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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/11/2011 | Setecidades
Trólebus já foi símbolo de inovação no transporte
Trólebus já foi símbolo de inovação no transporte  Sistema criou corredor exclusivo. Fotos de Jorge de Moraes/1989
Sistema criou corredor exclusivo. Fotos de Jorge de Moraes/1989
Inovador porque até então corredor similiar só existia em Curitiba, mostra a segunda matéria da série sobre os 23 anos do trólebus no ABCD

Há 23 anos em operação no ABCD, o corredor ABD, que liga a zona Leste (São Matheus) à zona Sul (Jabaquara) da Capital, atravessando Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema, já foi considerado um dos sistemas de transportes mais modernos da região metropolitana.

De acordo com o especialista na área Jorge Françoso de Moraes, que acompanhou a implementação do sistema, até a chegada dos trólebus na Região, o conceito de corredores exclusivos para o transporte coletivo existia apenas em Curitiba, capital paranaense.

“Havia a necessidade de trazer um modelo rápido de transporte público, e os trólebus junto com a construção do corredor exclusivo foram um projeto pioneiro. Na década de 1980, o metrô já estava consolidado na Capital, mas ainda era uma alternativa cara para os governos”, afirmou Moraes.

Barato, rápido e inovador, o corredor ABD foi inaugurado em 1988 com 45 trólebus (ônibus que utilizam como fonte de energia a eletricidade). A ideia inicial do projeto era que todo o sistema operasse desde o início com os trólebus, o que acabou não acontecendo.

“As obras do corredor começaram em 1985, na gestão de Franco Montoro, e foram entregues em 1988, na gestão do Orestes Quércia. Houve, com a sucessão dos governos, uma descontinuidade do projeto original, o que estagnou a programação de eletrificar todo o sistema ainda naquela época”, ressaltou o especialista.

O projeto inicial também previa que já existisse a ligação Diadema/Berrini, via Brooklin, que só foi inaugurada na metade do ano passado.

Terceirização
Entre 1988 e 1992, a EMTU continuou a operar os trólebus no corredor. Entretanto, a operação da frota a diesel foi terceirizada. Já no período entre 1993 e 1997, toda a operação estava terceirizada. Por fim, em maio de 1997, a operação da frota passou a ser realizada pela iniciativa privada, através de contrato de concessão. Desta forma, a EMTU assumiu o papel de empresa gestora.

Quem se lembra bem dos antigos veículos que operavam no corredor é o aposentado de Santo André Luiz Cláudio Silva, 63 anos. “Era bastante precário para o que temos hoje. Era desconfortável, e muito quente. A única coisa que não mudou é a quantidade de pessoas dentro dele. Foi sempre cheio, desde o início.”

Atualmente, a operação e manutenção da frota de ônibus e trólebus, bem como a manutenção da infraestrutura do corredor, é realizada pela Metra (Sistema Metropolitano de Transportes Ltda).

A maior parte do trajeto é feita em via segregada, com pavimento especial. Isso deu prioridade ao ônibus elétrico na divisão do espaço com os carros e melhores condições de operação. Não passando por valetas, buracos e oscilações de um asfaltamento comum aos outros carros, os trólebus ganhavam velocidade e as trepidações se tornariam menores, diminuindo o problema da queda de alavancas (pantógrafos).

O sistema é aprovado pela promotora Galba Macena, 29 anos, de São Bernardo, para quem os trólebus são o melhor meio de transporte público que ela utiliza hoje. “Eu não pego em horário de pico, então quase sempre vou sentada e com calma. Acho melhor que os ônibus comuns. São mais rápidos e mais confortáveis”, afirma.

Energia
Não é raro a queda de energia ou de alavancas causar congestionamentos em vias de tráfego comum, por onde também circulam os trólebus. Com a operação segregada, além de o problema ocorrer em menor número, caso venha a acontecer, não atrapalha o restante dos motoristas.

“Na época da inauguração do corredor, a aceitação dos usuários foi muito boa. A população não deu muita importância se os veículos eram todos elétricos ou não, o que fazia diferença mesmo era o modelo de linha troncal, com pista exclusiva e que fugia do trânsito”, disse Moraes.

O corredor tem 33 quilômetros de extensão e 80 trólebus, além de veículos movidos a diesel.

Por Carol Scorce - ABCD Maior
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