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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/07/2013 | Geral
Tubulação se rompe e provoca alagamento em avenida no Rio
Tubulação se rompe e provoca alagamento em avenida no Rio Tubulação se rompe e provoca alagamento no Subúrbio do Rio nesta quarta-feira (31) (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Tubulação se rompe e provoca alagamento no Subúrbio do Rio nesta quarta-feira (31) (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Rompimento deixou a Avenida Martin Luther King inundada.

Carros ficaram ilhados e motoristas empurraram veículos para deixar o local.


Uma tubulação pequena da Cedae se rompeu, na manhã desta quarta-feira (31), na Avenida Pastor Martin Luther King, na esquina com a Avenida Vicente de Carvalho, na entrada do bairro de Vicente de Carvalho, no Subúrbio do Rio. Como informou a reportagem do Bom Dia Rio, o problema aconteceu em uma obra da Transcarioca.

Por volta das 7h, a Avenida Vicente de Carvalho estava alagada. Carros ficaram ilhados e motoristas tiveram que empurrar os veículos para tentar sair do local. Retroescavadeiras e outras máquinas trabalham na região, por conta das obras da Transcarioca,via em construção que vai ligar o Aeroporto Internacional Tom Jobim ao Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca.

A Cedae informou que a tubulação que se rompeu tem 20 centímetros de diâmetro. De acordo com a concessionária, o rompimento ocorreu, na madrugada, em consequência de uma obra da Transcarioca.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Obras confirmou o rompimento acidental da tubulação da Cedae pela construtora Andrade Gutierrez, que é responsável pela execução das obras da Transcarioca. A concessionária foi para o local para realizar os reparos.

Devido ao problema, a Avenida Vicente de Carvalho foi interditada no sentido Pavuna entre a Avenida Pastor Martin Luther King Júnior e a Avenida Meriti. De acordo com o Centro de Operações Rio, o tráfego foi desviado pela Avenida Meriti e o trânsito na região era intenso, por volta de 7h50.

O acidente aconteceu um dia após o rompimento de outra adutora da Cedae, em Campo Grande, que provocou a morte de uma menina e deixou outros 13 feridos.

Enterro de menina
O corpo da menina Isabella Severo dos Santos, de 3 anos, que morreu após o rompimento de uma adutora no bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, na última terça-feira (30) será enterrado nesta quarta (31) às 10h no Cemitério de Campo Grande.

Fernando dos Santos, pai da criança, ficou sabendo do ocorrido pela TV. "Eu vi o que tinha acontecido pela televisão. Quando eu e meu irmão fomos ver, soubemos que ela [Isabela] tinha ficado presa. Eles [bombeiros] tentaram reanimá-la o tempo todo, mas ela não aguentou. Minha filha ia fazer 4 anos no dia 17 de agosto. Ela era uma criança maravilhosa", disse o auxiliar de farmácia.

"A mãe dela contou que encheu tudo. Os vizinhos ajudaram e tentaram passar pelo muro, mas ele caiu", completou Fernando.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, também lamentou a morte de Isabela. "Eu lamento profundamente o óbito da criança. Nós tentamos reanimá-la a todo o momento, durante o trajeto até o hospital. Ainda estamos vendo a dimensão do estrago", disse o coronel Sergio Simões, dos Bombeiros.

O rompimento ocorreu por volta das 6h na altura do número 4.500 da Estrada do Mendanha. Casas e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um jato que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo de Bombeiros. Ainda não há informação do que provocou o rompimento da adutora.
Acordei ao escutar um barulho muito forte no telhado. Em seguida, as paredes começaram a se destruir. A gente estava no segundo andar e a força da água arrastou a gente para o outro lado da rua. Nós paramos em frente à casa do vizinho"
Agilson da Silva Serpa, mecânico

Diversas residências foram alagadas, com a água chegando a 2 metros de altura em alguns pontos, de acordo com moradores. Muitas pessoas ficaram ilhadas. Segundo o secretário de Defesa Civil do município, Márcio Motta, pelo menos três quarteirões foram isolados.

Ao todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados e 72 desabrigados. Dezessete casas desabaram. As famílias estão sendo levadas para o HotelOn, com custos pagos pela Cedae. Dois inquéritos foram abertos para investigar o rompimento.

'Acordamos com as paredes caindo'
"Estava dormindo e acordei ao escutar um barulho muito forte no telhado. Em seguida, as paredes começaram a se destruir. A gente estava no segundo andar e a força da água arrastou a gente para o outro lado da rua. Nós paramos em frente à casa do vizinho", disse o mecânico Agilson da Silva Serpa, que sofreu um ferimento no joelho.

A dona de casa Juliana Lemos conseguiu socorrer os quatro filhos. "Meus filhos estão bem, estavam todos dormindo. Acordamos com as paredes caindo. Eu só tive um ferimento no pé", afirmou ela, que foi atendida na ambulância do Corpo de Bombeiros.

Carros e ambulâncias dos quartéis de Campo Grande e Santa Cruz estão no local. Um bote salva-vidas ajuda no resgate de moradores. Equipes da Defesa Civil municipal e agentes da Polícia Militar também foram enviados.

Em entrevista à GloboNews, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse que a corporação vai avaliar os danos causados pela água.

"Nosso trabalho tem sido para retirar pessoas de dentro de casa em razão da grande extensão do alagamento. Estamos trabalhando em conjunto com o Departamento de Engenharia da Defesa Civil da cidade para fazer as avaliações e as extensões dos danos causados nas casas que foram destruídas ou danificadas", explicou Simões.

Interdição e falta de luz
A Estrada do Mendanha foi interditada na altura da Rua Marcolino da Costa e o trânsito era desviado pela Estrada do Pedregoso. De acordo com a Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia, após o rompimento da adutora a luz foi desligada por questões de segurança na região.

Técnicos da Cedae realizam manobras para evitar o desabastecimento na Zona Oeste e em outras regiões da cidade após o rompimento da adutora Henrique Novaes. No entanto, a concessionária faz um apelo para os moradores economizarem água.

O diretor de operações da Cedae, Jorge Briard, informou que a empresa vai ressarcir integralmente todos os moradores. Equipes de assistência social estão no local para realizar o cadastro dos desabrigados.

"A preocupação principal é o atendimento às pessoas. A Cedae já consegue redistribuir a água para outras adutoras para que não haja desabastecimento. O problema não é recorrente, não há estatística de vazamento de grande porte na adutora, isso foi um acidente pontual. Técnicos estão no local para recolher material e analisar o que provocou o rompimento", explicou Briard.

Por G1, no Rio
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