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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/11/2016 | Geral
Várias cidades do País estão sem carteira de vacinação infantil
Carteiras de vacinação infantil estão em falta em várias cidades do País. O Ministério da Saúde interrompeu a distribuição do produto no início deste ano, depois de esgotados os estoques. O problema é reflexo de uma determinação de dezembro de 2015, quando o contrato com a Gráfica Brasil, alvo da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, foi suspenso por suspeita de irregularidades.

Apesar de ser considerado um instrumento essencial para divulgação de informações sobre saúde para pais das crianças e de ser também uma ferramenta importante para o controle feito por profissionais de saúde, somente seis meses depois da interrupção do contrato, em junho deste ano, o processo de licitação para escolha de uma nova gráfica foi retomado. A expectativa do Ministério da Saúde é a de que a licitação seja concluída em dezembro e, a partir de então, a situação comece a se normalizar.

"A falta do material não impede que a criança seja vacinada", afirmou a coordenadora de Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Theresa de Lamare. De acordo com ela, a orientação é a de que as cidades que apresentam falta do produto se encarreguem de imprimir por conta própria a carteira, a partir do modelo cedido pelo Ministério da Saúde. "Em alguns casos, pais podem usar também aplicativos, que alertam sobre a necessidade de se retornar ao posto para tomar uma dose de reforço ou para aplicação de uma nova vacina", disse.

Theresa reconheceu, no entanto, que a caderneta é uma ferramenta essencial. Enquanto o fornecimento não é retomado, completou a coordenadora, profissionais de saúde devem fazer o controle por meio de prontuários. De acordo com a coordenadora, os arquivos nos estabelecimentos de saúde contêm também informações sobre lotes e partidas de vacinas - essenciais, por exemplo, para fazer o controle em casos de problemas com as vacinas.

São impressas anualmente cerca de 3 milhões de cadernetas. O último contrato para compra foi no valor de R$ 6,6 milhões. Theresa não soube dizer quantos municípios já entraram em contato com o ministério para reclamar sobre a falta da caderneta. A Gráfica Brasil é do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, pivô da operação Acrônimo. De acordo com investigações feitas pela Polícia Federal, o Ministério da Saúde na época havia desconsiderado indícios de irregularidades apontados pelo Tribunal de Contas da União e contratado a gráfica por R$ 38,6 milhões.

A falta de carteira de vacinação ocorre meses depois de pais de criança em todo o País se queixarem também da falta de vacinas. A distribuição irregular ocorreu em várias regiões do País. Os maiores problemas foram registrados com vacinas que protegem contra hepatite, a tetraviral e a DTP.

Por Estadão Conteúdo
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