DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2011 | Cidade
UFABC e Instituto Mauá vão ao espaço
A UFABC (Universidade Federal do ABC) e o Instituto Mauá de Tecnologia terão papéis importantes na missão espacial Aster, que pretende enviar a primeira sonda com tecnologia brasileira a um asteróide em 2015. Professores e alunos das duas instituições já começaram a projetar os equipamentos que serão enviados ao espaço.
O professor de engenharia espacial da UFABC Anníbal Hetem, responsável pelo projeto, explicou que a missão começou a ser desenvolvida há dois anos, é toda nacional e conta com a participação de diversas universidades brasileiras, além de instituições como Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Observatório Nacional.
“Se tudo der certo, vamos lançar em 2015 e vai levar uns três anos para chegar. A sonda vai ficar um ano orbitando no asteróide”, detalhou o pesquisador. A sonda espacial deve ser construída em parceria com a Rússia. O local de lançamento ainda não foi definido.
O asteróide 2001-SN263 está a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra e pode trazer informações importantes sobre a origem do universo. “O asteróide não sofreu nenhuma alteração desde o começo do sistema solar. Então deve ter material primordial da origem do Sol, da Terra e dos outros planetas”, explicou Hetem.
Outra particularidade da missão é que, como o asteróide foi dividido em três partes durante uma colisão, será possível analisar a parte interna do corpo celeste e descobrir como é seu processo de envelhecimento.
Os pesquisadores já têm informações referentes à extensão do asteróide. A menor parte do planetóide é maior do que um campo de futebol, de acordo com o professor. As chances de colisão com a Terra são mínimas. “Ele passa fora da órbita do nosso planeta, mas pode colidir com Marte”, explicou.
Para o estudo, seis equipamentos serão armazenados na carga útil da sonda. Serão quatro aparelhos e dois experimentos. A UFABC fará, com outras universidades, o altímetro laser e o espectrômetro infravermelho, ambos equipamentos de medição do asteróide.
Já o Instituto Mauá entra na confecção de experimento em Astrobiologia, em parceria com a USP (Universidade de São Paulo) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O professor de engenharia elétrica da Mauá, Vanderlei Cunha Parro, explicou que o intuito é enviar material biológico para verificar os efeitos da radiação.
“Existe uma teoria de que a vida pode ter se originado fora da Terra e por isso é importante saber se algo resiste à radiação que existe fora do planeta”, justificou. O Instituto ficará responsável pela confecção do aparelho onde o material será armazenado. “Nossa expectativa é que o protótipo esteja pronto no ano que vem.”
Fomento - Apesar da expectativa de novas descobertas a partir da análise do asteróide, Hetem ressalta que o projeto possui outro objetivo, tão importante quanto estudar o corpo celeste. “Queremos desenvolver e qualificar pessoas e empresas no Brasil para que possam participar de projetos espaciais. Se tivermos empresas aqui que fabriquem as peças, não vamos mais precisar importar, porque é isso que torna a missão cara, e em futuras missões de países vizinhos eles podem procurar peças aqui. Temos empresas com condição de fabricar, só falta o incentivo.”
Além de estimular a produção de componentes nacionais, a formação de profissionais para atuar no segmento também deve ter atenção especial. “Temos três alunos envolvidos nesse projeto, que têm bolsa de estudo e estão ajudando nos cálculos. No futuro, vão seguir carreira nessa área também porque não adianta qualificar as empresas e não formar pessoas”, afirmou o docente. A UFABC é a única da Região que possui curso de engenharia espacial e possui 40 alunos matriculados na graduação.
O professor de engenharia espacial da UFABC Anníbal Hetem, responsável pelo projeto, explicou que a missão começou a ser desenvolvida há dois anos, é toda nacional e conta com a participação de diversas universidades brasileiras, além de instituições como Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Observatório Nacional.
“Se tudo der certo, vamos lançar em 2015 e vai levar uns três anos para chegar. A sonda vai ficar um ano orbitando no asteróide”, detalhou o pesquisador. A sonda espacial deve ser construída em parceria com a Rússia. O local de lançamento ainda não foi definido.
O asteróide 2001-SN263 está a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra e pode trazer informações importantes sobre a origem do universo. “O asteróide não sofreu nenhuma alteração desde o começo do sistema solar. Então deve ter material primordial da origem do Sol, da Terra e dos outros planetas”, explicou Hetem.
Outra particularidade da missão é que, como o asteróide foi dividido em três partes durante uma colisão, será possível analisar a parte interna do corpo celeste e descobrir como é seu processo de envelhecimento.
Os pesquisadores já têm informações referentes à extensão do asteróide. A menor parte do planetóide é maior do que um campo de futebol, de acordo com o professor. As chances de colisão com a Terra são mínimas. “Ele passa fora da órbita do nosso planeta, mas pode colidir com Marte”, explicou.
Para o estudo, seis equipamentos serão armazenados na carga útil da sonda. Serão quatro aparelhos e dois experimentos. A UFABC fará, com outras universidades, o altímetro laser e o espectrômetro infravermelho, ambos equipamentos de medição do asteróide.
Já o Instituto Mauá entra na confecção de experimento em Astrobiologia, em parceria com a USP (Universidade de São Paulo) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O professor de engenharia elétrica da Mauá, Vanderlei Cunha Parro, explicou que o intuito é enviar material biológico para verificar os efeitos da radiação.
“Existe uma teoria de que a vida pode ter se originado fora da Terra e por isso é importante saber se algo resiste à radiação que existe fora do planeta”, justificou. O Instituto ficará responsável pela confecção do aparelho onde o material será armazenado. “Nossa expectativa é que o protótipo esteja pronto no ano que vem.”
Fomento - Apesar da expectativa de novas descobertas a partir da análise do asteróide, Hetem ressalta que o projeto possui outro objetivo, tão importante quanto estudar o corpo celeste. “Queremos desenvolver e qualificar pessoas e empresas no Brasil para que possam participar de projetos espaciais. Se tivermos empresas aqui que fabriquem as peças, não vamos mais precisar importar, porque é isso que torna a missão cara, e em futuras missões de países vizinhos eles podem procurar peças aqui. Temos empresas com condição de fabricar, só falta o incentivo.”
Além de estimular a produção de componentes nacionais, a formação de profissionais para atuar no segmento também deve ter atenção especial. “Temos três alunos envolvidos nesse projeto, que têm bolsa de estudo e estão ajudando nos cálculos. No futuro, vão seguir carreira nessa área também porque não adianta qualificar as empresas e não formar pessoas”, afirmou o docente. A UFABC é a única da Região que possui curso de engenharia espacial e possui 40 alunos matriculados na graduação.
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