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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/03/2010 | Turismo
Universitários ditam o ritmo de Londrina (PR)
Difícil encontrar quem passa por Londrina (norte do Paraná) e não se encanta com ela. O jovem município, de 75 anos, nasceu dos cafezais. Hoje, é uma cidade universitária. São dez centros de ensino superior, sendo uma universidade estadual e outra federal.

Entre os cerca de 510 mil habitantes, os estudantes dão o tom à região central, repleta de bares e casas noturnas. A diversidade propiciada pelos mais de cem cursos se traduz na agitada vida noturna, com opções para diferentes gostos e bolsos.

No campo cultural, Londrina é lembrada por importantes nomes das artes e da cultura nacional, como é o caso do músico Arrigo Barnabé, do dramaturgo Mario Bortolotto e do escritor Domingos Pellegrini. Entre os festivais, destaca-se o Filo (Festival Internacional de Teatro), que há mais de 40 anos abriga em seus palcos peças brasileiras e internacionais, com duas semanas de programação.

Londrina foi construída por imigrantes, especialmente japoneses, italianos, alemães e seus descendentes. Sua história de colonização é bastante interessante: as terras da região foram compradas pelo emblemático Lord Lovat, que buscava repetir o sucesso de seu empreendimento no Sudão, país da África, onde mantinha o cultivo de algodão.

O próprio Lovat nunca esteve em Londrina, mas o negócio foi tocado inicialmente por brasileiros, filhos de ingleses, que deram início ao que posteriormente seria chamada de Companhia de Terras Norte do Paraná. Desta presença inicial da Inglaterra na região é que surgiu o nome da cidade: Londrina, a "filha de Londres".

A venda de pequenos lotes, de 20 a 25 alqueires, foi a característica marcante do processo colonizador, com terras vendidas em parcelas a prazo, que podiam ser pagas de acordo com as colheitas. Todos os terrenos possuíam um veio d'água e saída para a estrada principal, dando oportunidade a todos para o escoamento da produção e atraindo, assim, grandes levas de imigrantes.

O primeiro grupo de colonos foi de japoneses, que assumiram mais a função do trabalho na lavoura. Seguiram-se os alemães e os italianos, oriundos principalmente de outras regiões do Brasil, assim como portugueses e brasileiros, que se dividiam entre o trabalho urbano e o rural.

Um fluxo árabe, mais notadamente libanês, se fixou no comércio. Em 1938, já moravam na região pessoas de 31 nacionalidades. Dos 4.745 moradores, apenas sete eram ingleses.

No decorrer deste processo, algumas famílias prosperaram e ainda continuam em Londrina, como a família Dakkache, proveniente de uma cidade do Líbano. É deles um dos restaurantes mais antigos e tradicionais ainda em operação na cidade. Trata-se do Kiberama, de comida árabe, aberto em 1965.

A zona rural surpreende. Na gastronomia, no distrito da Warta, o Strassberg é conhecido por suas tortas e pela culinária alemã, com pratos como marreco, kassler e eisben. Para o lazer, há os "pesque-pague", nas estradas de Maravilha e do do Limoeiro, e na rodovia João Carlos Strass.

Por Rafael Mosna - Folha de São Paulo, enviado especial a Londrina
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