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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/10/2015 | Política
Usuários criticam corte no Farmácia Popular
Usuários criticam corte no Farmácia Popular Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Moradores do Grande ABC que dependem exclusivamente do programa Farmácia Popular, do governo federal, para adquirir remédios por baixo custo e com descontos reagiram com preocupação à possibilidade de cortes em um dos braços do benefício, tido como uma das vitrines dos governos do ex-presidente Lula (PT) e da presidente Dilma Rousseff (PT). No Grande ABC, há 11 unidades próprias e 334 estabelecimentos credenciados junto à União.

O Aqui Tem Farmácia Popular, programa de convênios que as drogarias comuns têm com o Ministério da Saúde para comercializar alguns medicamentos a preço popular, registrou previsão zero de investimento para o ano que vem. O Orçamento da União para 2016 enviado por Dilma ao Congresso Nacional não empenha recursos à ação para 2016. Neste ano, o serviço receberá R$ 578 milhões.

Muitos dos usuários do programa fazem uso frequente de medicamentos controlados que, se forem comprados na rede privada sem os abatimentos, custam até 7.400% a mais, caso de comprimidos Sinvastatina 20 mg, para controle de colesterol. Na rede privada, o remédio custa, em média, R$ 30 (caixa com 30 comprimidos), mas é encontrado na mesma quantidade por R$ 0,40 nas farmácias do programa federal.

A auxiliar administrativa Natasha Pires, 37 anos, depende do Farmácia Popular para adquirir remédios frequentemente para tratar da depressão. Ela paga R$ 2,52 no medicamento, mas teria de desembolsar cerca de R$ 25 no comércio. “É absurdo quererem diminuir (o programa). Eu não tenho condições de arcar com esse valor todos os meses, ainda mais neste momento que a gente tem de reduzir despesas por conta dos vários aumentos de impostos.”

“O programa ajuda muito no valor do medicamento do meu filho. Pego a cada dois meses uma caixa de Fluoxetina 20 mg. Numa farmácia normal, o preço da caixa é na faixa de R$ 80, aqui eu pago R$ 13”, frisou o porteiro José Nilson de Santana, 52. “Estão tirando verba de uma área essencial. O certo seria oferecer mais remédios gratuitos para a população e não cortar”, emendou.

A aposentada Lourdes Lopes Jardim, 72, prevê que, se o programa de fato for afetado, não conseguirá pagar outras contas em casa se quiser continuar a se precaver da pressão alta. “Eu ganho um salário mínimo por mês e caso tenha que arcar com o custo dos meus medicamentos, irei ter problemas com no orçamento mensal”, relatou.

DEFESA
Em nota, o Ministério da Saúde informou que “não há nenhuma proposta do governo federal no sentido de acabar com o Programa Farmácia Popular” e que as “possíveis reduções das verbas destinadas ao programa não é um cenário definitivo, uma vez que a proposta (peça orçamentária) tem de ser discutida e aprovada pelo Congresso”. O governo federal destacou ainda que, se os cortes previstos no Orçamento forem avalizados pelos deputados e senadores, “serão mantidos os 14 medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes e asma, cuja oferta é gratuita ao cidadão”.

Como alternativa para captar recursos para a manutenção do programa, a Pasta informou que o Ministério do Planejamento já trabalha com a possibilidade de utilizar recursos do DPVAT (seguro obrigatório para danos pessoais causados por veículos) para financiar o programa. O Planalto também cogita apelar para os parlamentares, que ajudariam a custear a ação por meio de emendas ao Orçamento.

Por Júnior Carvalho - Diário do Grande ABC
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