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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/01/2016 | Economia
Vendas de itens de Carnaval na região devem recuar até 20%
Vendas de itens de Carnaval na região devem recuar até 20% Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
O Carnaval, que costuma ser data de folia para grande parte da população, não está animando tanto quanto deveria neste ano. Pelo menos para os lojistas da região, o feriado festivo não deve trazer resultados positivos e, comparado ao ano passado, as vendas de fantasias e adereços podem apresentar queda de até 20% ante igual período em 2015.

Um dos motivos da diminuição na demanda é o fato de a festa de Momo cair mais cedo neste ano. A data, comemorada daqui a uma semana e meia, tem como desvantagem o fato de muitos consumidores estarem endividados, e ainda não terem conseguido pagar as contas do Natal e do início do ano, como materiais escolares, IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

“As pessoas ainda estão em ritmo de férias. Com esse ‘Carnaval antecipado’, e a economia do País cada vez mais complicada, muita gente não vai querer gastar com supérfluo”, afirma a gerente da loja de fantasias Max Festas, em São Bernardo, Fernanda Sales, que estima queda de 20% nas vendas, tanto no site quanto na loja física. “Nesta época, já era para termos muitas compras on-line, mas, até agora, nada. Esperamos que quando chegar ainda mais próximo à data, melhore”, completa.

Quem também lamenta a movimentação baixa é a proprietária da Rainha da Pelúcia, em Santo André, Deolisse Fortes Mori, que estima redução de 10% a 20% nas vendas. “Muita gente desempregada, crise, tudo isso influencia na procura. Uma hora dessas era para a loja estar fervendo de gente, no entanto, temos poucos clientes”, diz.

Na Micoloko, em São Caetano, o fato de as aulas em algumas escolas não terem voltado ainda atrapalhou a comercialização das fantasias infantis. “As festinhas de Carnaval escolares são sempre um ganho para nós. A nossa esperança é que as escolas comemorem a data mesmo que tardiamente”, declara a gerente Joice Franco.

O gerente da Queensland Hair, em Santo André, Rafael Tezin, não acredita em crescimento considerável nos próximos dias. “Já esperávamos o baixo movimento. Ainda não podemos estimar se haverá queda, mas não aposto que não deve passar de estabilidade nas vendas (frente ao ano passado)”, analisa ele.

Entre 2015 e 2016 o custo das fantasias também aumentou, o que afasta ainda mais o público das compras. “Muitos itens importados vieram com valores ainda maiores, neste ano (devido ao dólar na casa dos R$ 4). Inclusive, os fabricantes de fantasias e adereços já previam diminuição na demanda, e produziram em menor escala neste ano (o que também ajuda a elevar os preços).”

Na região, a média de preços de fantasias para adultos é de R$ 80, mas, em algumas lojas, é possível encontrar modelos por R$ 35, como as de havaiana ou presidiário.

Já para o público infantil, há opções a partir de R$ 30, tendo como média R$ 45. Para os meninos, a favorita é de super-herói, como Homem-Aranha e Capitão América. Entre as meninas, as favoritas são as personagens de Frozen e a fada Sininho.

ECONOMIA - Mesmo com cenário de recessão, é possível se divertir gastando pouco. Os adereços têm se tornado as principais apostas dos foliões que querem aproveitar a festa de Momo sem investir muito.

Máscaras e colares são encontrados a partir de R$ 2,50, com diversas opções de cores e modelos. Coroas de flores prometem ser um hit no Carnaval e podem sair por R$ 5.

Há quem consiga montar fantasia de havaiana por menos de R$ 20, com kit que vem com saia, colares e braceletes de plástico, por R$ 13, enquanto o top sai a R$ 6.

Impostos nos produtos carnavalescos chegam a 76,6%

Mesmo em uma data festiva como o Carnaval, de alegria, os foliões não têm trégua com o pagamento dos impostos. Segundo levantamento realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), os tributos mais altos incidem sobre as bebidas, caso da caipirinha, em que 76,6% do valor cobrado do consumidor devem-se aos impostos. O chope (62,2%) e a cerveja (55,6%) também sairiam quase pela metade do preço, não fossem os tributos.

Para o diretor regional do IBPT em Vitória (Espírito Santo), Alexandre Fiorot, até na hora de se divertir, a população paga imposto. “Geralmente, os itens mais supérfluos são os mais tributados. Porém, os produtos de primeira necessidade não fogem à regra, caso da água. Considerando uma garrafa que custe R$ 2, sem os impostos de 37,4% sairia por R$ 1,25”, exemplifica.

Fantasia de tecido que custa R$ 80 seria comercializada por R$ 50,88, não fossem os 36,41% de tributos.

“Infelizmente não tem como fugir. O que se pode fazer é, na hora de ir pra rua, curtir o Carnaval, levar o que for consumir de casa. Já que os produtos comprados nos supermercados têm menor preço do que em bares e restaurantes e, consequentemente, o desembolso com os impostos também acaba sendo menor”, orienta Fiorot.

Por Marina Teodoro - Especial para o Diário
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