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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/10/2009 | Setecidades
Uso de jaleco na rua gera risco de contaminação
Acessório de uso exclusivo nas unidades de saúde, o jaleco ainda é usado por médicos e outros profissionais fora das dependências dos hospitais. O risco é de que o mau uso faça com que o avental se transforme em meio de transporte de micro-organismos, contaminando os hospitais e levando bactérias para o meio externo.

O Diário circulou pelas imediações de unidades de saúde em Santo André, São Bernardo e Diadema e verificou um verdadeiro desfile de jalecos pelas vias públicas. Os médicos entravam e saíam de restaurantes e lanchonetes, iam buscar o carro no estacionamento ou simplesmente aproveitavam o horário de almoço para dar uma volta.

Professora de microbiologia e imunologia da Faculdade de Medicina do ABC, Inneke Marie van der Heijden enxerga no comportamento potencial prejuízo para a saúde. "O profissional que o usa o jaleco dentro do hospital e depois o leva para fora está promovendo troca de micro-organismos. Isso é natural, mas manter este hábito dissemina ainda mais a população de bactérias."

Sem se identificar, médicos ouvidos pela reportagem enquanto usavam avental fora das unidades de saúde minimizaram a possibilidade de risco.

"Tirar o jaleco ajudaria a diminuir, mas o meu corpo todo carrega bactérias, meu sapato, meu cabelo, não só a minha roupa", rebateu um profissional da saúde que deixou uma lanchonete e entrou no CHM (Centro Hospitalar Municipal), em Santo André.

Logo após terminar a refeição em restaurante próximo ao Quarteirão da Saúde, um médico uniformizado garantiu que não é preciso se preocupar com o jaleco. "E o profissional que usa só branco (sem avental)? É a mesma coisa."

A professora Nédia Maria Hallage, da disciplina de infectologia, também da Faculdade de Medicina do ABC, admite que a questão sobre a vestimenta "não é um consenso entre os profissionais de saúde", mas não enxerga problema. "O debate sobre o jaleco oferece um senso de segurança falso, pois não combate o que realmente importa: a higiene das mãos. A mão do profissional é que carrega bactérias para dentro e para fora dos hospitais, não a roupa."

Lei - Tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo projeto de lei que determina aplicação de multa para estudantes e profissionais de saúde que utilizarem o jaleco em ambientes não hospitalares ou fora dos locais de estudo ou trabalho.

Se aprovada da forma como foi elaborada, a lei prevê punição em até 50 Ufesps (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo) - ou R$ 792,50 - para o infrator, dependendo da gravidade do descumprimento. O texto ainda está na primeira das três comissões a que deverá ser submetido até chegar ao plenário para votação.

Por André Vieira - Diário do Grande ABC
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