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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/09/2007 | Educação
UFABC jubila alunos fora da média
O baixo aproveitamento no primeiro ano de estudos tirou 88 alunos das salas de aula da UFABC (Universidade Federal do ABC). Segundo representantes de classe, a reitoria jubilou os estudantes porque eles não conseguiram atingir a média estipulada pela universidade. O número representa 17,6% do total.

O estatuto da UFABC não aceita CR (Coeficiente de Rendimento) menor que 2 (o número vai de zero a 4) durante três trimestres seguidos. “Quem não consegue alcançar essa marca corre o risco de ser descartado. Não é justo, o tempo é pequeno para avaliar um aluno”, reclama uma das representantes, que prefere não se identificar.

A briga inclui mais da metade dos alunos matriculados. A dificuldade de obter boas notas é explicada pela exigência dos professores e pelo alto volume de matérias para serem cumpridas num período de três meses. Terça-feira, sete, dos 88 universitários, teriam sido jubilados, após conversas individuais na reitoria.

A assessoria de imprensa da UFABC não confirma o número, mas reconhece que jubilou 10% dos universitários entrevistados. Eles teriam CR inferior a 1.

Em nota enviada à reportagem, a UFABC garante que chegará a um total oficial apenas nesta quinta-feira, quando fará um levantamento das matrículas confirmadas. Mas em entrevista dada ao Diário em 15 de julho, a vice-reitora Adelaide Faljoni-Alário garantiu que apenas jubilaria alunos a partir do sexto trimestre, ou seja, em setembro de 2008. A mudança de postura não foi explicada.

Reivindicações - Para evitar novos desligamentos, os alunos enviaram à reitoria uma série de reivindicações. “Queremos ter o direito de melhorar nossas notas. Atualmente, podemos fazer dependência, mas a nota nova não substitui a antiga. Isso faz com que seja muito difícil alterar o CR. Além disso, queremos mais bolsas para nos dedicarmos integralmente aos estudos”, diz outra representante, que também não quer se identificar.

Para Rosalvo Batista, 25 anos, as propostas são importantes para alterar a situação dos alunos. “Escapei hoje (terça-feira) porque fiz uma boa entrevista. A universidade entendeu que meu rendimento caiu porque comecei a trabalhar, Mas, e os outros?”

"Me senti descartado pela universidade"

“Me senti descartado pela universidade. Passei por problemas financeiros nos últimos meses que acabaram, inclusive, com a minha saúde. Expliquei tudo na entrevista, mas não fui ouvido”, desabafou o ex-aluno Orlando Fang, 22 anos, jubilado terça-feira pela UFABC.

Fang tinha coeficiente de rendimento menor que 1, mas esperava ter suas justificativas aceitas pela reitoria, que não revelou qual o critério adotado para as escolhas.

“Minha família investiu em mim. Meus pais gastam cerca de R$ 1.200 por mês para me manter estudando. Não sei como vão reagir.”

Na sala de espera, a ansiedade pela resposta unia os alunos, que esperavam um lista de dispensas e foram surpreendidos por chamadas individuais. Quem está fora prometeu reagir, com a ajuda dos colegas. “Vamos procurar nossos direitos com advogados”, garantiram as representantes.

Por Adriana Ferraz - Diário do Grande ABC
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