NOTÍCIA ANTERIOR
Zika é oficialmente ligado à microcefalia
PRÓXIMA NOTÍCIA
Região tem 6 suspeitas de microcefalia por zika vírus
DATA DA PUBLICAÇÃO 02/12/2015 | Saúde e Ciência
Uso de ''pílula do dia seguinte'' do HIV aumentou 186% desde junho no Brasil
Em julho, governo simplificou prescrição da profilaxia pós-exposição.

Quem tem contato com vírus pode adotar estratégia até 72h após exposição.


O uso da "pílula do dia seguinte" do HIV aumentou em 186% do início de junho até o fim de novembro em comparação ao mesmo período do ano passado. A profilaxia pós-exposição (PEP, na sigla em inglês) pode ser usada por pessoas que tenham sido expostas ao vírus HIV - tanto profissionais da saúde que tiveram contato com o sangue de soropositivos por acidente quanto pessoas que tiveram relações sexuais de risco - para impedir que o vírus se instale no organismo. A estratégia só funciona se iniciada até 72 horas após a exposição.

Foram 10.419 casos de uso de PEP no Brasil entre junho e novembro deste ano. No mesmo período de 2014, a PEP tinha sido usada em 3.646 casos. O aumento se deve, segundo o médico Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, às regras que facilitaram a prescrição da PEP, que entraram em vigor em julho.

A "pílula do dia seguinte" do HIV já estava disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde a década de 1990, mas as novas diretrizes simplificaram seu uso: desde julho, não é mais preciso um especialista em Aids para dispensar a PEP.

O dado foi divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (1º), em coletiva de imprensa sobre a situação da Aids no país. "Agora as pessoas sabem mais sobre essa possibilidade e procuram como a uma alternativa de prevenção contra o HIV", disse Mesquita durante o evento.

Como funciona a PEP?
Depois do possível contato com o HIV, o ideal é que a profilaxia pós-exposição tenha início em até duas horas. Mas a estratégia pode ser adotada até 72 horas depois da exposição. Ela consiste no uso de quatro medicamentos antirretrovirais - tenofovir, lamivudina, atazanavir e ritonavir - durante 28 dias consecutivos.

O uso extremamente precoce dos medicamentos impede a replicação viral e evita a contaminação. A pessoa que se submete à estratégia deve ser acompanhada por três meses.

A ampliação do uso da profilaxia pós-exposição faz parte de uma tendência em que a prevenção do HIV não se limita ao uso de preservativos. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, enfatizou nesta segunda-feira que a prevenção também envolve diagnóstico e tratamento precoces. Isso porque o risco de transmissão do vírus diminui quanto menor for a carga viral do paciente.

Por G1, em São Paulo
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Saúde e Ciência
20/09/2018 | Campanha contra sarampo e poliomielite segue na região
19/09/2018 | É melhor dormir com ou sem meias?
19/09/2018 | Forma de andar mostra os vícios de postura
As mais lidas de Saúde e Ciência
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.