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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/02/2008 | Cultura
Verdade equivocada
A memória pode falhar, mas, assim como hoje, há 12 anos, São Paulo vivia o pânico coletivo de uma onda de violência que parecia não ter fim. Os últimos meses de 1996 foram marcados por uma mobilização pública com o objetivo de caçar, condenar e punir os assassinos de um jovem casal de classe média.

O caso, amplamente divulgado pela imprensa, é desvendado agora pelo jornalista Carlos Dorneles, autor de Bar Bodega – Um Crime de Imprensa (Editora Globo, 264 págs., R$ 26, em média).

Repórter da Rede Globo desde 1983, Dorneles partiu de entrevistas com os envolvidos nas investigações e de exames de laudos processuais para reconstituir as circunstâncias do crime ocorrido no dia 10 de agosto de 1996 e o escândalo jurídico que o sucedeu.

História - Naquela noite, um grupo de homens armados entrou no Bar Bodega, de propriedade dos atores Luis Gustavo e dos irmãos Tato e Cássio Gabus Mendes, na Capital. O que seria mais um assalto, terminou com tiros a queima-roupa contra o dentista José Renato Tahan, 26 anos, e contra a estudante de odontologia Adriana Ciola, 23.

O fato, ocorrido em um local freqüentado pela elite paulistana, ganhou logo as manchetes dos jornais. Familiares e imprensa pressionaram a Polícia por soluções imediatas.

Dos nove suspeitos detidos, um era menor. A vida de Cléverson e seu envolvimento com a criminalidade serviram para que o repórter oferecesse dramaticidade ao livro. Ele acompanhou momentos da biografia do acusado e mostra como a exclusão social condenou seu futuro.

O clímax da narração acontece quando, após alguns meses da detenção dos nove homens, sete são libertados por insuficiência de provas.

Os jornais e revistas calaram-se. Para o autor, a imprensa, que não poupou esforços para apaziguar a população sedenta por culpados, falhou ao não divulgar na mesma proporção o erro cometido pela Justiça contra os suspeitos inocentados.

Além de registrar a veracidade dos fatos, Carlos Dorneles, em Bar Bodega – Um Crime de Imprensa, propõe uma reflexão acerca da influência da mídia na sociedade.

Outros lançamentos
Luis Felipe Soares - Especial pelo Diário

No livro Don Juan – Narrado por Ele Mesmo (Estação Liberdade, 144 págs., R$ 29, em média), traduzido para mais de vinte línguas e aclamado pela crítica, conhecemos a história do conquistador por meio de um cozinheiro. Solitário, ele vive em um albergue na França quando o enigmático Don Juan aparece por lá e conta sobre suas últimas conquistas ao longo da semana. Na conversa entre os dois, Peter Handke, autor do livro, decide trazer o personagem à contemporaneidade e estabelecer a definitiva e verdadeira história do conquistador.

Demonstrar a fuga dos cientistas da Alemanha nazista e como isso resultou no desenvolvimento da bomba atômica norte-americana. Esse é o ambiente de Nas Fronteiras da Intolerância – Einstein, Hitler, a Bomba e o FBI (A Girafa, 176 págs., R$ 25, em média). O autor, o astrônomo Rogério de Freitas Mourão, fala do clima de medo e tensão da época utilizando a figura de Albert Einstein. Além de gênio, o austríaco era um pacifista, mas a “vigilância mundial” via naquele senhor um anarquista subversivo e perigoso.

Em A Cidade (ARX, 223 págs., R$ 29, em média), Jamie é uma garota de 17 anos que acaba de perder a mãe. Perturbada, a menina decide ir à Dyers Corner, cidade natal da mãe. Ao lado de seu cão, é recebida com hostilidade pelos habitantes. As coisas se complicam quando ela ajuda um garoto que atormenta os moradores. A ação faz com que Jamie seja perseguida por um homem violento e perigoso. A autora Melanie Wallace consegue dar um bom ritmo à mescla de romance psicológico e thriller.

Por Natane Tamasauskas - Diário do Grande ABC
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