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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/08/2016 | Setecidades
Tubulações da Sabesp represam e plantas apodrecem na Billings
Tubulações da Sabesp represam e plantas apodrecem na Billings Em alguns pontos da represa, as macrófitas estão se acumulando e apodrecendo. Foto: Rodrigo Pinto
Em alguns pontos da represa, as macrófitas estão se acumulando e apodrecendo. Foto: Rodrigo Pinto
Macrófitas são vistas ao longo dos tubos que ligam os sistemas Rio Grande e Alto Tietê

Um manto verde e marrom está cobrindo a represa Billings no trecho do Bairro Rebizzi, em Rio Grande da Serra, local onde a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) construiu a estação elevatória para a transposição de água entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê. A reportagem do ABCD MAIOR esteve lá nesta terça-feira (09/08) e constatou que a vegetação de macrófitas aquáticas se alastrou por quilômetros da represa. Em alguns trechos, o manto está tão espesso que cresce flores e não é possível ver a lâmina d’água.

Apesar de comuns na Billings, por conta da presença de fósforo e nitrogênio encontrados nos esgotos despejados na represa, o que chama atenção dos ambientalistas no caso de Rio Grande é a quantidade e o fato das plantas estarem se acumulando e apodrecendo em algumas partes do reservatório. “As tubulações da Sabesp estão funcionando como uma espécie de barreira, fazendo com que as macrófitas, que em geral se dispersam na água, se acumulem e apodreçam”, esclareceu o ambientalista e membro do MDV (Movimento de Defesa da Vida) do ABC José Soares da Silva.

O ambientalista explicou que a decomposição é preocupante e pode afetar a vida aquática e a qualidade da água do manancial. “Em muita quantidade, as plantas por si só já absorvem o oxigênio da água, o que prejudica a vida aquática. Mas em decomposição ainda vêm às bactérias, o que contamina a água”, afirmou. Se crescerem de maneira descontrolada, as plantas também impedem a entrada de luz para outros organismos, como fitoplânctons e peixes, de modo que o processo de fotossíntese é feito apenas na parte de cima da represa, o que compromete a vida aquática existente no fundo.

Em alguns pontos da represa, as macrófitas estão se acumulando e apodrecendo. Foto: Rodrigo Pinto

Os moradores do Bairro Rebizzi estão incomodados com a situação. Além do mau cheiro, o problema afeta diretamente a alimentação de muitas famílias que sobrevivem da pesca. “Como pescar aqui? Os peixes sumiram por causa da poluição. Aqui não dá mais nada”, criticou uma moradora que preferiu não se identificar. Outro morador garantiu que já reclamou diversas vezes sobre o problema. “Eles vieram aqui e apenas desentupiram as tubulações, mas não limparam a represa.”

Para a os moradores, a solução seria afundar ou erguer as tubulações que levam água do ABCD para a Capital. “Se essas tubulações continuarem aí do jeito que estão não vai adiantar limpar a represa, pois o problema vai voltar”, analisou uma moradora. Na avaliação do ambientalista, o problema é mais complexo e não envolve apenas mudar as tubulações de lugar, mas sim no compromisso da Sabesp no tratamento de esgoto em Rio Grande da Serra. “Enquanto o esgoto da cidade continuar a ser despejado nos córregos que vão para a represa, as macrófitas vão continuar a aparecer”, assegurou.

De acordo com dados da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Rio Grande da Serra despejou na represa, em 2014, 1.371 kg de esgoto por dia. Apesar disso, atualmente, o município é o que tem a maior taxa de tratamento de esgoto no ABCD: 85%.

Em nota, a Sabesp apenas disse que realiza continuamente o manejo das macrófitas em toda a represa, inclusive com varreduras na superfície da água. No entanto, a companhia não deu maiores informações sobre as ações a serem realizadas em Rio Grande da Serra ou quando tais ações serão realizadas.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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