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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/08/2012 | Geral
Um milhão e meio de brasileiros fumam maconha todos os dias
Um milhão e meio de brasileiros fumam maconha todos os dias Diadema já realizou Marcha da Maconha. Foto: Amanda Perobelli
Diadema já realizou Marcha da Maconha. Foto: Amanda Perobelli
Estudo da Unifesp aponta que 37% dos usuários são dependentes da droga

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (01/08) pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) revelou que 1,5 milhão de brasileiros, entre adultos e adolescentes, consomem maconha diariamente. O 2º Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas) aponta ainda que dos 3,4 milhões de pessoas que usaram maconha no último ano, mais de um terço (37%) é dependente, o que representa 1,3 milhão de pessoaas. Entre os adolescentes, os índices de dependência alcançam 10% dos entrevistados.

A estimativa é de que 7% da população adulta já tenha experimentado a droga em alguma fase da vida, o que equivale a 8 milhões de pessoas. Entre adolescentes, 600 mil tiveram contato com a maconha. No entanto, de acordo com o estudo, o Brasil não está entre os países com os maiores índices de consumo da droga. Enquanto aqui a média é 3%, o índice chega a 5% na Europa e 10% nos Estados Unidos.

Foram entrevistadas 4.607 pessoas em 149 municípios, com idade a partir de 14 anos. Diferente da primeira pesquisa, feita em 2006, os entrevistados no atual levantamento responderam a um questionário sigiloso sobre consumo de drogas. A pesquisa anterior apontava que existia um adolescente para cada adulto que usa maconha. Em 2012, a proporção aumentou para 1,4 adolescente por adulto. Em 62% dos casos, os usuários experimentaram a droga pela primeira vez antes dos 18 anos.

Legalização - Os entrevistados também foram questionados sobre a legalização da maconha no País. A maioria (75%) é contrária, ante 11% favoráveis. Os dados reunidos no Lenad irão possibilitar, posteriormente, a avaliação do consumo de outras drogas, como o crack.

Região mantém serviços para tratamento químico


Os municípios do ABCD mantêm serviços gratuitos de tratamento para dependentes químicos. Os usuários de maconha contam com os CAPS AD (Centros de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas). Em Ribeirão Pires, dos 1.325 pacientes cadastrados no CAPS AD da cidade desde 2005, apenas 10 são dependentes puramente de maconha. Do total de pacientes atendidos, 700 são considerados “ativos” – aqueles que fazem tratamento com maior intensidade.

Desses, 84% são dependentes de álcool e 64% são dependentes de maconha associada a outras drogas, como cocaína. No centro, os usuários recebem acompanhamento de equipe formada por psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

Os atendimentos são realizados individualmente, em grupo, entre os usuários, ou com os familiares. Durante o tratamento, os usuários participam de oficinas terapêuticas, como pintura em azulejos, entre outras atividades artesanais. O CAPS AD possui parcerias com o Ambulatório de Infectologia, com a Secretaria de Promoção Social e outros setores, para ampliar a possibilidade de reinserção dos pacientes na sociedade.

No local, são atendidas pessoas com idade a partir de 18 anos. O Centro funciona de segunda à sexta, das 8h às 17h, na rua Domingos Benzenuto, 12 – Centro. Informações podem ser obtidas pelo telefone 4827 4509.

São Caetano – São Caetano também possui o CAPS AD, além de manter o serviço de psiquiatra e psicólogos para usuários de álcool e drogas para menores de 18 anos na USCA (Unidade de Saúde da Criança e do Adolescente), e o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). Atualmente existem 60 pacientes em tratamento no CAPS AD, sendo oito pacientes usuários de maconha.

Na USCA o tempo de tratamento é indeterminado, podendo em alguns casos observar resultados positivos em até dois anos. Os métodos utilizados são: terapia ocupacional, orientação para os pais, medicação específica para cada paciente e programa de reinserção social.

Ao atingir 18 anos, o jovem é encaminhado ao Caps AD. O usuário precisa ir todos os dias ao espaço que funciona como hospital dia. Nos casos em que o paciente precisa de internação existe uma parceria com o Hospital Estadual Mário Covas e o Hospital Lacan. O atendimento é feito por equipe multidisciplinar de psicólogo, psiquiatra, enfermeira, terapeuta ocupacional e assistente social. A alta só é fornecida após um ano de abstinência.

São Bernardo - A Prefeitura conta com uma rede de serviços para tratar da prevenção e atenção às pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas, que é considerada referência nacional. Em outubro de 2010, o atendimento aos usuários abusivos de álcool e drogas foi ampliado nos dois CAPS AD, que passaram a funcionar em regime de 24 horas. Na mesma época, outras iniciativas em parceria com o Ministério da Saúde foram lançadas.

Os CAPS AD Adulto (rua Pedro Jacobucci, 470, Centro) e o Infanto-Juvenil (rua Sacramento, 191, Rudge Ramos) passaram a acolher os usuários com crises de abstinências de menor gravidade, contando para isso com seis a oito leitos em cada unidade.

O serviço de saúde mental de São Bernardo só adota a internação em casos de crise do paciente e por um curto período de tempo, até que ele possa retomar o atendimento ambulatorial. Além dos leitos existentes nos CAPS AD, também podem ser utilizados alguns leitos do PS Central. Quando o Hospital de Clínicas for inaugurado, o município terá outros 17 leitos para desintoxicação de pacientes em dependência química.

Outra medida foi a inauguração de duas Repúblicas Terapêuticas, residências transitórias, uma localizada no bairro Taboão, para acolhimento de adolescentes em situação de vulnerabilidade social ou com perda de vínculo familiar, que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas, e outra para adultos, no Jardim do Mar.

Em 1º de outubro de 2010 foi lançado o projeto Consultório de Rua, que consiste numa equipe volante, constituída inicialmente por dois profissionais da saúde mental e seis redutores de danos, que realizam uma rotina de atividades e intervenções psicossociais e educativas na rua, junto aos usuários de drogas. Estas equipes contam com insumos para tratamento de situações clínicas comuns, além de preservativos, cartilhas e medicamentos de uso mais frequente.

Santo André – De acordo com a Prefeitura, em sua grande maioria, os usuários de maconha que procuram tratamento na cidade também são usuários de cocaína e/ou crack, e consideram a dependência destas outras drogas como "algo mais grave", mais prejudicial.

São raros os casos onde dependentes que fazem uso apenas da maconha procurarem tratamento. Atualmente, estão em tratamento no NAPS AD (Núcleo de Assistência Psicossocial Álcool e Drogas) dois pacientes que fazem uso exclusivo de maconha.

Diadema - O CAPS AD do município funciona 24h, na rua Oriente Monti, 28, 3º andar, Centro. Diadema também criou uma ação envolvendo diversas secretarias e a população para o combate ao crack e outras drogas. A iniciativa envolve um Consultório de Rua com equipes que vão aos locais em que se concentram os usuários de crack para estimular cuidados com a saúde e redução de danos. As equipes auxiliam na abordagem e cuidado humanizado de pessoas usuárias de drogas e em situação de rua. Atualmente, 11 espaços em Diadema são visitados semanalmente pelas equipes.

As 20 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade oferecem atendimento através das Equipes de Programa Saúde da Família. No Pronto Socorro Central são realizados atendimentos de urgência e emergência e os casos que necessitem retaguarda clínica hospitalar vão para o Hospital Municipal.

As prefeituras de Mauá e Rio Grande da Serra não responderam à reportagem sobre os serviços da rede de saúde voltados para a dependência química.

Por Angela de Paula - ABCD Maior
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