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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/06/2014 | Geral
Venda de camisinha cresce e ajuda farmácias na ''micareta da Copa'' de SP
 Venda de camisinha cresce e ajuda farmácias na ''micareta da Copa'' de SP Vila Madalena em dia de jogo (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Vila Madalena em dia de jogo (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Mesmo em fase ruim do comércio farmacêutico, preservativos vendem mais.

Lojas na Vila Madalena e Augusta comemoram 'efeito colateral' de festa
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Farmácias localizadas perto dos bares de São Paulo que têm lotado durante a Copa comemoram o aumento de venda de camisinha ao público "festeiro". O G1 procurou dez drogarias perto dos pontos que têm sido mais frequentados nas regiões da Vila Madalena, rua Augusta e avenida Paulista. Funcionários indicam venda maior de preservativo desde o início da Copa, especialmente em dias de jogos do Brasil. O maior aumento relatado, em uma farmácia da Vila Madalena, é de cerca de 40%.

Fabricantes também relatam demanda maior pelo produto. Uma consulta da marca de preservativos Blowtex com distribuidores da empresa, solicitada pelo G1, indica cerca de 25% de aumento de pedidos em junho na cidade de São Paulo. Outra marca de camisinhas, a Prudence, teve demanda nacional 6% maior desde que começou a Copa - não há dados específicos por Estado. O produto que mais alavancou o aumento foi um preservativo verde e amarelo com sabor de caipirinha lançado para a Copa, diz a empresa.

As transmissões da Copa do Mundo têm reunido milhares de pessoas na Vila Madalena – bairro da Zona Oeste apontado pela São Paulo Turismo (SPTuris) como o principal destino dos turistas para assistir aos jogos da Copa do Mundo na cidade. As ruas lotadas da Vila abrigam uma espécie de micareta, com muita paquera após os jogos. As regiões das ruas Augusta, dos bares gays da Frei Caneca e da Avenida Paulista, no centro, também recebem centenas de torcedores.

Exceções em período de baixa
Algumas farmácias das regiões boêmias de São Paulo consultadas pelo G1 também registram mais saída de outros produtos ligados a sexo e bebidas, como lubrificante, pílula do dia seguinte e medicamentos contra ressaca. Eles cobrem parte das rendas menores com outros medicamentos que estão em baixa neste período, como antibióticos e antinflamatórios, dizem comerciantes.

Os produtos relacionados a sexo e bebida são exceção. O período da Copa é difícil no comércio farmacêutico em São Paulo. O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sincofarma-SP) fez um levantamento em 30 farmácias de todas as regiões da capital, a pedido do G1. Durante o torneio, as vendas gerais têm sido cerca de 30% menores. Os feriados nos dias de jogos e o fato de as pessoas ficarem mais em casa são fatores que podem explicar as vendas menores, diz o presidente do Sincofarma-SP, Natanael Aguiar Costa.

Aumento inesperado
"As vendas de camisinhas têm aumentado acima do esperado, principalmente no fim da noite de jogos do Brasil. Isso pegou a gente de surpresa. Com certeza os pedidos de estoque vão aumentar se o Brasil continuar na Copa", diz Núbia Santos, repositora de uma farmácia na Vila Madalena. Carine Gonçalves, gerente de uma drogaria próxima, diz que o crescimento na Copa não é só em jogos do Brasil: "Tem saída impressionante nestes fins de semana."

O perfil do novo cliente é feito pela auxiliar de venda Elaine Moreira: "Mais jovem que o normal aqui, e muitos estrangeiros". Na farmácia em que ela trabalha, o aumento de venda de preservativo é de cerca de 40%. Sônia Regina, gerente de outra drogaria, também notou um público mais jovem: "Geralmente a média aqui é de meia idade". Nas ocasiões de jogos do Brasil, ela estima uma média de 20 anos dos novos clientes noturnos.

Produtos como camisinhas e remédios contra ressaca dão pouco lucro para drogarias. "Para o comerciante, compensa mais vender produtos com valor agregado mais alto, como antibióticos", explica Costa. Mesmo assim, o incremento específico de venda na região de bares é bem-vindo. "Isso 'salva um pouco' a gente", diz a atendente Marilda Souza, que trabalha na Augusta. Ela diz que "tem gente levando o kit": camisinha e remédios contra ressaca e para disfunção erétil.

Inconvenientes
Mas o público adicional levado às farmácias pelas "micaretas" nem sempre é bem-vindo. "É muito difícil trabalhar com a bagunça. Quem quer comprar outra coisa não consegue nem chegar", relama Sônia Regina, que trabalha no centro do burburinho da Vila Madalena. Ela não vai abrir sua loja no sábado (28), devido ao jogo do Brasil contra o Chile. As camisinhas vão ficar na prateleira, atrás do portão fechado.

A gerente de uma farmácia alguns quarteirões mais longe do movimento é ainda mais pessimista. Sua loja faz medicamentos de manipulação e não vende camisinhas. "Nos dias de jogos a gente está fechando. Antes a gente assistia ao jogo e voltava, mas não dá. Além disso, está todo mundo com medo de protestos.", lamenta.

Por Rodrigo Ortega - G1, em São Paulo
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