avanços na infraestrutura e reformas no mercado de trabalho da maior economia africana.
Para Peter Attard Montalto, economista de mercados emergentes no instituto Nomura International, a África do Sul carece de novas lideranças para as reformas. "Precisamos caçar o próximo Mandela, não o construtor nacional, mas o revolucionário econômico", disse.
A libertação de Mandela em 11 de fevereiro de 1990, após 27 anos nas prisões do apartheid, colocou em marcha uma transformação política que culminou com a história eleição multirracial de 1994 e com a posse do próprio Mandela como primeiro presidente negro do país.
Alguns críticos dizem que o legado de Mandela foi destruído por causa de incidentes como o afastamento do sucessor dele, Thabo Mbeki, do comando do partido Congresso Nacional Africano (CNA) e do recente escândalo sexual envolvendo o atual presidente do país, Jacob Zuma, casado com três mulheres e pai de uma filha fora dos casamentos.
A democratização da África do Sul é até hoje vista como um milagre. As propostas conciliadoras de Mandela conquistaram o apoio até de radicais brancos conservadores, e comunidades antes segregadas passaram a ser integradas. Em geral, brancos e negros se tratam com respeito hoje em dia.
Mas milhões de negros ainda vivem na miséria em terríveis "townships" [favelas], e a taxa oficial de desemprego é de quase 25%, embora analistas digam que na verdade seja muito superior.
"Os desafios são idênticos. Se há três categorias de coisas, são o desemprego, a desigualdade com uma camada racial e a pobreza. As mudanças entre 1990 e 2010 não são profundas", disse o analista político Nic Borain.
A África do Sul também tem um dos maiores índices de criminalidade do mundo, e uma das maiores quantidades de portadores do vírus da Aids.
A disparidade de renda entre os grupos raciais cresceu desde 1995, e o Banco Mundial descreve a África do Sul como um país com "diferenças extremas em termos de renda e riqueza".
Pelo menos 34% dos cerca de 50 milhões de sul-africanos vivem com menos de US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial.
Sob o governo do CNA, partido no poder desde o fim do apartheid, a África do Sul teve sua mais prolongada fase de prosperidade, até ser afetada pela crise global e mergulhar numa recessão no começo de 2009.
Embora tenha se livrado dela no terceiro trimestre, analistas dizem que as perspectivas de crescimento permanecem aquém das de outros grandes países emergentes, o que só poderia mudar com grandes avanços na infraestrutura e reformas no mercado de trabalho da maior economia africana.
Para Peter Attard Montalto, economista de mercados emergentes no instituto Nomura International, a África do Sul carece de novas lideranças para as reformas. "Precisamos caçar o próximo Mandela, não o construtor nacional, mas o revolucionário econômico", disse.
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