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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/09/2009 | Economia
Venda de banana por quilo desagrada consumidor
A quarta-feira, primeiro dia de vigor da lei estadual que acabou com a venda de bananas por dúzia, foi de desinformação entre comerciantes e de descontentamento dos consumidores. A partir de agora, a fruta deve ser vendida por quilo.

Há 20 anos no comércio de bananas, o feirante Marcos Kazuo Kameoka, 35 anos, comprou balança mas ainda vendia a fruta por dúzias, ontem, na feira noturna da Vila Palmares, em Santo André. "Todos ainda estão confusos. Para o cliente que quiser, posso pesar. Mas sou contra a venda por quilo porque sai mais caro para o consumidor e o movimento vai cair", disse.

Kameoka tem razão. A diarista Maria de Fátima da Silva, 53, pagou R$ 1 por nove bananas-nanicas na feira. Se fosse pesá-las, teria de desembolsar R$ 1,52 pelas mesmas frutas, segundo o comerciante. "A mudança é um absurdo, banana é a fruta que a periferia come, que a mãe compra de ‘baciada'' para dar às crianças. A partir de agora todo mundo vai comer menos", reclamou a diarista.

A doméstica Maria Rosa Botelho Souza, 52, é uma que deve diminuir o consumo. Ontem ela pagou R$ 3 por duas dúzias de bananas-nanicas, como pesavam mais de dois quilos, pela nova lei, elas custariam R$ 4,13 na banca de Kameoka. "Pela dúzia sai mais em conta. Vou passar a comprar menos."

Sacolões - Enquanto a mudança causa polêmica entre feirantes, nos sacolões e supermercados não deve haver mudanças. "Há 22 anos vendemos frutas por quilo. Acho que dessa forma o consumidor paga um preço mais justo", afirmou Claudio Gaioso, gerente do Sacolão Saúde, de Santo André.

Para o vendedor Rui Carlos Colicchio, 51, a unidade de medida é indiferente. "Faço ginástica e por isso compro banana demais. Para mim, as mudanças não importam."
Mais informações na página 3.

Cada equipe de fiscalização terá de monitorar 45 feiras

A proporção de fiscais que o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) terá para garantir o cumprimento da lei que determina a venda de banana por quilo no Grande ABC é de uma equipe para cada 45 feiras livres. São quatro grupos com dois fiscais cada para cobrir mais de 180 feiras diúrnas e noturnas.

O diretor de metrologia legal e fiscalização do Ipem, Paulo Roberto Lopes, garante, no entanto, que a maior carga de trabalho – além das feiras livres, as equipes terão que monitorar o comércio atacadista, varejista e os produtores – não irá exigir a contratação de novos fiscais, que atualmente somam 108 pessoas em todo o Estado.

"A grosso modo, haverá somente mais balanças para serem verificadas, mas nada que prejudique a atuação da fiscalização. Caso seja necessário, equipes de outros locais podem ser realocadas”, ressaltou Lopes. Para ele, o consumidor será o maior favorecido pela unificação das formas de comercialização do produto. “Agora, ele poderá comparar os preços de um sacolão com uma barraca de feira.”

Quem for flagrado pela fiscalização descumprindo a lei está sujeito a multa que varia de 20 a 20 mil Ufesps (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), o equivalente a R$ 317 e R$ 317 mi. No caso dos feirantes, o teto máximo é de R$ 1.585. As micro e pequenas empresas, contudo, estão livres da penalidade na primeira autuação. Segundo Lopes, caso seja encontrada alguma irregularidade, eles devem orientar o comerciante sobre como se adequar. Multa, só se houver reincidência.

Por Vanessa Fajardo e Evandro Enoshita - Diário do Grande ABC
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