NOTÍCIA ANTERIOR
Clínica Pediátrica do Hospital Mário Covas ganhará nova brinquedoteca
PRÓXIMA NOTÍCIA
Fabricante de achocolatado é autuado após falha
DATA DA PUBLICAÇÃO 07/10/2011 | Saúde e Ciência
Uso de balão no estômago é liberado para menos gordos
No calor da discussão sobre a proibição dos inibidores de apetite derivados da anfetamina, anunciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na terça-feira, a indústria farmacêutica começa a oferecer novas alternativas.

A Allergan chamou a imprensa na última quarta-feira para anunciar que a vigilância ampliou o acesso ao balão gástrico.

Inicialmente indicado para obesos, com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30, o procedimento já pode ser feito por quem está com sobrepeso e IMC acima de 27, o cálculo do IMC é feito dividindo o peso (quilos) pelo quadrado da altura (metros).

O balão é colocado por endoscopia e é temporário. O objetivo é aumentar a sensação de saciedade por meio do volume no estômago. "É uma opção menos invasiva e não medicamentosa para pacientes que não querem fazer redução de estômago", explica o médico José Afonso Sallet, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Um estudo com 573 pacientes com sobrepeso, publicado na revista "Obesity Surgey", mostrou que, após seis meses com o balão, os pacientes perdem metade do peso excedente e têm uma uma redução de 5,3 pontos no IMC. Obesos podem perder até 12% do peso inicial, segundo o cirurgião.

Tendência

A ampliação da indicação segue a tendência observada nos Estados Unidos. A FDA (agência reguladora de remédios) passou a permitir, em fevereiro, que pessoas com IMC a partir de 30 e doenças causadas pela obesidade se submetam à colocação de banda gástrica, aparelho que estrangula o estômago. Antes, o IMC mínimo para realizar o procedimento era de 35.

Críticas

Segundo o endocrinologista Bruno Geloneze, da Unicamp, o balão é a pior solução para os obesos. "A obesidade, ou sobrepeso, é uma condição crônica e que sempre volta. Portanto, qualquer tratamento tem que ser contínuo, para evitar que o peso volte. O balão é um tratamento de curto prazo [seis meses], que não tem nenhuma garantia de longo prazo."

Para controlar o aumento de peso não existe milagre, lembra o médico. É preciso combinar mudança de comportamento com reeducação alimentar e atividade física e, caso necessário, tratamento médico, que pode incluir remédios, balão e cirurgia.

O balão ainda não foi aprovado pela FDA. O aparelho custa R$ 3.000. O preço total do procedimento pode chegar a R$ 10 mil.

Por Mariana Pastore - Folha Online, São Paulo
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Saúde e Ciência
20/09/2018 | Campanha contra sarampo e poliomielite segue na região
19/09/2018 | É melhor dormir com ou sem meias?
19/09/2018 | Forma de andar mostra os vícios de postura
As mais lidas de Saúde e Ciência
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7680 dias no ar.