DATA DA PUBLICAÇÃO 10/11/2015 | Setecidades
Velocidade média na Região é de 20 km/h no horário de pico
Avenida Prestes Maia é uma das vias problemáticas de Santo André: exercício diário de paciência para os motoristas. Foto: Rodrigo Pinto
Dependendo do dia, algumas vias do ABCD chegam a ter velocidade ainda menor, de apenas 10km/h
Um esquilo consegue atingir velocidade média de 24 km/h, conforme catálogos de ciências. Isso é mais do que a velocidade média dos carros que circulam no ABCD na hora do rush. Informações das prefeituras mostram que nas primeiras horas da manhã, e na volta do trabalho, cerca de 40 avenidas e ruas ficam engarrafadas. Em média, a velocidade nesses locais não ultrapassa os 20 km/h. A depender do dia e da rota, a velocidade média no trânsito cai para a metade (10 km/h).
Com a lentidão, surgem buzinas, apitos dos agentes de trânsito, xingamentos, estresse e, claro, atrasos. Esses vilões são enfrentados todos os dias não só por motoristas. Passageiros do transporte público também sentem na pele. Morador de Santo André, o revisor Adriano de Oliveira, 40 anos, vivencia a duas experiências.
“Durante a semana vou de ônibus até a Lins de Vasconcelos (Capital), onde trabalho, e não pego muito trânsito. Mas aos fins de semana ando bastante de carro e o trânsito é bem complicado, principalmente quando algum ônibus quebra, em caso de acidentes ou mesmo quando passamos por alguma obra na rua”, descreveu.
Ação das cidades
Cada município tenta reduzir as filas. Agentes de trânsito usam apitos e acenos para administrar a confusão. Outros municípios, como São Bernardo, apostam na mudança de preferência de deslocamento. Mais de 10 corredores exclusivos para ônibus estão em construção, como é o caso do Corredor Leste/Oeste.
A maior cidade da Região possui uma frota de aproximadamente 620 mil veículos, sendo que nos horários de pico chega a aproximadamente 1,1 milhão de veículos, sendo 40% de passagem, conforme a Prefeitura. “Ou seja, quase dobra esse montante pelo fato de São Bernardo servir de acesso a Diadema, São Paulo, Baixada Santista, Santo André, São Caetano e Rodoanel”, esclareceu em nota.
Porém, mesmo as recentes alterações no viário já apresentam dificuldades de fluxo. A avenida Lions, em São Bernardo, não consegue desenvolver boa velocidade de trânsito por conta, principalmente, da via Anchieta. “Enfrento muito trânsito na avenida Lions até chegar na Anchieta. Percebo que os piores dias são os dias com muitos caminhões utilizando esse caminho pra chegar nas vias que levam a São Paulo ou Baixada”, disse o servidor público Reinaldo Augusto, 35 anos. “Quando percebo que está assim costumo cortar por dentro do bairro para fugir desse trânsito”, relatou.
Trânsito na rua das Figueiras, em Santo André, também é intenso no horário de rush. Foto: Rodrigo Pinto
Lentidão afeta vida de quem salva vidas
Até as ambulâncias do Samu, com suas sirenes e a possibilidade de cruzar engarrafamentos, são vítimas do trânsito do ABCD. Mas vítima mesmo é quem precisa desse serviço e tem de arcar com o atraso da chegada do resgate.
O coordenador de frota do Samu de Santo André, Douglas Barbosa dos Santos, explicou que outro complicador para as ambulâncias é a falta de habilidade dos motoristas. “Muitos dirigem com vidros fechados, som interno alto, e não ouvem a sirene. Outros não conseguem manobrar para liberar a passagem para o resgate”, disse.
Com mais de 10 anos de experiência nas corridas para o salvamento, Santos pondera que, mesmo com as dificuldades os motoristas do resgate abordam outras rotas. “A gente sempre envia as ambulâncias mais próximas da ocorrência. Os nossos motoristas conhecem bem a Região e sempre evitam o tráfego carregado”, afirmou. O período médio de chegada do socorro é de 15 minutos. De acordo com o coordenador, o congestionamento atrasa esse tempo para até 20 minutos.
VIAS CONGESTIONADAS NO ABCD
Santo André
Pela manhã, das 6h às 9h: Av. dos Estados x Rua dos Alpes; av. dos Estados x Av. da Paz; av. Santos Dumont x av. Firestone; viaduto Adib Chamas - sentido Centro
À tarde, das 17h as 19h30: Av. Prestes Maia x av. dos Estados; av. dos Estados x rua Martins Fontes; av. dos Estados x av. da Paz; av. Industrial x rua Itambé; av. 15 de Novembro x rua Pe. Manoel da Nóbrega; av. José Amazonas x rua das Figueiras; Perimetral sentido Mauá; av. Dom Pedro 2º x rua Catequese
São Bernardo
Av. Lucas Nogueira Garcez e Piraporinha; av. Pereira Barreto; via Anchieta; av. do Taboão x estrada das Lágrimas x Dr. Rudge Ramos; av. Lions; rua dos Vianas; rua Marechal Deodoro; av. Brigadeiro Faria Lima; estrada dos Alvarengas x estr. da Cama Patente; praça Samuel Sabatini; av. Nações Unidas; av. Redenção; av. Rotary
Mauá
Av. João Ramalho; av. Capitão João; av. Antônia Rosa Fioravante; av. Barão de Mauá; av. Dr. Alberto Soares Sampaio
Diadema
Avenida Piraporinha (Centro-bairro); avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível (Centro-bairro); rua Antônio Dias Adorno (Centro – bairro); avenida Casa Grande (sentido SBC); Corredor ABD - sentido SBC
São Caetano
Av. dos Estados; av. Goiás; av. Guido Aliberti.
Ribeirão Pires
Av. Humberto de Campos
Um esquilo consegue atingir velocidade média de 24 km/h, conforme catálogos de ciências. Isso é mais do que a velocidade média dos carros que circulam no ABCD na hora do rush. Informações das prefeituras mostram que nas primeiras horas da manhã, e na volta do trabalho, cerca de 40 avenidas e ruas ficam engarrafadas. Em média, a velocidade nesses locais não ultrapassa os 20 km/h. A depender do dia e da rota, a velocidade média no trânsito cai para a metade (10 km/h).
Com a lentidão, surgem buzinas, apitos dos agentes de trânsito, xingamentos, estresse e, claro, atrasos. Esses vilões são enfrentados todos os dias não só por motoristas. Passageiros do transporte público também sentem na pele. Morador de Santo André, o revisor Adriano de Oliveira, 40 anos, vivencia a duas experiências.
“Durante a semana vou de ônibus até a Lins de Vasconcelos (Capital), onde trabalho, e não pego muito trânsito. Mas aos fins de semana ando bastante de carro e o trânsito é bem complicado, principalmente quando algum ônibus quebra, em caso de acidentes ou mesmo quando passamos por alguma obra na rua”, descreveu.
Ação das cidades
Cada município tenta reduzir as filas. Agentes de trânsito usam apitos e acenos para administrar a confusão. Outros municípios, como São Bernardo, apostam na mudança de preferência de deslocamento. Mais de 10 corredores exclusivos para ônibus estão em construção, como é o caso do Corredor Leste/Oeste.
A maior cidade da Região possui uma frota de aproximadamente 620 mil veículos, sendo que nos horários de pico chega a aproximadamente 1,1 milhão de veículos, sendo 40% de passagem, conforme a Prefeitura. “Ou seja, quase dobra esse montante pelo fato de São Bernardo servir de acesso a Diadema, São Paulo, Baixada Santista, Santo André, São Caetano e Rodoanel”, esclareceu em nota.
Porém, mesmo as recentes alterações no viário já apresentam dificuldades de fluxo. A avenida Lions, em São Bernardo, não consegue desenvolver boa velocidade de trânsito por conta, principalmente, da via Anchieta. “Enfrento muito trânsito na avenida Lions até chegar na Anchieta. Percebo que os piores dias são os dias com muitos caminhões utilizando esse caminho pra chegar nas vias que levam a São Paulo ou Baixada”, disse o servidor público Reinaldo Augusto, 35 anos. “Quando percebo que está assim costumo cortar por dentro do bairro para fugir desse trânsito”, relatou.
Trânsito na rua das Figueiras, em Santo André, também é intenso no horário de rush. Foto: Rodrigo Pinto
Lentidão afeta vida de quem salva vidas
Até as ambulâncias do Samu, com suas sirenes e a possibilidade de cruzar engarrafamentos, são vítimas do trânsito do ABCD. Mas vítima mesmo é quem precisa desse serviço e tem de arcar com o atraso da chegada do resgate.
O coordenador de frota do Samu de Santo André, Douglas Barbosa dos Santos, explicou que outro complicador para as ambulâncias é a falta de habilidade dos motoristas. “Muitos dirigem com vidros fechados, som interno alto, e não ouvem a sirene. Outros não conseguem manobrar para liberar a passagem para o resgate”, disse.
Com mais de 10 anos de experiência nas corridas para o salvamento, Santos pondera que, mesmo com as dificuldades os motoristas do resgate abordam outras rotas. “A gente sempre envia as ambulâncias mais próximas da ocorrência. Os nossos motoristas conhecem bem a Região e sempre evitam o tráfego carregado”, afirmou. O período médio de chegada do socorro é de 15 minutos. De acordo com o coordenador, o congestionamento atrasa esse tempo para até 20 minutos.
VIAS CONGESTIONADAS NO ABCD
Santo André
Pela manhã, das 6h às 9h: Av. dos Estados x Rua dos Alpes; av. dos Estados x Av. da Paz; av. Santos Dumont x av. Firestone; viaduto Adib Chamas - sentido Centro
À tarde, das 17h as 19h30: Av. Prestes Maia x av. dos Estados; av. dos Estados x rua Martins Fontes; av. dos Estados x av. da Paz; av. Industrial x rua Itambé; av. 15 de Novembro x rua Pe. Manoel da Nóbrega; av. José Amazonas x rua das Figueiras; Perimetral sentido Mauá; av. Dom Pedro 2º x rua Catequese
São Bernardo
Av. Lucas Nogueira Garcez e Piraporinha; av. Pereira Barreto; via Anchieta; av. do Taboão x estrada das Lágrimas x Dr. Rudge Ramos; av. Lions; rua dos Vianas; rua Marechal Deodoro; av. Brigadeiro Faria Lima; estrada dos Alvarengas x estr. da Cama Patente; praça Samuel Sabatini; av. Nações Unidas; av. Redenção; av. Rotary
Mauá
Av. João Ramalho; av. Capitão João; av. Antônia Rosa Fioravante; av. Barão de Mauá; av. Dr. Alberto Soares Sampaio
Diadema
Avenida Piraporinha (Centro-bairro); avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível (Centro-bairro); rua Antônio Dias Adorno (Centro – bairro); avenida Casa Grande (sentido SBC); Corredor ABD - sentido SBC
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