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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/03/2015 | Tecnologia
Vício em tecnologia é o mal do século 21
 Vício em tecnologia é o mal do século 21 Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
Dados recentes da eMarketer, empresa especializada em pesquisas do mercado digital, apontam o Brasil como sexto país com mais smartphones no mundo, com 38,8 milhões de aparelhos. Com tanta disponibilidade, o abuso do uso dos celulares e de outras tecnologias pode se tornar crônico e requerer tratamento.

Para alertar sobre o tema, na sexta-feira foi lançado o livro Nomofobia (Editora Atheneu, 352 páginas, R$ 78, em média, organizado por pesquisadores do Delete (Desintoxicação Digital e Uso Consciente de Tecnologias), integrante do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A publicação trata do que os autores chamam de mal do século 21.

Para alguns, sair de casa sem o celular é quase como sair sem roupa. As tecnologias, cada vez mais, fazem parte do cotidiano dos seres humanos. O analista de tecnologia da informação Marcelo Silva, 32 anos, comenta que costuma usar muito o celular para tarefas que, antigamente, eram feitas pessoalmente. “Faço basicamente tudo pelo smartphone, desde acesso a conteúdo até transações bancárias.”

O analista diz que há coisas que prefere fazer de forma tradicional. “Não consigo ler livros digitais pelo smartphone. Para isso, prefiro o bom e velho papel.” Marcelo se considera viciado em tecnologia pelo fato de sentir necessidade de informação o tempo todo.

Para a estudante de Publicidade e Propaganda Isabela Robles, 21, a tecnologia não é essencial. “Não faço nenhuma questão. É claro que fico conectada porque meu plano de celular me permite. E hoje em dia a comunicação é feita mais pela internet, mas se usasse um celular pré-pago, não ligaria de ficar sem.” Ela não se considera viciada em tecnologia, mas usa quando precisa. “Acho importante o acesso, mas não sei usar várias funções do celular, por exemplo.”

O analista de implantação de sistemas Allison Ricardo Serafini Ribeiro, 28, não se imagina trabalhando sem acesso à rede. “Meu trabalho é justamente o oposto: entrar em empresas que ainda não utilizam a tecnologia e mostrar-lhes como fazer o uso para gerenciar e operacionalizar seu negócio”, afirma. Ele comenta que têm horas em que é melhor esquecer o aparelho celular por alguns momentos. “No fim de semana deixo o celular longe para ter certeza de que conseguirei descansar”, confessa. Allison se sente dependente da tecnologia por estar a maior parte do tempo em aparelhos tecnológicos.

Mas, para tranquilizar os leitores, a psicóloga clínica integrante do Comitê de Bioética da UFRJ, pesquisadora do Delete e organizadora do livro Nomofobia explica que a dependência não é simplesmente ser apaixonado por tecnologia. “Na verdade, o uso excessivo não significa que a pessoa desenvolveu a dependência patológica, ela tem que estar ligada a algum transtorno”, esclarece Ana Lucia Spear King.

A pesquisadora exemplifica como o grupo Delete atua no diagnóstico e acompanhamento de quem desconfia da dependência. “O Grupo Delete recebe a pessoa, faz a avaliação e confere se o uso da tecnologia está, de fato, abusivo. Após isso, identificamos se o paciente apresenta algum transtorno. Depois, fazemos tratamento médico e psicológico gratuito.” Para conhecer o trabalho do Delete, é só visitar o site www.grupodelete.com

Por Renato Cunha - Especial para o Diário
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