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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/11/2017 | Setecidades
Um a cada três mortos no trânsito da região é idoso
Um a cada três mortos no trânsito da região é idoso Dados do Infosiga mostram que oito dos 25 óbitos registrados em outubro são de pessoas acima dos 60. Foto: Denis Maciel/DGABC
Dados do Infosiga mostram que oito dos 25 óbitos registrados em outubro são de pessoas acima dos 60. Foto: Denis Maciel/DGABC
Uma a cada três mortes registradas no sistema viário do Grande ABC é de pessoas com 60 anos ou mais. A informação consta em levantamento divulgado ontem pelo governo estadual, por meio do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo).

Segundo o relatório, oito dos 25 óbitos registrados em outubro no trânsito da região foram de pessoas idosas, mortas, em sua maioria, em atropelamentos. O estudo ainda subdivide as faixas etárias. Ao todo, foram quatro vítimas fatais entre 75 e 79 anos, outras três no público com 65 a 69 anos e uma entre 60 e 64 anos.

“Embora o resultado seja alarmante, ele só nos evidencia algo que toda população já sabe: o nosso sistema viário é uma verdadeira zona de risco para idosos. Na prática, nada é pensado para pessoas idosas. O tempo do semáforo, que às vezes é de dez segundos, é belo exemplo. Um jovem consegue fazer a travessia facilmente nesse período, mas para um idoso com problema de mobilidade esse tempo é nada”, afirma o chefe do departamento de medicina de tráfego da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves Júnior.

Segundo o especialista, a situação tende a piorar com o envelhecimento da população do Grande ABC, que, segundo pesquisa divulgada neste ano pela Fundação Seade, terá um terço de sua população formada por pessoas com 60 anos ou mais em 2050. “Se o sistema viário não for pensado para o idoso, a situação será caótica.”

Para moradores da região, este cenário, no entanto, já é realidade. “Os semáforos fecham muito rápido. É quase impossível atravessar a rua com ele aberto”, afirma Romeu Mogi, 71 anos.

A equipe do Diário acompanhou de perto, ontem, a dificuldade enfrentada por ele em um cruzamento na Avenida Dom Pedro II e a Rua Catequese, em Santo André. De muleta e segurando em uma das mãos de sua filha Rosemeire, 46, ele teve apenas 13 segundos para atravessar a via. “Se já é ruim quando acompanho, imagina sem ninguém do lado. Faltam estrutura para idosos e mais respeito dos pedestres”, afirma Romeire.

Para a coordenadora do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito Silvia Lisboa, é necessária maior atenção de municípios no que diz respeito às adequações viárias para esse público. “Entendemos que a mobilidade dessas pessoas é diferente das demais e recomendamos aos municípios a adaptação necessária para atendê-las. O aumento do tempo semafórico e campanhas de conscientização específicas são algumas das soluções”, ressalta.

ESTATÍSTICAS

De acordo com o Infosiga, em outubro, municípios do Grande ABC apresentaram alta de 66,67% no número de mortes no trânsito. Foram 25 óbitos mês passado, contra 15 no mesmo período do ano anterior (confira tabela ao lado).

Motociclistas e pedestres, mais uma vez, foram as principais vítimas, com 12 e oito mortes, respectivamente.

O relatório aponta ainda que a maioria dos acidentes ocorreu no período noturno e teve pessoas do sexo masculino como as principais vítimas fatais do trânsito do Grande ABC.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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