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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/05/2009 | Saúde e Ciência
Uso de vitamina anula benefício de exercícios
Fazer exercício promove longevidade; já a ingestão de substâncias antioxidantes, como vitaminas, supostamente retardaria o envelhecimento. Mas essas duas opções de quem busca uma vida mais saudável podem ser contraditórias. Um novo estudo mostrou que tomar suplementos vitamínicos depois de fazer exercício pode causar a perda de um dos benefícios do esforço físico.

Um dos efeitos do exercício é melhorar a sensibilidade à insulina e o metabolismo do açúcar no corpo. Mas o exercício também aumenta a formação de moléculas altamente reativas contendo oxigênio, que causariam dano às células.

O novo estudo, publicado hoje no periódico "PNAS", mostra que o exercício ajuda a aumentar a sensibilidade do corpo à insulina justamente pela formação dessas espécies reativas de oxigênio, classificadas na categoria dos radicais livres, contra os quais agem as vitaminas.

"Nossa teoria era que os antioxidantes pudessem bloquear alguns dos efeitos benéficos do exercício, pois sabe-se que o exercício induz um leve estresse oxidativo no músculo", disse à Folha um dos líderes do estudo, C. Ronald Kahn, da Escola Médica de Harvard, nos EUA.

O estudo foi feito na Alemanha com 40 voluntários que fizeram exercícios e tomaram ou não vitaminas C e E.

As doses usadas "foram de 5 a 10 vezes a necessidade diária mínima de vitamina, mas essas doses são comumente usadas por pessoas que tomam suplementos de vitaminas C e E".

O experimento tinha duas partes. Primeiro foram quatro semanas de treinamento físico intenso para metade do grupo.

Metade de cada grupo, com ou sem treinamento prévio, foi então designada para receber ou não o suplemento vitamínico quando de um novo regime de treinamento, do qual todos participaram.

Os voluntários que tomaram os suplementos não tiveram mudança nos seus níveis de oxigênio reativo. Já os que não tomavam as vitaminas revelaram um aumento na formação de radicais livres.

O exercício aumentou a sensibilidade à insulina apenas quando não havia a presença extra dos antioxidantes.

E mesmo os radicais criados pelo exercício não eram tão "livres" assim. O pequeno estresse oxidativo fomentado pelo esforço físico "causou uma resposta adaptativa que promoveu a capacidade de defesa antioxidante endógena", como os autores descreveram no artigo que descreve o experimento.

Por Ricardo Bonalume Neto - Folha de São Paulo
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