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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2014 | Cidade
Vanessa Damo vai buscar reeleição à Assembleia Legislativa
Vanessa Damo vai buscar reeleição à Assembleia Legislativa Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Apesar de ter sido convidada pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), para disputar vaga na Câmara Federal, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) optou por pleitear a manutenção de sua cadeira na Assembleia na eleição deste ano. Segundo a peemedebista, questões como a instalação do Poupatempo de serviços e sede do IML (Instituto Médico-Legal) em Mauá, já garantidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas que ainda não foram executados, necessitam de atenção. “Quero completar esse trabalho para a população. Depois disso, aí sim, com dever cumprido, com os projetos já concluídos, partir para um próximo desafio legislativo, que será a Câmara Federal.” Após a disputa acirrada entre Vanessa e o prefeito Donisete Braga (PT) na eleição de 2012, a deputada disse que se surpreendeu com a gestão do petista, avaliando que o desempenho é pior do que a do antecessor Oswaldo Dias (PT). “Me surpreendi somente no sentido de ele conseguir ser ainda pior do que nós imaginávamos que fosse. Infelizmente, a cidade está toda esburacada, tem baixa autoestima, tem vários problemas de distribuição de água, um transporte público muito ruim, Saúde também é um caos”, comentou. Segundo a peemedebista, o resultado é fruto de uma política de cooptação de possíveis aliados do prefeito para atuarem no governo, visando apenas ganho político e não administrativo. Vanessa ainda informou ter sido procurada pelo Paço para alinhar a relação, mas disse ter negado qualquer diálogo com o que não concorda. Engrossando o coro contra a atual administração, Vanessa destacou que há uso irregular de recursos públicos para contratação de mão de obra para fins pessoais e eleitorais.

DIÁRIO – A sra. já definiu se será candidata à Assembleia ou à Câmara Federal?

VANESSA DAMO – Recebi convite ano passado do vice-presidente, Michel Temer, para que eu viesse candidata a federal. Isso me deixou muito lisonjeada, por ser um reconhecimento do meu trabalho. Fiz análise da minha base eleitoral e constatei que teríamos trabalho suficiente para sair a federal. Nosso alicerce principal é Mauá e o Grande ABC e expandimos muito para o Interior também. Acredito que, pela quantidade de votos que temos projetado, haveria possibilidade de me eleger federal. Mas há muitos projetos na Assembleia Legislativa que nós conseguimos para a cidade de Mauá e região que devem ser finalizados. O Poupatempo fixo que conseguimos para Mauá, e que vai atender Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, já tem o aporte do governo do Estado, mas ainda não está funcionando. O IML, com o Instituto de Criminalística em Mauá, é outra grande conquista do mandato que também quero efetivar. O Trecho Leste do Rodoanel, sou presidente da comissão parlamentar de acompanhamento das obras, é muito importante para a região, pois atinge diretamente Ribeirão Pires. Vai fazer com que haja muitas empresas aqui. São questões que já foram conquistadas, mas não foram efetivadas. Quero completar esse trabalho para a população. Depois disso, aí sim, com dever cumprido, com os projetos já concluídos, partir para um próximo desafio legislativo, que será a Câmara Federal.

DIÁRIO – O cenário de candidaturas a deputado estadual passa por renovação em Mauá e há muita expectativa. Como avalia o momento?

VANESSA – Mauá é uma cidade com efervescência política muito grande, sempre há muitas candidaturas. O que infelizmente a gente enxerga é que nem todas as candidaturas que começam a aparecer são realmente para valer, com proposta para fazer um trabalho efetivo. Muitas são para fortalecimento do nome, outras lançadas de forma errônea, com utilização da máquina administrativa. Aí acabamos enxergando uma ineficiência dos serviços públicos da cidade. A Sama é um exemplo, o superintendente virou candidato a deputado estadual. Existe um clientelismo muito grande com contratação de muitos cabos eleitorais que deveriam trabalhar para a cidade, mas se voltam para candidatura que desponta nesse momento. É ruim para a cidade. Na Prefeitura também há. É um cabide de empregos muito grande, o que compromete a qualidade e credibilidade dos serviços na cidade. O povo sofre com a Saúde que é um caos, é uma das maiores reclamações. Já era muito ruim o sistema na época do Oswaldo e os problemas ainda não foram estancados.

DIÁRIO – Então, acha que a disputa pode se centralizar nas candidaturas do governo?

VANESSA – Confesso que não tenho me preocupado muito com outras candidaturas e sim com meu trabalho. Quero dar retorno à população. Vou começar uma grande prestação de contas do meu trabalho. Quero destacar as conquistas para região e em especial para Ribeirão Pires e Mauá. Mauá é cidade que eu vivo e está no meu coração. Infelizmente estamos acompanhando uma gestão muito ruim do Donisete. Disse que o Donisete seria mais do mesmo. Hoje faço uma avaliação de que ele é pior do que a gestão passada, do Oswaldo Dias. Mesmo seguindo a mesma cartilha do PT, ele tem sido extremamente ineficaz em sua forma de trabalhar. Em relação a Ribeirão Pires, consegui encaminhar para lá mais de R$ 25 milhões do governo federal e estadual. Esse é meu papel transformar os votos que a população tem me dado em confiança.

DIÁRIO – Disse que o Donisete é pior que o Oswaldo. A que atribui?

VANESSA – Desde o início da campanha e nas reuniões que fazíamos já sentia que ele teria a mesma forma de gestão do Oswaldo Dias. A mim não surpreendeu nesse sentido, claro, sou mauaense e gostaria que a cidade estivesse melhor. Me surpreendi somente no sentido de ele conseguir ser ainda pior do que nós imaginávamos que fosse. Infelizmente, a cidade está toda esburacada, tem baixa autoestima, tem vários problemas de distribuição de água, um transporte público muito ruim, Saúde também é um caos. Mauá está sofrendo com a gestão do PT e pagando um preço muito caro de um gestor que não consegue cumprir seu papel. Isso se deve pela tentativa do Donisete de tentar tirar da sua frente pessoas e partidos que poderiam ser oposição. Vários opositores, entre aspas, hoje são secretários, trabalham na Prefeitura e estão à frente de autarquias. Eles mudaram uma ideologia que foi dita durante a campanha, mas que hoje faz parte do governo do Donisete. Me consolido como a única voz de oposição na cidade.

DIÁRIO – Houve tentativa de aproximação do governo Donisete Braga?

VANESSA – Houve, como ele fez com tantos outros adversários. Comigo não tem isso. A partir do momento que não concordo com a gestão do Donisete e me coloco como opositora, não quero nenhum diálogo. Eu quero trabalhar pela cidade. Quando mando recurso para Mauá, o prefeito tem que assinar convênios e meu trabalho continua. Meu posicionamento é de respeito, mas distante.

DIÁRIO – Essa relação pode prejudicar parcerias entre o seu mandato e a Prefeitura.

VANESSA – Quando há um prefeito mais simpático ao mandato e ao trabalho, claro que isso traz ampliação. Tenho trabalhado por recursos do Estado e da União. Só peço que não nos atrapalhem. Tenho que mostrar que sou diferente e consolidar meu trabalho.

DIÁRIO – A candidatura do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ao governo do Estado contribui para sua campanha?

VANESSA – Paulo Skaf é um nome forte para o governo do Estado, tem bandeiras já conquistadas para a população. A primeira é como presidente do Sesi/Senai com a qualidade de ensino. Sou ex-aluna do Sesi e sei que realmente é um ensino de qualidade. Tem a questão da luta para redução de impostos em relação à assistência básica, a questão da conta de luz. A briga para que não houvesse aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) na Capital. Essas e outras tantas conquistas o credenciam como um bom gestor, que certamente tem uma visão à frente para defender a população. Sempre houve polarização entre PT e PSDB, agora a população quer renovação com quem já apresentou um trabalho para o Estado.

DIÁRIO – A sra. foi a primeira e única da bancada do PMDB a assinar o pedido da CPI do Metrô. Vai tentar convencer o partido a aderir à questão?

VANESSA – Tenho convicção de que uma CPI atende a população. Muitas vezes os críticos ficam amarrados ao rótulo de pertencer a situação ou oposição. Acho que tem que fazer o que é certo. Está claro que houve formação de cartel, desvio de dinheiro público e a população foi lesada na construção do Metrô e o caso da empresa Alston deve ser investigado. O PMDB estuda se vai assinar ou não. Eu me adiantei. Faltam três assinaturas e o PMDB tem quatro deputados, é o partido decisivo nessa questão.

DIÁRIO – Como foi seu retorno aos trabalhos legislativos depois do período de maternidade. Sentiu alguma diferença?

VANESSA – Já era uma defensora das mulheres e passo ainda mais a admirar a força feminina, porque há uma tentativa de conciliar tudo, papel de mãe, de deputada e fazer campanha em Mauá, região e Interior. Agora é tocar os projetos que estão em andamento, como minha prestação de contas. Estamos com eventos marcados que têm expectativa de receber até 50 mil pessoas. Vamos começar a partir do dia 7 de maio. Vou ter que conciliar tudo isso com os cuidados da minha filha, Rúbia. Em algumas cidades vereadores e prefeitos que nos apoiam vão ajudar a organizar essa prestação de contas. Em Santo André, os vereadores José Araújo e Sargento Juliano, por exemplo, vão ajudar.

Por Gustavo Pinchiaro - Diário do Grande ABC
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