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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/10/2008 | Cidade
Vencedor em Mauá herdará caos nas finanças e Saúde
Não será fácil a vida do próximo prefeito de Mauá. Apesar de os prefeituráveis Oswaldo Dias (PT) e Chiquinho do Zaíra (PSB) fugirem do debate, que seria realizado terça-feira à noite, na sede do Diário, o vencedor da eleição não terá como escapar dos graves problemas que o município enfrenta nos últimos anos, principalmente nas Finanças e na área da Saúde.

Além da dívida pública de R$ 1,2 bilhão, Mauá somente conseguiu "limpar o nome" após 13 anos de inadimplência com tributos da União. O município deixou, por liminar, o Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do setor Público Federal) em dezembro de 2007.

Outro problema da administração é o débito de R$ 232 milhões em precatórios (dívidas judiciais trabalhistas e de desapropriações). Somente nos dois primeiros meses deste ano foram seqüestrados cerca de R$ 2,6 milhões das contas da Prefeitura, por determinação judicial. O rombo nos cofres público faz com que o governo tente administrar atrasos de dois a três meses nos pagamentos dos fornecedores.

Mas o caos em vários segmentos não é de responsabilidade apenas da atual administração. Tanto Oswaldo quanto Chiquinho, que já estiveram no poder, também têm participação na atual situação do município.

Chiquinho foi o homem-forte de duas administrações: a interina de Diniz Lopes (PSDB), entre janeiro e dezembro de 2005, e de Leonel Damo (PV), entre outubro de 2006 e março de 2008. No governo do tucano, foi superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), quando chegou a propor o calote da autarquia à Sabesp, por conta do reajuste no valor da tarifa de água repassada ao município. Isso sem falar na dívida de R$ 500 milhões com a companhia estadual.

O socialista também ocupou o mesmo cargo na gestão de Damo, mas nesse caso, tinha mais influência na administração. Como secretário de Governo, foi o responsável pelas indicações dos comandantes de secretarias vitais: Saúde, Finanças, Desenvolvimento Econômico, Assuntos Jurídicos, Esporte, além do comando do Sama.

Enfrentou situações críticas, como o polêmico contrato de fornecimento de merenda escolar, sem licitação, que resultou em processo criminal contra Damo. Hoje, sempre que pode, Chiquinho diz que "não era prefeito e que não tinha poder".

Oswaldo também cometeu equívocos, alguns até assumidos por ele, no período em que esteve à frente do Paço (entre 1997 e 2004). Um dos mais lembrados durante o período eleitoral foi o fechamento de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que funcionavam em sistema 24 horas. Admitiu o erro e afirmou que irá reabrir os postos, caso vença.

Ele também fez uma reforma administrativa, em 2002, que resultou na criação de 699 cargos comissionados (sem concurso). Em julho, o TJ (Tribunal de Justiça) suspendeu os efeitos da lei, mas a Prefeitura não demitiu os servidores.

Assim como Chiquinho faz em relação a Damo, Oswaldo também procura se descolar da ex-secretária de Finanças, Valdirene Dardin, condenada pelo desvio de R$ 230 mil dos cofres públicos. Mesmo assim, o dinheiro nunca retornou à Prefeitura.

Por Sérgio Vieira - Diário do Grande ABC
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