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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/10/2011 | Saúde e Ciência
Vacina de gripe tem baixa eficácia, segundo pesquisa
Não é lá essas coisas, mas é melhor que nada. Um estudo rigoroso das vacinas anuais contra a gripe mostrou que a sua eficácia é bem menor do que se imaginava: 59% de proteção, em vez dos mais de 90% que se espera de uma vacina certinha.

O resultado diz respeito à vacina trivalente, fabricada com o vírus inativado. Esse é o tipo usado nas campanhas de vacinação de gripe sazonal no Brasil.

Mas "59% é bem melhor do que zero", diz o principal autor da análise, Michael Osterholm, da Universidade de Minnesota, Estados Unidos.

Ele e seus colegas fizeram um meta-análise (revisão de estudos), publicada nesta quarta-feira na revista médica "Lancet Infectious Diseases".

A equipe foi atrás de ensaios clínicos de vacinas contra a gripe desde janeiro de 1967 até fevereiro de 2011. Mas, desses 5.707 artigos científicos, apenas 31 correspondiam a todas as exigências.

O fundamental era mostrar se havia uma relação direta entre a vacinação e a proteção contra o vírus da gripe. E provar isso com testes clínicos sem dúvidas. "Essa foi a mais abrangente revisão até agora da eficácia das vacinas contra a gripe", diz Osterholm.

O estudo afirma que, embora a vacina funcione e ainda deva ser recomendada, há dúvidas sobre sua eficácia, especialmente em relação aos maiores de 65 anos.

As campanhas de vacinação contra gripe sazonal no Brasil têm como público-alvo os maiores de 60 anos, os indígenas, as gestantes, os profissionais de saúde e as crianças com idade entre seis meses e dois anos.

Crianças protegidas

As crianças são um reservatório tradicional do vírus da gripe e transmitem a doença para o resto da comunidade. Logo, a imunização infantil contra a gripe é importante.

De acordo com o estudo, seria mais vantajoso usar nas crianças a vacina com vírus vivo e atenuado, em vez da que usa vírus morto, mais comum. A eficácia dessa vacina em crianças com menos de sete anos foi de 83%.

Novas vacinas

Ainda que falte comprovação para a proteção conferida pela vacina, os autores ressaltam que ela continua sendo a melhor forma de evitar a doença. Mas concluem: "É preciso desenvolver novas e melhores vacinas".

De acordo com o médico Rubens Baptista Junior, especialista em medicina preventiva e social e professor na EEP (Escola de Educação Permanente) do Hospital das Clínicas da USP, não há dúvida de que a vacina salva vidas. "É preciso estimar quantas seriam perdidas sem a vacinação", diz.

Para ele, o resultado, ainda que não ideal, é positivo. "Mas, na população em geral, existe a ideia de que, depois da vacinação, um simples resfriado mostraria que não houve efeito. Vacina é para certos casos, como a gripe sazonal; não é para curar resfriados", lembra o médico.

Por Ricardo Bonalume Neto, São Paulo - Folha Online
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