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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/10/2016 | Política
Veja 10 desafios que Doria terá ao assumir a Prefeitura de São Paulo
Prefeito eleito terá de licitar novo serviço de ônibus da cidade.

Ele deverá concluir hospitais e fazer parcerias para creches.


O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), já assumirá a administração municipal em janeiro com questões urgentes para serem resolvidas e também com projetos por concluir. Veja alguns dos desafios da nova gestão:

1) Licitação de ônibus
O atual contrato com as empresas de ônibus venceu em 2013, e o prefeito Fernando Haddad (PT) vem renovando o acordo com as empresas prestadoras desde então. Uma nova contratação foi suspensa inicialmente em razão dos protestos de junho de 2013 contra o aumento da tarifa, e depois para a realização de uma auditoria nas contas do sistema de ônibus.

A licitação só foi lançada em 2015, mas logo suspensa pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), que apontou irregularidades no edital. Liberado em julho, o processo poderá agora ser retomado.

Doria deverá lançar um novo edital para adaptar a rede de transporte às suas promessas de campanha, como, por exemplo, a presença apenas de ônibus articulados nos corredores. Poderá ainda revisar itens do edital lançado por Haddad e que geraram polêmica, como o tempo de validade do contrato, de 20 anos, renováveis por outros 20. O atual contrato não poderá mais ser renovado a partir de 2019.

2) PPP da iluminação
O novo prefeito terá de decidir de que forma cumprirá sua promessa de ampliar a rede de iluminação pública. A atual gestão iniciou uma licitação para contratar uma empresa por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) que seria responsável por trocar todas as lâmpadas da cidade por luzes de LED. A ideia é instalar mais de 700 mil lâmpadas de LED. A licitação, porém, que já enfrentou questionamentos do TCM e do Ministério Público, foi suspensa pela Justiça em junho.

Doria terá de decidir se manterá o modelo de PPP e se leva adiante o projeto da gestão Haddad fazendo adatpações para incluir suas promessas de campanha. Em seu plano de governo, ele detalhou diversas iniciativas no tema iluminação, como a intenção de realizar um controle remoto da iluminação a partir de um centro de operações e de melhorar a localização das lâmpadas considerando a copa das árvores, para que as ruas fiquem melhor iluminadas.

3) Regulamentação do Uber
Doria afirmou que pretende regulamentar os aplicativos de transporte individual de passageiros, mas não detalhou como isso deverá ocorrer. A gestão Haddad criou um decreto prevendo a regulamentação de aplicativos que se cadastrassem na Prefeitura (o que já foi feito por empresas como Uber, Easy Taxi e Cabify) e determinou que o número de veículos rodando seria o equivalente ao que percorrem por mês 5 mil táxis. A ideia seria não oferecer uma concorrência predatória aos cerca de 37 mil taxistas da cidade.

Doria deverá decidir se vai manter o modelo adotado pela Prefeitura de São Paulo e se manterá também essa quota de quilômetros rodados. A nova gestão também vai decidir se mantém na Justiça a batalha com o aplicativo Uber, que obteve em fevereiro uma liminar que impede a administração de impor restrições ao funcionamento do aplicativo na cidade. Isso, na prática, permite à empresa hoje operar com quantos carros quiser.

4) Privatizações de Anhembi e Interlagos
Em sua campanha, Doria prometeu vender o complexo do Anhembi e o autódromo de Interlagos. Ele estima que as duas áreas juntas poderão render R$ 9 bilhões aos cofres municipais e que a venda gera economia ao acabar com os custos de manutenção. Doria afirma que os atuais usos serão mantidos, e que Interlagos continuará sendo um autódromo e Anhembi receberá o Carnaval. Um desafio será encontrar comprador para essas áreas, e o outro, determinar como manter os usos atuais, uma vez que as áreas passarão a ser propriedades particulares.

Outra promessa é conceder o estádio do Pacaembu à iniciativa privada por um período determinado, garantindo que o equipamento receberá apenas eventos de futebol. Um dos desafios será encontrar um interessado, já que o estádio é usado apenas esporadicamente após o Corinthians passar a mandar seus jogos na Arena em Itaquera e que há restrições de tombamento envolvendo o estádio.

5) Terminar as obras de drenagem
A Prefeitura tem obras de drenagem já contratadas pela gestão Haddad para os córregos Ipiranga, Paraguai/Éguas, Morro do S, Paciência, Tremembé e Perus. Elas deverão ser concluídas pela gestão João Doria, que deverá ainda fazer outras intervenções para minimizar o impacto das chuvas de verão nas vias da cidade.

Em seu programa de governo, o tucano previu elaborar planos distritais em consonância com o Plano Metropolitano do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do governo estadual.

6) Terminar hospitais que estão em construção
A gestão deverá concluir o Hospital de Parelheiros, na Zona Sul, que já está em fase de acabamentos, e o da Vila Brasilândia, que já teve a construção iniciada.

Uma das propostas de Doria é usar a rede privada para atendimentos dos pacientes do SUS durante a noite e a madrugada, por meio de parcerias. Assim, é possível que a nova gestão opte por não construir o Hospital da Vila Matilde, prometido por Haddad, mas que não saiu do papel.

Doria tem ainda o desafio de cumprir sua promessa de reduzir a fila de exames que, segundo ele, é de cerca de 500 mil pessoas. O prefeito eleito prometeu que haverá melhoras nesse quesito no prazo de um ano.

7) Fila em creches
O prefeito eleito afirma que pretende apostar em parcerias com a iniciativa privada para alocar os alunos em espaços já existentes. Doria conta em 103 mil crianças o tamanho da fila da creche.

As parcerias serão por meio das organizações sociais (OSs). Doria defende o uso de espaços pequenos, com salas para até 20 alunos, e com o aproveitamento também de espaços em locais como terminais de ônibus.

"Acreditamos que no prazo de um ano é possível zerar esse déficit utilizando as organizações sociais conveniadas", afirmou na segunda-feira (3) em entrevista ao Bom Dia São Paulo.

8) Onde colocar a Ceagesp
Doria afirmou que apoia a transferência da Ceagesp para uma área próxima ao Rodoanel por considerar que será possível encontrar um terreno maior que o atual, de 700 mil metros quadrados, e com maiores facilidades logísticas.

Agora, ele deverá decidir se leva adiante a proposta recebida pela atual gestão de construir a nova Ceagesp em Perus. Uma manifestação de interesse privado foi entregue à Prefeitura em julho por um grupo de 25 produtores para transferir a área para Perus, na Zona Norte. No local onde funciona atualmente, na Vila Leopoldina, a intenção é construir um polo tecnológico.

9) O que fazer com o Braços Abertos?
Doria afirmou que pretende acabar com o programa Braços Abertos, criado pela gestão Haddad para atender viciados da Cracolândia. Para o prefeito eleito, ele não deu certo. Doria pretende adotar no local o programa Recomeço, do governo estadual, que prevê a internação e tratamento clínico para os dependentes e que é adotado na Cracolândia.

Seu desafio é ajudar o programa a funcionar efetivamente, já que três anos após sua criação ele não consegue hoje evitar a concentração de usuários nas ruas da Cracolândia. Aproveitando sua proximidade com o governo do estado, Doria poderá cobrar um trabalho mais efetivo da polícia no sentido de impedir a atuação de traficantes no local.

10) Velocidade nas vias
Uma semana após a posse de Doria as velocidades nas marginais deverão ser alteradas. Na pista expressa, o limite voltará a ser de 90 km/h e na central, de 70 km/h. Já na pista local, a mudança será de 50 km/h para 60 km/h.

Durante a campanha, ele afirmou que depois faria um estudo mais detalhado para determinar se haveria mudança na velocidade das demais vias da cidade. Quase todas as grandes avenidas passaram a ter limite de 50 km/h. Entre os desafios está realizar essa mudança sem piorar a mobilidade na cidade e mantendo as tendências de redução em acidentes e mortes no trânsito.

Por Márcio Pinho - G1 São Paulo
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