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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/10/2016 | Setecidades
Usuários enfrentam caos no 1º dia útil
Usuários enfrentam caos no 1º dia útil Foto: Nário Barbosa/DGABC
Foto: Nário Barbosa/DGABC
Usuários de 15 linhas municipais que circulam na região da Vila Luzita, em Santo André, enfrentaram situação caótica no primeiro dia útil de serviços prestados pela Suzantur na cidade. A empresa, que opera no município desde sábado em caráter emergencial, substituindo a Expresso Guarará, em processo de falência, continua desagradando os passageiros, principalmente em relação a ausência de veículos e falhas no sistema de bilhetagem.

Ontem, pelo terceiro dia consecutivo, o Diário acompanhou o serviço prestado pela empresa no Terminal da Vila Luzita e constatou o descontentamento dos munícipes, que, além de reclamarem das enormes filas no equipamento, também intensificaram as críticas pela ausência de ônibus articulados nas duas linhas responsáveis por fazer o itinerário Vila Luzita/Centro.

Ainda sem validadores dos créditos em boa parte dos veículos, que circulam nos bairros da região, mais uma vez passageiros foram obrigados a descer do lado de fora do terminal para efetuarem o pagamento das passagens na bilheteria do espaço antes de fazer a baldeação com ônibus que seguem viagem para o Centro de Santo André.

“Antes pagava direto para o motorista. Agora, sou obrigada a entrar pela porta traseira, mesmo estando com o dinheiro para fazer o pagamento. É ideia de gerico, pois chegando no terminal preciso pegar essa fila enorme de passageiros de todas as linhas juntos”, desabafa a copeira Paloma dos Anjos, 34 anos.

Por volta das 6h30, o tempo de espera na fila para efetuar o pagamento chegou a ser de dez minutos. “A gente já tem o tempo contadinho. Só nessa brincadeira de ficar aqui esperando já perdi dois ônibus”, relata o ajudante geral Raul Fernandes de Maia, 44.<

Passageiros também voltaram a criticar problemas operacionais na linha com maior fluxo de usuários na região, a TR-101. O itinerário, que antes era atendido por 13 ônibus, todos articulados e configurados para atender estações no corredor da Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, cujas plataformas ficam na mesma altura do assoalho dos ônibus, agora contam somente com seis ônibus nesse padrão. No entanto, nenhum deles está adaptado para circular no corredor.

“Todo mundo que passa pelo terminal usa essa linha, por isso ela tinha os maiores ônibus. Agora com esses coletivos menores dá nisso. Fila enorme”, disse a auxiliar de cobrança Marcia Melaine de Souza Almeida, 47.

Segundo o Prefeitura, a Suzantur disponibilizou outros sete ônibus convencionais para a linha que possuem portas à esquerda com acesso no nível das plataformas, no entanto, os veículos transportam somente 82 passageiros, portanto, 40 pessoas a menos que os articulados.

De acordo com o proprietário da Suzantur, Claudinei Brogliato, a falta de veículos articulados só ocorreu porque “nenhuma empresa tinha ônibus nesse padrão”. O empresário destacou que estuda medida para diminuir os problemas encontrados na linha. Já as falhas no sistema de bilhetagem foram atribuídas à demora para fazer a instalação dos equipamentos nas catracas dos veículos. “Faltam 15 ônibus.”

A contratação emergencial da Suzantur, oficializada pelo prefeito Carlos Grana (PT) na sexta-feira, é alvo de questionamentos da Justiça. Uma das ações, inclusive, foi aceita pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, Genilson Rodrigues Carneiro. O magistrado aguarda respostas do Paço andreense sobre denúncias de possíveis irregularidades.

Em Mauá e São Carlos, a empresa também é investigada por assumir de maneira emergencial o transporte público das cidades.

Empresa ignora itens estipulados em contrato emergencial

Além de ter diminuído a quantidade de veículos articulados que circulam na região da Vila Luzita – de 13 para seis –, a Suzantur também tem ignorado outros itens obrigatórios estipulados em contrato emergencial firmado com a Prefeitura de Santo André. A padronização dos veículos nas cores branca e azul, utilizada por demais empresas da cidade, tem sido um dos pontos mais criticados por usuários.

Atualmente, a Suzantur tem rodado com veículos adesivados na cores vermelha e branca e com logotipo da Prefeitura de Mauá, onde a viação opera desde 2013. Outro problema é que os carros têm padrão de linhas intermunicipais.

“É confuso, pois quem não mora aqui não vai pegar um ônibus com identificação de Mauá”, relata a auxiliar administrativa Giovana Bortolato, 23 anos.

Além da padronização da frota, outro problema diagnosticado pelo Diário foi o espaço considerado como garagem pela empresa para realização de manutenção dos coletivos. Atualmente, a Suzantur tem guardado os ônibus em local próximo ao terminal, sem nenhuma segurança.

Questionado sobre o assunto, o dono da Suzantur, Claudinei Brogliato, tratou o tema com descaso. “São só seis meses de operação. É só arrumar qualquer lugar para colocar os veículos.”

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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