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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/06/2014 | Turismo
Vendedor é treinado a não vender cerveja a quem se exceder no estádio
Caixas e ambulantes devem oferecer alternativas para quem beber demais.
Venda de bebida alcoólica nos estádios foi liberada em caráter excepcional.


Duas latinhas para mulheres e três para homens. Essa é a conta que os vendedores de cerveja dentro dos estádios da Copa precisam fazer para evitar que os torcedores exagerem na bebida e causem transtornos dentro dos estádios.

A orientação é dada para a equipe responsável pelo setor de alimentos e bebidas dos estádios da Copa em um módulo de um curso oferecido entre maio e junho. O G1 acompanhou um desses treinamentos na Arena Corinthians, no sábado (7).

A venda de bebida alcoólica nos estádios foi liberada em caráter excepcional desde que a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Geral da Copa. A expectativa de Ricardo Rolim, diretor de relações institucionais da Ambev, parceira da Fifa no treinamento oferecido por uma empresa licenciada, é de que não haja problemas, tendo em vista outros eventos de grande porte, como o Carnaval no Anhembi e na Sapucaí.

“Não nos interessa o lucro proveniente do consumo indevido de bebidas alcoólicas. Os supervisores, caixas e vendedores devem oferecer alternativas para quem se excedeu, como cerveja sem álcool, água ou alimentos”, afirmou. Um copo de cerveja (473 ml) com álcool será vendido a R$ 10 ou R$ 13, dependendo da marca, dentro dos estádios da Copa. A cerveja sem álcool custará R$ 6 o copo.

A maior parte do treinamento oferecido à equipe que trabalhará nos bares dos estádios e aos ambulantes das arquibancadas tem abordagem operacional, incluindo temas como a conservação e o transporte de alimentos. A orientação sobre a venda de bebidas alcoólicas é norteada pela definição de “consumo moderado” da Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela lei que pune a venda de bebidas para menores de idade.

O micro-empresário Henrique Silva, de 30 anos, que atuará como supervisor de bares da Arena Corinthians, espera atender um público animado. "Acho que torcidas organizadas, como os 'barra bravas' da Argentina, podem dar um pouco mais de trabalho, mas bêbado é bêbado e não posso permitir excessos de nenhuma nacionalidade", afirmou.

O aspecto do torcedor é o primeiro sinal na hora de avaliar a venda da bebida, de acordo com Sandro Henrique Villas Boas, advogado de 28 anos que também deve supervisionar os bares do estádio. "Devemos estar atentos à aparência da pessoa, se as roupas estão molhadas de bebida, por exemplo. Outro sinal de que alguém está exagerando é a frequência com que aparece no bar", revelou.

Uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2012 revela que a maior paixão dos brasileiros é o futebol e, em segundo lugar, a cerveja. Silva explica que a simpatia será o primeiro o procedimento adotado com quem exagerar na bebida. Se não funcionar, a solução será recorrer à segurança. "Para mim, ‘o cliente tem sempre razão’ até um certo momento. Vamos pedir RG aos menores de idade e chamar a segurança em casos mais sérios."

Em cada bar da Arena Corinthians haverá alguns funcionários bilíngues, segundo os membros da equipe entrevistados pelo G1. O improviso, como no futebol, será a tática em certos momentos. Gilberto Alves Jr., publicitário de 31 anos que terá o cargo de líder nos bares revelou seu esquema tático. "Apesar da fama de nariz empinado, os gringos devem ser mais fáceis de lidar. Vou me virar com o que sei de inglês – ‘yes, no, yellow e blue’", brincou.

Por Vivian Reis - G1, em São Paulo
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