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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/03/2009 | Tecnologia
Videolocadoras mudam contra a crise
Nem os pornôs esquentaram os negócios das videolocadoras no país. Nos últimos três anos, o volume total de locações passou de 8,5 milhões de unidades para 4,6 milhões, 46% de queda. Esses números poderiam ser 60% maiores não fosse a pirataria.

"Também seriam superiores se a internet não fosse usada como forma de entretenimento", diz Tânia Lima, presidente da UBV (União Brasileira de Vídeo). Resultado: 4.000 locadoras fecharam as portas nesse período. Hoje existem 8.000 legalizadas.

Pela primeira vez, a crise chegou na Brasileirinhas, principal distribuidora nacional de pornôs e uma das poucas que mantinham as vendas para as locadoras, com títulos estrelados por celebridades. Em 2008, sua queda foi de 3,5%. Na concorrência, foi superior a 50%. A frigidez desse mercado fez com que a rede 100% Vídeo livrasse seus franqueados da obrigação de oferecer eróticos.

Até a Blockbuster, ícone mundial desse segmento, enfrenta dificuldades. A rede pode entrar em concordata nos EUA. No Brasil, foi vendida em 2007 para a Americanas, que transformou suas 127 lojas em Americanas Express, tendo a Blockbuster como "extra".

Outras locadoras seguem caminho parecido, transformando as lojas em centros de convivência e conveniência. Muitas já conseguem pagar os custos fixos com a receita da venda de outros produtos.

O aluguel de vídeos pela internet também se tornou uma opção. Sites como o Pipoca Online e o NetMovies conseguiram aumentar o lucro fazendo todo o acervo circular. Por isso, cobram menos do que uma locadora que só trabalha com lançamentos.

Novas perspectivas

Essas iniciativas estão dando resultado, mas são paliativas. Luciano Damiani, presidente do Sindemvideo, considera o Blu-ray a principal arma do setor. Esses aparelhos têm uma tecnologia que deverá impedir a reprodução de discos piratas.

Estima-se que 93 mil discos em Blu-ray foram vendidos em 2008 no país. Em 1998, quando o tradicional DVD chegou ao mercado, foram vendidos 110 mil discos. Os fabricantes de aparelhos Blu-ray tentam derrubar o preço e popularizá-lo.

A TecToy lançou o seu por R$ 999.

As distribuidoras estão avaliando outras alternativas para as locadoras. Uma delas seria um contrato de licenciamento para que elas baixassem os filmes da distribuidora, armazenando-os em seu sistema. Na hora de alugá-los, "queimariam" um DVD ou salvariam o arquivo em pen drives. O cliente poderia também baixá-lo pelo site da locadora. "Mas, como nem todo mundo tem internet e a velocidade de conexão é baixa, as locadoras existirão nesse formato atual por mais uns dez anos", afirma Carlos Augusto, diretor da 100% Vídeo.

Por Julio Wiziack - Folha de São Paulo
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