NOTÍCIA ANTERIOR
Paris se prepara para ''próxima grande inundação do século''
PRÓXIMA NOTÍCIA
Coreia do Norte anuncia testes nucleares iminentes
DATA DA PUBLICAÇÃO 14/03/2016 | Internacional
Unicef diz que 1 em cada 3 crianças sírias nasceu em zona de guerra
Guerra civil na Síria completa cinco anos sem perspectivas de acabar.

Segundo ONU, 306 mil crianças nasceram como refugiadas desde 2011.


Mais de três milhões e meio de crianças sírias - uma em cada três - nasceu em uma área de guerra desde que o conflito no Oriente Médio começou, há cinco anos, de acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"Enquanto a guerra continua, os meninos estão lutando uma guerra de adultos, continuam abandonando as escolas e muitas são forçados a trabalhar, enquanto as meninas são pressionadas a se casarem novas demais ", indicou em comunicado o diretor regional do Unicef no Oriente Médio e o Norte da África, Peter Salama.

O estudo, "No place for children" (Não é lugar para crianças), aponta que cerca de 8,5 milhões de crianças, mais de 80% das crianças sírias, foram afetadas pelo conflito, dentro do país ou como refugiados.

Segundo a agência das Nações Unidas, 306 mil crianças nasceram como refugiadas desde 2011, muitas delas em países vizinhos à Síria (Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque), onde o número de refugiados é dez vezes maior agora do que em 2012.

As crianças sofrem com desnutrição, falta de higiene básica, de segurança e com a extrema pobreza, denunciou o Unicef.

A desproteção dos pequenos levou à agência a registrar até 1.500 violações dos direitos da infância em 2015, 60% casos de morte ou mutilação em consequência de explosões de bombas em regiões povoadas.

O relatório revelou que, em 2015, 400 crianças morreram na Síria e nos países vizinhos, e 500 sofreram algum tipo de mutilação.

Outro problema que as afeta diretamente é o acesso a uma educação digna.

O documento estima que mais de dois milhões de crianças dentro da Síria, e 700 mil refugiados, não podem ir à escola. O relatório revela que ano passado 40 escolas foram atacadas e mais de seis mil centros escolares não estão operando.

O Unicef aproveitou a divulgação do relatório para pedir ajuda econômica e o compromisso moral da comunidade internacional em cinco aspectos "críticos" para ajudar a proteger a geração de crianças que está vivendo a infância em zonas de conflito armado.

A agência pediu o fim das violações dos direitos da infância; melhorar o acesso humanitário dentro da Síria; um fundo de US$ 1,4 bilhão para garantir a educação das crianças; restabelecer a dignidade delas e transformar as promessas de financiamento em compromissos verdadeiramente cumpridos.

O Unicef lamentou ter recebido "somente 6% do financiamento pedido para 2016 para ajudar às crianças sírias, tanto dentro como fora do país".

A agência da ONU para a infância pediu para este ano mais de US$ 1 bilhão e só recebeu 74 milhões.

Os recursos que as Nações Unidas consideram necessários para ajudar as crianças no território aumentaram ano após ano: em 2012 foram pedidos US$ 120 milhões; em 2013, US$ 470 milhões; US$ 770 milhões em 2014 e ano passado o Unicef pediu US$ 903 milhões para cobrir as necessidades básicas das crianças.

Por G1 - Efe
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Internacional
20/09/2018 | Buscas por desaparecidos continuam nas Filipinas após passagem do tufão Mangkhut
19/09/2018 | Noiva morre após acidente com trator durante despedida de solteira na Áustria
18/09/2018 | Justiça da África do Sul legaliza o consumo privado de maconha
As mais lidas de Internacional
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7716 dias no ar.