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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/07/2012 | Setecidades
Único mapeamento do ABCD mostra 2,1 mil famílias em risco
Único mapeamento do ABCD mostra 2,1 mil famílias em risco Grotão, entre Vila São Pedro e Esperança, corre risco. Foto: Amanda Perobelli
Grotão, entre Vila São Pedro e Esperança, corre risco. Foto: Amanda Perobelli
Apenas São Bernardo tem estudo de áreas de risco; demais cidades estão em processo ou aguardam

O único mapeamento de áreas de riscos do ABCD mostra que 2,1 mil famílias de São Bernardo moram em encostas de morros com risco de desmoronamento ou a margens de rios e córregos sujeitos a inundações. No total são 59 áreas com 169 setores considerados com baixo, médio ou alto risco. As demais cidades aguardam a liberação de R$ 680 mil do Consórcio Intermunicipal para realizar o estudo. As exceções são Diadema e Mauá, que atualmente produzem o mapeamento.

Mesmo sem o levantamento, estimativa realizada pelas prefeituras em janeiro de 2011 apontava para 56 mil famílias morando em áreas de risco. Entre riscos de deslizamentos e enchentes eram cerca de 40 mil em Mauá, 11.712 famílias em Santo André, 2,3 mil famílias em São Bernardo, 1,4 mil em Diadema, 1,3 mil em São Caetano e 200 em Ribeirão Pires. Este ano, as prefeituras preferiram não arriscar e aguardam os números dos estudos em andamento.

A expectativa é que, até 2014, os sete municípios tenham seus respectivos planos, que permitirão o monitoramento das áreas de risco, a execução de obras de correção de encostas e a remoção preventiva ou emergencial de moradias. Além de preservar vidas, o objetivo é tornar mais eficiente o trabalho integrado da Defesa Civil na Região, assim como as políticas públicas voltadas a resolver o problema.

De acordo com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, sancionada em abril deste ano pela lei nº 12.608, apesar de União e estados terem o compromisso de ajudar municípios a realizar a identificação e mapeamento das áreas de risco, é dever das cidades fazer tal estudo, assim como fiscalizar e vedar novas ocupações.

Etapas - O plano de redução de risco é realizado em três etapas. A primeira está relacionada à identificação dos tipos de escorregamentos, solos e relevos existentes nas possíveis áreas de risco. Depois, os técnicos analisam a vulnerabilidade de risco dos moradores e imóveis atingidos em um possível deslizamento. E por último são feitas indicações de ações, obras e leis a serem realizadas nos casos considerados de grau alto e muito alto.

“Primeiro é preciso reconhecer o problema para poder propor soluções”, comentou o geólogo e pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Fabricio Araújo Mirandola. A metodologia desenvolvida pelo IPT é usada pelo Ministério das Cidades em busca de uma padronização no País. “Os níveis de risco precisam ser iguais, do ABCD à Amazônia”, explicou Mirandola.

Após a análise, o risco das áreas é classificado de baixo a muito alto. A área é definida de baixo risco quando a inclinação do terreno é inferior a 8 graus. Acima disso, já passa a ser de médio risco. O alto risco ocorre quando há trincas e postes inclinados, além de sinais de movimentação de solo. “Já o risco muito alto é a pior situação. Significa que, na próxima chuva, algo acontecerá na área”, afirmou.

Região removeu 3,2 mil famílias de áreas de risco
Apesar da falta dos mapeamentos, as prefeituras se esforçam por meio de parcerias e projetos para retirar moradores de áreas consideradas impróprias a moradias. E as medidas vêm surtindo efeito. Mesmo com as fortes chuvas, em 2012, o ABCD não registrou nenhuma morte em deslizamentos. No ano passado, a Região contabilizou três óbitos.

De 2009 até junho deste ano mais de 3,2 mil famílias foram removidas de áreas de risco em apenas três cidades do ABCD. Por já ter finalizado o plano de redução de risco, São Bernardo já removeu 1,5 mil famílias que moravam em áreas de risco iminente. Em seguida vem Diadema com a remoção de 1.164 famílias. E por último, Mauá com a retirada de 464 famílias apenas entre maio e junho deste ano.

Questionadas, as demais prefeituras não responderam a reportagem até o fechamento desta edição.
Os moradores removidos são atendidos por programas de auxílio aluguel até a entrega das moradias definitivas. Entre Diadema e São Bernardo houve a construção e entrega de mais de 3,2 mil novas moradias, desde 2009. Além disso, a Região ainda investe na construção de muros de arrimo, galerias, drenagens, manutenção dos núcleos urbanizados e na criação de Núcleos de Defesa Civil para eliminar os riscos de enchentes e deslizamentos.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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