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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/02/2008 | Política
Vereadores de Mauá tentam eleger seus parentes
De saída da Câmara de Mauá, os vereadores Diniz Lopes (PSDB) e Lourival Lolô Rodrigues Fargiani (PDT) vão tentar, de alguma forma, permanecer no Poder Legislativo. Para isso, lançarão parentes para sucedê-los.

O tucano, que será candidato a prefeito, diz que a escolha na família ficará entre sua filha, Bruna Lopes, e a mulher, Luzia Lopes. “Assim que passar o Carnaval, elas vão decidir quem irá disputar a vaga na Câmara no meu lugar. Não vai ser necessário prévia”, brinca. Nenhuma das duas, porém, já disputou um cargo político. “Isso não atrapalha em nada.”

As duas são filiadas ao PSDB. “Minha família é política. Nada melhor do que alguém de minha confiança para ocupar esse espaço e prosseguir o trabalho que temos executado”, avalia Diniz.

Estudante de Direito da Universidade Imes, em São Caetano, Bruna completa 18 anos apenas dois meses antes da eleição. “Ela tem mostrado, já há algum tempo, intenção de ingressar na vida pública. A Bruna tem o perfil muito parecido com o meu”, diz o pré-candidato.

Durante o mandato interino de Diniz na Prefeitura de Mauá, entre janeiro e 5 de dezembro de 2005, Luzia comandou o Fundo Social de Solidariedade do município. “Ela fez um grande trabalho social no período em que esteve à frente do Fundo. Foi bom para que pudesse adquirir experiência no trabalho dentro do poder público.”

Para Diniz, porém, Luzia leva uma pequena vantagem sobre a filha. “No momento, acredito que ela tenha mais viabilidade política do que minha filha. Mas posso assegurar que não vou interferir na decisão das duas.”

Ele aposta que, independente de quem for a escolhida, terá condições reais de conquistar uma cadeira. “Vamos trabalhar juntos durante a campanha.”

Diniz já tem um parente no Legislativo: o vereador Manoel Lopes (DEM). Mas ao contrário do irmão tucano, que é rival do prefeito Leonel Damo (PV), Manoel faz parte da base de sustentação do Executivo na Câmara.

Brilho próprio - Lolô – que afirma ser pré-candidato a prefeito pelo PDT, mas na prática se cacifa para ser o vice em possível chapa de Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB) – subirá no palanque de sua mulher. Atualmente, Aparecida Fargiani é coordenadora do PAD (Programa de Assistência Domiciliar) da Prefeitura.

“Ela me acompanha há muito tempo em meu trabalho no Legislativo e coordena as ações de meu gabinete. A Cida pretende aproveitar essa experiência em tratar com as pessoas, para mostrar suas propostas à população.”

Para ele, a mulher não seguirá necessariamente seus passos. “Ela tem um brilho próprio. Apesar de contar com meu apoio, a Cida tem suas próprias idéias. Esse distanciamento vai ocorrendo com o tempo.”

Lolô acredita que ela vá brigar pelo primeiro lugar entre os candidatos do partido, junto com o também vereador Edgar Grecco.

Caso não obtenha êxito na eleição deste ano, o vereador do PDT pretende sair a deputado federal em 2010.

Outros casos - Outro exemplo de manutenção de sobrenome no Legislativo em Mauá diz respeito à família Jacomussi. Após sete mandatos na Câmara, Admir lançou o filho Átila, que foi eleito vereador em 2004.

Com quatro mandatos, a vereadora de Santo André, Dinah Zekcer (PTB), seguiu os passos do marido, Israel Zekcer, que também autou no Legislativo.

O deputado estadual Alex Manente (PPS) também sucedeu o pai, Otávio Manente. Em 2004, Alex foi eleito vereador, ocupando a vaga que era de Otávio.

Apesar de ser remota, há chance de ocorrer o mesmo fenômeno na disputa pelo Executivo de Mauá. Caso Damo não dispute a reeleição em outubro, a deputada estadual Vanessa Damo (PV) – filha do prefeito – já afirmou que brigará pela vaga.

Em 2004, Rubinelli conseguiu vaga para a mulher na Câmara

A escolha da mulher para disputar a vaga no Legislativo não é novidade na história da Câmara de Mauá.

Em 2004, o ex-vereador e então deputado federal Wagner Rubinelli (PPS) trabalhou para a eleição de sua mulher, Cássia Rubinelli (na época pelo PT e atualmente no PSB), na Câmara de Mauá. Também na primeira tentativa, a empreitada de Cássia foi vitoriosa: ela foi eleita com 3.891 votos.

“Em 2003, renunciei ao cargo de vereador para ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Então, logo percebi que não estava sendo possível atender as demandas específicas dos bairros de Mauá, que, na verdade, é uma atribuição dos vereadores”, conta Rubinelli. “Por conta disso, decidimos lançar a Cássia para continuar esse trabalho e atender à população que nos procurava, mesmo após me tornar deputado federal”, explica.

Rubinelli – que apesar de fazer parte da Frente de Esquerda, diz que ainda é pré-candidato a prefeito de Mauá – não acredita, porém, que Cássia tenha sido eleita apenas por ser sua mulher. “Ela já tinha uma história como educadora na cidade. Sempre teve um trabalho social em Mauá e, quando disputou a eleição, já era muito conhecida”, justifica. “Mesmo assim, admito que a eleição dela, já na primeira eleição, foi uma grata surpresa”, diz o ex-deputado federal.

Ele vê com satisfação as candidaturas de Aparecida Fargiani e a disputa entre a mulher e filha de Diniz Lopes. “É importante a participação da mulher na política. Conheço o trabalho da Cida Fargiani e sei que ela tem vida própria, independente do Lolô. Para mim, tanto ela quanto a mulher de Diniz entram na disputa com chances reais de serem eleitas em outubro”, avalia Rubinelli.

Por Sérgio Vieira - Diário do Grande ABC / Foto: maua.sp.gov.br
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