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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/04/2009 | Tecnologia
Usuário enfrenta dificuldade no conserto de eletrônicos
Quando deixou seu notebook em cima da mesa da sala, o universitário Igor Jatobá, 24, não imaginava o problema que iria enfrentar. Seu gato, Valentin, entre uma estripulia e outra, fez xixi no computador.

Mesmo dentro do prazo estabelecido pela fabricante Acer, Jatobá optou por levar o micro a uma assistência técnica não autorizada -para ganhar tempo e, também, porque esse tipo de problema não estaria incluído na garantia, segundo ele.

"Como a urina do gato é muito ácida, queimou a placa-mãe. A assistência técnica salvou o disco rígido e o drive de DVD-RW. O resto eu tive que jogar no lixo", diz o produtor, que acabou comprando outro notebook, e, por precaução, trancou o gato na área de serviço do seu apartamento.

Acidentes assim são mais difíceis de acontecer, mas quem usa produtos eletrônicos está acostumado a lidar com problemas recorrentes. Os aparelhos são vendidos cada vez em maior quantidade, mas costumam apresentar, também, cada vez mais problemas.

Aparelhos de TV estão presentes em 94,4% dos lares brasileiros, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), de 2007, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os computadores já chegam a 37 milhões de unidades, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). O mercado brasileiro de PCs movimentou, em 2008, aproximadamente 12 milhões de unidades. A expectativa inicial, antes da crise econômica mundial, era a de que o crescimento chegasse a 30% em 2008, mas foi de 20%, segundo a Abinee.

O crescimento, no entanto, não se reflete na qualidade dos produtos, na maioria das vezes. "A menor duração dos produtos se deve a diversos fatores, como a obsolescência planejada, que tem por objetivo aumentar o volume de vendas", afirma Angela Cassia Rodrigues, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Outro fator, segundo a pesquisadora, é o alto custo de peças de reposição, ou a ausência delas, o que acaba inviabilizando um possível reparo.

A rapidez das inovações tecnológicas também é um fator. "Na área de informática e de equipamentos de telecomunicação, o ritmo dessas inovações é muito mais acelerado, há problema de incompatibilidade de novos softwares com equipamentos mais antigos", diz.

A redução da vida útil dos produtos obriga o consumidor a descartá-los mais rapidamente e substituí-los por novos, o que gera problemas como o lixo eletrônico. "Muitas vezes, [o consumidor] acaba guardando [o aparelho] em casa, na esperança de recuperar em algum momento futuro o valor investido", diz.

Recorrente

O administrador de marketing Ricardo Seola, 27, comprou seu notebook da HP em Nova York, depois de passar meses pesquisando e comparando modelos. De volta ao Brasil, Seola adaptou-se às características físicas do computador, bateria muito pesada.

"Um mês depois de acabar a garantia, ele simplesmente morreu", afirma. "A resposta que tive da fabricante foi que realmente aquela série tinha problemas na placa-mãe. Acontece que não podiam fazer nada, porque eu havia comprado no exterior, e o modelo não estava disponível no Brasil. Para que multinacional?", questiona Seola, que procurou uma assistência não autorizada.

A assessoria de imprensa da HP informou que se o modelo for comercializado no Brasil, a empresa cobre a garantia. Caso o equipamento não seja vendido por aqui, a empresa não realiza o conserto. "A orientação é que o cliente entre em contato com o país de origem onde o equipamento foi adquirido para dar andamento no reparo", afirmou.

Por Daniela Arrais - Folha de São Paulo
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