DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2015 | Economia
Viagem ao Exterior planejada em setembro encarece R$ 3.000
Foto de divulgação
O dólar comercial fechou em R$ 2,87 ontem e alcançou o maior valor desde 25 de outubro de 2004. Para os consumidores, que utilizam normalmente a cotação turismo para pagar viagens internacionais, câmbio e faturas de cartão de crédito, a moeda encerrou o dia em R$ 2,98. Quem pagou pacote turístico de US$ 5.000 no começo de setembro, por exemplo, gastou R$ 11,9 mil, com o dólar a R$ 2,38. Hoje, com a divisa R$ 0,60 mais cara, será necessário desembolsar R$ 14,9 mil, ou seja, R$ 3.000 a mais pelo mesmo passeio.
Se o mesmo pacote fosse liquidado no começo de janeiro, sairia por R$ 14.250, com o dólar turismo a R$ 2,85. Na prática, R$ 650 a menos.
Para quem já tem viagem marcada e ainda não comprou dólar, a orientação é pesquisar antes de comprar, pois a cotação varia conforme a casa de câmbio. Em muitas, inclusive, a moeda norte-americana já passou dos R$ 3, chegando a ser vendida por até R$ 3,20.
Àqueles que fizeram o passeio neste início de ano, e gastaram no cartão de crédito US$ 3.000, por exemplo, se tivessem pago à vista teriam desembolsado R$ 8.550. Agora, o montante convertido passou a R$ 8.940, ou seja, R$ 390 a mais – isso sem contar a incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 6,38%, que deixará a quantia um pouco mais salgada.
PROJEÇÕES - A escalada do dólar está associada à onda de saída de moeda no País. Investidores tentam se proteger do risco da instabilidade econômica e tiram dinheiro do Brasil. A escassez estimula a valorização. Mas, segundo o boletim Focus, do BC (Banco Central), o dólar comercial terá média de R$ 2,82 neste ano e encerrará 2015 em R$ 2,90. O documento aponta expectativas do mercado financeiro. Não há previsões para o dólar turismo.
Coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio disse que as apostas mais ousadas do mercado financeiro indicam para câmbio comercial pouco superior a R$ 3. “Mas não podemos esquecer que o ministro da Fazenda (Joaquim Levy) já declarou que o ideal seria por volta dos R$ 2,70. Eu não imagino que voltará a ser cotado entre R$ 1,80 e R$ 1,90. Mas bem próximo de R$ 3 será uma realidade.”
Na avaliação do presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Manuel Enriquez Garcia, o professor Manolo, há um receio de que o dólar a R$ 2,80 não se sustente. “Mas a questão principal é que estamos passando por um momento político e econômico de incertezas (o que pode segurar o patamar da moeda)”, opinou.
Enquanto os consumidores sofrem para realizar as viagens, as empresas que atuam com exportação comemoram. O desejo desse segmento empresarial é de que o dólar se mantenha no patamar próximo a R$ 2,80. Essa torcida é explicada pelo ganho de competitividade da produção nacional no mercado externo; em outras palavras, fica mais barato para quem compra em dólar.
No mercado interno, quem enfrenta diretamente a concorrência dos produtos chineses também comemora. Esses importados encarecem com a valorização da moeda norte-americana.
DÓLAR X EURO - Maskio explicou que a valorização do dólar não interfere na cotação do euro em um primeiro momento. “O real flutua sobre as condições do dólar e do euro separadamente. Isso significaria que qualquer medida (dos emissores das moedas) ou expansões de liquidez não afetam o valor uma da outra frente ao real.” Uma das possibilidades que desencadeariam na elevação do euro seria uma intensa demanda pela moeda e a consequente menor oferta.
Se o mesmo pacote fosse liquidado no começo de janeiro, sairia por R$ 14.250, com o dólar turismo a R$ 2,85. Na prática, R$ 650 a menos.
Para quem já tem viagem marcada e ainda não comprou dólar, a orientação é pesquisar antes de comprar, pois a cotação varia conforme a casa de câmbio. Em muitas, inclusive, a moeda norte-americana já passou dos R$ 3, chegando a ser vendida por até R$ 3,20.
Àqueles que fizeram o passeio neste início de ano, e gastaram no cartão de crédito US$ 3.000, por exemplo, se tivessem pago à vista teriam desembolsado R$ 8.550. Agora, o montante convertido passou a R$ 8.940, ou seja, R$ 390 a mais – isso sem contar a incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 6,38%, que deixará a quantia um pouco mais salgada.
PROJEÇÕES - A escalada do dólar está associada à onda de saída de moeda no País. Investidores tentam se proteger do risco da instabilidade econômica e tiram dinheiro do Brasil. A escassez estimula a valorização. Mas, segundo o boletim Focus, do BC (Banco Central), o dólar comercial terá média de R$ 2,82 neste ano e encerrará 2015 em R$ 2,90. O documento aponta expectativas do mercado financeiro. Não há previsões para o dólar turismo.
Coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio disse que as apostas mais ousadas do mercado financeiro indicam para câmbio comercial pouco superior a R$ 3. “Mas não podemos esquecer que o ministro da Fazenda (Joaquim Levy) já declarou que o ideal seria por volta dos R$ 2,70. Eu não imagino que voltará a ser cotado entre R$ 1,80 e R$ 1,90. Mas bem próximo de R$ 3 será uma realidade.”
Na avaliação do presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Manuel Enriquez Garcia, o professor Manolo, há um receio de que o dólar a R$ 2,80 não se sustente. “Mas a questão principal é que estamos passando por um momento político e econômico de incertezas (o que pode segurar o patamar da moeda)”, opinou.
Enquanto os consumidores sofrem para realizar as viagens, as empresas que atuam com exportação comemoram. O desejo desse segmento empresarial é de que o dólar se mantenha no patamar próximo a R$ 2,80. Essa torcida é explicada pelo ganho de competitividade da produção nacional no mercado externo; em outras palavras, fica mais barato para quem compra em dólar.
No mercado interno, quem enfrenta diretamente a concorrência dos produtos chineses também comemora. Esses importados encarecem com a valorização da moeda norte-americana.
DÓLAR X EURO - Maskio explicou que a valorização do dólar não interfere na cotação do euro em um primeiro momento. “O real flutua sobre as condições do dólar e do euro separadamente. Isso significaria que qualquer medida (dos emissores das moedas) ou expansões de liquidez não afetam o valor uma da outra frente ao real.” Uma das possibilidades que desencadeariam na elevação do euro seria uma intensa demanda pela moeda e a consequente menor oferta.
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda