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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/08/2011 | Economia
Vendas de carros elétricos serão de 30% em 10 anos, diz estudo
Um estudo da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) aponta que cerca de 30% dos carros novos vendidos no Brasil nos próximos 10 anos serão elétricos, híbridos ou somente a bateria. Atualmente, montadoras como Ford, Fiat, Renault, Mitsubishi, Mercedes-Benz e Nissan já oferecem veículos com as tecnologias em questão em seu portifólio.

De acordo com o presidente da entidade, Pietro Erber, o crescimento da produção e da comercialização dos veículos elétricos está relacionado a uma série de fatores como o desenvolvimento tecnológico, o interesse das montadoras e também o preço da gasolina. “Acredito que nos próximos anos devemos ter uma mudança no cenário automotivo nacional. Cada vez mais as pessoas estão preocupadas com o meio ambiente e certamente irão querer automóveis menos poluentes, sendo assim, a nossa expectativa é que o segmento possa ser ampliado de fato no decorrer dos próximos anos”, disse.

Erber pontua ainda que o segmento de ônibus deve ser o principal a contar com a reformulação. “O BNDES (Banco Nacional do Densenvolvimento), em breve, deve lançar uma linha de financiamento para este tipo de veículo, sendo assim, certamente acredito que a transição deve se iniciar neste tipo de transporte e na sequência, possivelmente, pode ser ampliada para os táxis”, pondera.

O executivo da ABVE ressalta ainda que fatores como segurança energética e a questão ambiental urbana pode ser um dos detalhes a impulsionar o crescimento da comercialização dos veículos elétricos no mercado. “Atualmente no País temos apenas 72 automóveis elétricos, híbridos ou a bateria emplacados. Ainda é um número pequeno, mas creio que é possível ampliar esse número se o governo federal incentivar as montadoras a produzir veículos com esta tecnologia”, finaliza.

Atualmente, o governo nos Estados Unidos possui uma política de incentivo para consumidores onde oferece um bônus de até U$ 7500 e mais de U$ 2,4 bi de investimento em pesquisa e desenvolvimento de veículos e baterias. Já na China, o bônus para consumidores é o equivalente a aproximadamente U$ 8.780, e ainda em breve um plano para a instalação de pontos de recarga nas principais cidades do país deve ser implantado nos próximos meses. Enquanto isso, no Reino Unido, os consumidores contam com um bônus de até cinco mil libras e também um desconto na taxa de circulação e isenção da cobrança de estacionamento no centro de Londres. Nos demais países da União Europeia, cerca de 15 já oferecem incentivos monetários aos consumidores de carros.

No Brasil, já há planos de fazer todo o transporte de pessoas na Copa do Mundo de 2014 em ônibus elétricos. O país também investe na fabricação de baterias e lítio para o abastecimento da produção desses veículos, mas atualmente as montadoras ainda não desenvolveram nenhum veículo popular que funcione à base de eletricidade.

Para que os veículos elétricos passem da condição de promessa do futuro para realidade do presente será necessário que algumas barreiras sejam superadas. É preciso que ocorra a redução do custo de produção (caso brasileiro porque esta redução já é realidade em muitos países), redução do imposto de importação, que é de 35% para veículos elétricos, redução do IPI, que é de 40% no Brasil para veículos elétricos. Essas reduções dependem não apenas da mobilização e de iniciativas do setor privado, mas, em grande parte, do governo brasileiro que demonstrou, em junho, disposição e interesse em participar de forma mais próxima e decisiva quanto às questões que envolvem políticas de incentivos fiscais.

Para o coordenador do centro de pesquisa do IMT (instituto Mauá de Tecnologia), José Roberto Augusto de Campos, de fato, é preciso ocorrer novos investimentos tanto públicos como privados no setor de energia elétrica. “Se a frota brasileira fosse trocada hoje inteiramente para a tecnologia elétrica não haveria como recarregar todos os carros. É preciso fazer um trabalho a longo prazo para que essa energia possa ser uma das principais utilizadas pelos consumidores”, afirma.

Campos aponta ainda que é muito difícil ter um carro 100% elétrico nos próximos anos. “Acredito que veículos bicombustíveis devem ser os principais a serem comercializados. Ainda é muito caro produzir automóveis totalmente elétricos pelo simples fato de as tecnologias não serem nacionais, sendo assim o preço do carro acaba sendo muito maior do que um veículo normal, mas caso as empresas optem por trabalhar com este tipo de produto é possível ter em breve a tecnologia elétrica sendo produzida no Brasil”, finaliza.

Por Felipe Rodrigues - ABCD Maior
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