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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/03/2013 | Setecidades
Usina de lixo não impedirá reciclagem, afirma secretário
Usina de lixo não impedirá reciclagem, afirma secretário Terreno do antigo lixão do Alvarenga está sendo descontaminado para abrigar a usina de lixo que produzirá energia. Foto: Andris Bovo
Terreno do antigo lixão do Alvarenga está sendo descontaminado para abrigar a usina de lixo que produzirá energia. Foto: Andris Bovo
Equipamento deve incinerar 750 toneladas/dia de resíduos, provavelmente a partir de 2015

Na segunda matéria da série sobre o futuro do lixo de São Bernardo, o ABCD MAIOR traz a discussão sobre a construção da Unidade de Recuperação Energética, a usina de lixo, e sua relação com a reciclagem. Atualmente, o projeto está na fase de descontaminação da área do antigo lixão do Alvarenga, onde a usina de lixo será instalada, e na elaboração do EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental). A expectativa é que o documento seja aprovado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) até dezembro deste ano.

Será a partir da avaliação do EIA/Rima que o órgão ambiental emitirá a licença ambiental de instalação, documento que autoriza o início das obras. A previsão é que a unidade, orçada em torno de R$ 350 milhões e uma das primeiras no Estado de São Paulo, comece a operar em 2015 e tenha capacidade diária de incinerar 750 toneladas de resíduos, equivalente à quantidade de resíduos gerados na cidade. A queima do lixo irá gerar energia suficiente para garantir a iluminação pública da cidade.

Do Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos do município, a construção da usina tem gerado questionamento de catadores da cidade, para quem o equipamento prejudicaria o meio ambiente. “Não estamos apenas preocupados com a nossa geração de renda, mas com o futuro do planeta. Ao queimar os resíduos será necessário extrair mais recursos naturais”, afirmou Maria Mônica da Silva, coordenadora executiva da Coopcent (Cooperativa Central dos Catadores e Catadoras de Material Reciclado do ABCD) e coordenadora estadual do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável.

Não recicláveis - Para a Prefeitura existe certa confusão por parte dos catadores. “Hoje os catadores perdem pela falta de consciência das pessoas, e não por causa da usina. E o projeto inclui ações de educação ambiental”, destacou o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli. O secretário ainda lembrou que nem tudo que parece ser reciclado realmente é. E serão exatamente esses materiais não recicláveis que serão usados na incineração. “De todo plástico coletado hoje, um quarto não pode ser reciclado, por estar contaminado. É o caso das garrafas de óleo de cozinha”, explicou.

Secoli ainda argumentou que as cooperativas serão as responsáveis por dizer o que será ou não queimado. Atualmente, o município recicla menos de 1% do lixo e a meta é chegar a 10% até 2016. “Faremos coleta porta a porta e as cooperativas vão nos apontar o que é reciclável e o que não é”, enfatizou.

São Bernardo garante fiscalização rígida

Sem produzir chorume ou lançar poluentes em escala irregular na atmosfera, como ocorre com os aterros sanitários, São Bernardo aposta que a usina é a melhor escolha ambiental e econômica para o lixo.

Para a Prefeitura, os equipamentos avançados, contendo catalisadores e filtros, além da rígida fiscalização serão suficientes para impedir a emissão de gases e poluentes no meio ambiente.

“A usina lançará menos gás do que as siderúrgicas de aço ou cimenteiras”, destacou o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli. Para os catadores, a tecnologia não impedirá a poluição do ar. “Nosso órgão fiscalizador, a Cetesb, não é confiável, então como podemos ficar seguros de que as medidas serão respeitadas?”, questionou a coordenadora executiva da Coopcent, Maria Mônica da Silva.

Após o processo de incineração, o lixo será transformado em cinzas. Na Europa, tal resíduo é usado na construção civil ou para produção de asfalto. No entanto, como no Brasil não há legislação que autorize esse processo, o material será encaminhado para o aterro. “Sobrarão apenas 10% de cinzas. Elas não têm cheiro e não geram gás ou chorume. Assim, teremos ganho ambiental e econômico, pois os aterros ficarão mais baratos”, finalizou Secoli.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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