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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/09/2017 | Educação
UFSCar recebe inscrições para seleção direcionada a refugiados
Universidade recebeu 21 pessoas em situação de refúgio desde o início do processo, em 2009.

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebe até o dia 12 de setembro as inscrições de refugiados interessados nos 65 cursos de graduação presenciais oferecidos pela instituição. Para participar é preciso comprovar a situação de refúgio e ter participado de pelo menos uma edição do Exame Nacional do Ensino Médio nos últimos quatro anos, conforme o edital.

A seleção específica para refugiados foi implantada com base na Lei nº 9.474/97. O primeiro ano em que houve seleção e ingresso foi 2009 e, desde então, 21 estudantes ingressaram na UFSCar por meio do processo direcionado, realizado uma vez por ano.

"A quantidade de inscritos e selecionados vem aumentando ao longo do tempo, possivelmente em razão de maior divulgação e visibilidade do processo seletivo e ainda em razão do aumento da quantidade de atestados de refúgio emitidos pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Em cada edição realizada, houve ingresso de ao menos um estudante e, no ano de 2017, houve o recorde de sete ingressantes", afirmou Wagner Souza dos Santos, coordenador de ingresso na graduação.

Segundo Santos, não há um perfil predominante entre os inscritos. "Há equilíbrio entre os gêneros e os estudantes são oriundos de países da América Latina, do continente africano e do Oriente Médio", disse.

Já quanto aos cursos procurados há uma opção que prevalece: a graduação em medicina. Também há procura por cursos de engenharia, além de carreiras nas áreas de ciências humanas e da saúde.

Integração

O coordenador afirmou que, assim como os demais alunos, os estudantes que ingressam pelo processo para refugiados podem solicitar bolsas moradia, alimentação e atividade. Nesses casos, eles passam por um processo de análise socioeconômica após a matrícula.

"É muito importante para a UFSCar estar aberta ao acolhimento desses estudantes, uma vez que a instituição tomou a iniciativa, em 2007, de aprovar um programa de ações afirmativas direcionado a transformar o perfil dos estudantes ingressantes", comentou Santos.

Para ele, o ingresso de refugiados constitui uma das metas de valorização da democratização do acesso ao ensino superior e, com suas experiências e saberes, esses alunos contribuem para que a comunidade acadêmica repense sua atuação.

"O acesso ao ensino superior é apenas um dos caminhos pelos quais as populações em situação de refúgio poderão se integrar e obter os resultados que pretendem alcançar em nosso país, mas sem dúvida é uma experiência enriquecedora tanto para a universidade quanto para essas pessoas", avaliou.

Por G1 - São Carlos e Araraquara
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